O Homem do Norte | Crítica

O Meia Lua participou da cabine de imprensa de uma obra que com certeza merece destaque por aqui: a produção “O Homem do Norte”, que carrega em seu elenco nomes mundialmente conhecidos como Nicole Kidman, Anya Taylor-Joy e Björk, além de Alexander Skarsgård no papel principal.

Trazendo uma verdadeira experiência de imersão no animalesco universo viking, o filme vem para mostrar a força bruta, o misticismo e paixão da era medieval, retratada fidedignamente através do trabalho de direção impecável de Robert Eggers. Boa parte deste misticismo, paixão e força bruta são atribuídos ao vingativo Almeth (Alexander Skarsgard).

Ainda jovem, ele é levado por seu pai para que perca seu jeito inocente e se prepare para o que há por vir, caso ele se torne rei. Mas mesmo diante de todos os rituais, o que leva Almeth a amadurecer e ter em si a frieza de um guerreiro é presenciar o assassinato de seu pai num ato de traição, o que muda abruptamente sua vida para sempre, e faz com que ele percorra caminhos inimagináveis em busca de vingança.

Desde então o personagem viaja, se passando por escravo, guerreiro,  encontrando desafetos e até uma paixão, sendo esta Paixão Olga (Anya Taylor Joy).

Ele segue o que chama de fio do destino, em busca de vingança por seu pai, e salvação para sua mãe. É junto de Olga que, aliando sua força com a feitiçaria dela, inicia sua vingança, intitulada de “pesadelo”.

Os efeitos visuais e sonoros  dão ao filme o clima sombrio e assustador que se espera para uma história tão forte. Cenários com pouca iluminação, músicas sombrias e momentos de profundo silêncio que compõem a tensão que se sente ao assistir ao filme.

Com certeza a produção sai na frente no quesito fotografia. Desde os primeiros segundos, a iluminação, a voz misteriosa que surge, já nos dão a ideia de que algo potente está por vir.

A sonoridade associa-se com perfeição às cenas, o figurino é tão bem feito e elaborado que parece nos transportar para todas as linhas de tempo presentes no filme.

Além dos efeitos de som e imagem, é preciso ressaltar a impecável atuação de Nicole Kidman, responsável pela maior reviravolta da obra. Assim como ela, Anya Taylor traz uma personagem surpreendentemente forte, destemida e leal.

Sobre a atuação de Alexander, posso dizer que é a responsável por boa parte da imersão ao universo viking que mencionei no início. Sua postura é absolutamente animalesca, brutal e sombria.

Mas o que surpreende é o quanto ele carrega o sentimento de vingança em sua expressão e olhar, que são muito bem evidenciados em cena.

A força física impressiona, mas a expressividade traz ao espectador uma proximidade surreal com o personagem, seus sentimentos e força.

A obra definitivamente não irá agradar aos de coração e mentes mais sensíveis. Entre traições, promessas de vingança, execuções de vingança e rituais bizarros de feitiçaria, vemos cenas de muita brutalidade, cultos sombrios e muito, muito sangue, suor e lama.

Apesar de considerar um filme de pouca complexidade no enredo em geral, ao ponto de ser um pouco cansativo em alguns momentos, vale a pena assistir “O Homem do Norte”. Este enredo, a medida em que os acontecimentos se desenrolam, se torna emocionante, prendendo nossa atenção (e até a respiração), até sermos contemplados com uma sequência de reviravoltas no final.

Provavelmente, O Homem do Norte não será um filme tão popular, mas com certeza irá agradar aos que são apaixonados pelo gênero. Será um daqueles filmes que não será esquecido por quem o assistir.

Essa foi a minha visão sobre o filme, espero que tenha despertado a vontade de conhecer a produção. Nós aqui do Meia Lua estamos ansiosos para saber a opinião de vocês sobre a história e atuações!

O Homem do Norte estreia no dia 12 de Maio, e os ingressos já estão disponíveis!

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