Horizon Forbidden West traz uma jornada incrível e expande o universo do primeiro jogo | Análise

Horizon Forbidden West está chegando! O primeiro jogo, lançado em 2017, foi um marco na indústria dos jogos. A Guerrilla foi capaz de nos entregar um mundo vasto, lindo, cheio de mistérios e Aloy, uma protagonista forte, bondosa, com um senso de justiça fora do comum, que não mede esforços para desvendar mistérios e enfrentar os perigos em prol de garantir a segurança dos habitantes da terra.

Após descobrir sobre a origem de Aloy, o que de fato é o projeto Zero Dawn e enfrentar a ameaça Hades, nós jogadores ficamos ansiosos pela continuidade dessa história, que deixou inúmeras perguntas sem resposta.

Horizon Forbidden West está a poucos dias de seu lançamento e a grande pergunta é… o novo jogo faz juz ao seu antecessor? Nossas perguntas são respondidas? Houve evolução?

Fico feliz em dizer que Forbidden West é incrível e vou discorrer um pouco sobre o game a seguir, sem spoilers, claro.

Uma história que expande o universo, cheia de reviravoltas

Horizon Zero Dawn nos deixou um gancho para continuidade da história, com uma cena pós-créditos que apresenta Sylens capturando a essência de Hades, após sua derrota para Aloy na guerra em Meridiana.

Isso, unido ao sinal misterioso que causou todo o caos no primeiro jogo, foram algumas das perguntas que estávamos ansiosos por respostas na continuação.

Em Horizon Forbidden West, Sylens está de volta e sim, apresenta para nós suas intenções, mas não para por aí. Novas figuras são introduzidas no enredo, fazendo com que tudo o que foi contemplado no primeiro jogo, vire de cabeça para baixo.

Conforme nos aprofundamos na matriz Gaia e suas sub-funções, aprendemos mais sobre Elisabet Sobeck, seu legado e “outras” pessoas que fizeram parte do projeto Zero Dawn.

Sabemos que o fim do mundo está próximo e cabe a Aloy juntar todas as peças do quebra cabeça e enfrentar novos perigos para impedir que a praga acabe com a raça humana.

Esperem por muitas reviravoltas e momentos de cair o queixo.

Gráficos em um novo patamar

Zero Dawn, em termos gráficos, é impressionante até hoje, principalmente com a versão PC que foi lançada a algum tempo.

Horizon Forbidden West evoluiu, e muito, neste quesito. Joguei o game na versão do Playstation 5, que traz o modo Fidelidade, com qualidade 4k Nativo, porém rodando a 30 quadros por segundo e temos também o Desempenho, onde temos 60 quadros por segundo, com uma resolução mais baixa.

É notável a diferença entre ambos os modos, mas nada que nos faça sacrificar os 60 quadros. Mesmo em Desempenho, o game apresenta gráficos estonteantes que fazem o modo foto “tremer”, acreditem.

A ambientação está belíssima, os modelos dos personagens foram melhorados, estão mais nítidos e as máquinas, uau… estas são um show a parte, principalmente as novas.

As expressões faciais, como apresentado em diversos trailers, foram aprimoradas, embora alguns momentos cause estranheza, visto que Aloy, durante diálogos, desvia o olhar de maneira bizarra enquanto fala com outros NPCs.

Um mundo vasto para ser explorado com diversas atividades

O mundo de Horizon Forbidden West está repleto de locações para visitarmos durante nossa jornada. Elas variam entre desertos, lugares gélidos, montanhas, florestas densas e com vegetação abundante, praias e mais.

Navegar pelo mundo é prazeroso e satisfatório, pois até mesmo ambientes que não apresentam tantos detalhes, como o deserto por ser apenas areia e destroços, salta aos olhos. É tudo muito lindo.

A exploração em Forbidden West é outro ponto que foi incrementado e traz vantagens para aqueles que visitam os mais longínquos confins do mapa.

Nós temos os famigerados pontos de interrogação, sim, mas também é possível encontrar locais escondidos, que o game não dá pistas para o jogador. 

Essas recompensas variam entre tesouros que irão auxiliar na jornada de Aloy, até mercadores que terão armas e armaduras mais poderosas para adquirir.

Podemos encontrar também inúmeras atividades nos principais acampamentos de Horizon Forbidden West. 

A cada novo assentamento, missões secundárias são liberadas e fico feliz em dizer… a Guerrilla entrega missões paralelas mais elaboradas, com histórias interessantes, desafios não encontrados no mapa e recompensas valiosas.

Além disso, os principais acampamentos apresentam Arenas de combate contra humanos e outro específico para máquinas. Minha experiência com ambas foi bem interessante e bemmm desafiadora.

É de fato um ótimo local para testar nossas habilidades em combate e os equipamentos de Aloy.

Um gameplay familiar que apresenta novidades interessantes

Uma grande questão que permeia Horizon Forbidden West desde que foi apresentado seu primeiro gameplay, é se o game seria um Zero Dawn 2.0.

Bom, a resposta é sim e não. Vou explicar!

De fato o novo jogo apresenta mecânicas bem familiares para aqueles que jogaram o primeiro game, contudo, a Guerrilla foi capaz de pegar o que já era bom e torná-lo ainda melhor.

Aloy, durante sua jornada, adquire ferramentas especiais que modificam seu gameplay em exploração. Temos o gancho que irá nos auxiliar em escaladas e possibilitar acesso a locais obstruídos.

Temos também o respirador, que possibilita Aloy mergulhar nos mares do jogo sem se afogar, trazendo toda uma nova gama de exploração, agora debaixo d’água, entre outras ferramentas interessantes que não darei spoiler.

Quanto ao arsenal, novos tipos de munição e armas podem ser encontradas e isso muda bastante a dinâmica de combate contra máquinas.

Mais arcos foram adicionados e com eles diferentes munições elementais como: Enxarque, plasma, ácido, adesivo, entre outros.

Estudar as máquinas ajudará o jogador a decidir quais os melhores projéteis dos diferentes arcos são necessários em seu arsenal, para determinada situação.

Nossos inimigos metálicos estão mais desafiadores e, com mais elementos em nosso panteão de flechas, a Guerrilla foi capaz de variar ainda mais as fraquezas dos inimigos, fazendo com que seja mais difícil possuir a munição certa naquele momento.

Este é um ponto interessante, pois cada luta contra as máquinas deve ser bem pensada e formulada.

Para isso, temos o auxílio do novo foco da Aloy. Seu novo sistema de Scan apresenta mais detalhes sobre as máquinas e podemos alternar em tempo real passando por cada parte da mesma, averiguando suas fraquezas e o tipo de munição necessária para vencê-la com maior facilidade.

Foi inserido também o Pulso do foco, que destaca itens e informações nas proximidades, além de mapear montanhas e lugares altos, indicando onde podemos escalar.

O sistema de craft está de volta, mas também com alterações. Em Zero Dawn, era possível criar bolsas a qualquer momento durante a jogatina, agora, precisamos encontrar mesas de criação para isso.

Cada acampamento possui uma mesa que podemos usar para evoluir nossas bolsas de recursos e agora, outra novidades em Forbidden West, melhorar nossas armas e armaduras.

Particularmente, achei interessante este novo recurso, pois tira um pouco do conforto de se criar melhorias a qualquer momento, fazendo com que o jogador administre melhor seus recursos até conseguir criar novas bolsas, por exemplo.

Outra novidade interessante que foi inserida é a caixa de depósitos. Quando Aloy super lota seu inventário com os itens que coletamos, boa parte deles vai para esta caixa, que pode ser encontrada nos principais acampamentos.

É como se fosse um banco de recursos que, quando necessário, podemos restabelecer o estoque no inventário do Aloy antes de partir para uma missão complicada.

Uma árvore de habilidades robusta que auxilia, e muito, no gameplay

A árvore de habilidades está de volta em Horizon Forbidden West, mais robusta do que nunca.

Temos 6 ramificações distintas, são elas: Guerreira, Emboscada, Caçadora, Sobrevivente, Sabotadora e Maquinista.

Cada uma traz efeitos diferentes para nossa heroína, seja aumentando o tempo de concentração ao mirar em um inimigo, melhorar a eficácia de remédios, etc.

Contudo, o grande diferencial deste recurso está nas inúmeras habilidades que modificam e incrementam o gameplay de Aloy.

Quando decidimos em qual ramificação investir inicialmente, à medida que adquirimos melhorias para a personagem, temos acesso a golpes que trazem vantagens interessantes em combates.

Estes golpes variam entre adicionar um tiro especial para uma arma específica e até mesmo o acesso a novos combos com lança para combates corpo a corpo. Isso é só a ponta de iceberg, existem muitos outros para explorar.

Cabe a nós, jogadores, estudarmos cada ramificação e optar por aquela que se encaixe melhor em nosso estilo de gameplay.

Além disso, cada árvore possui alguns poderes especiais que podem ser usados. Podemos adquirir um escudo para nos proteger em batalha por um tempo, poções que regeneram a vida e aumentam nossa resistência, e até mesmo aumentar a capacidade de nossos ataques.

Cada ramificação apresenta poderes especiais diferentes e podemos utilizar apenas um por vez.

Este novo recurso foi extremamente importante para trazer uma maior dinamicidade na jogabilidade e não deixá-la repetitiva, como algumas vezes acontecia em Zero Dawn.

Em Horizon Forbidden West, os jogadores têm a possibilidade de criar a sua própria Aloy com base nas combinações que deseja fazer, que auxiliam o seu estilo de gameplay.

Não estamos livres dos Bugs

Sendo um jogo de mundo aberto, já era de se esperar a presença de bugs durante a jogatina.

Durante a minha jornada, me deparei com alguns problemas de movimentação da protagonista, onde a mesma acaba se prendendo em locais que não deveria.

Atraso no carregamento de alguns cenários que ocasionaram em telas pretas de forma abrupta.

Cortes bruscos em cutscenes, como acontecia no primeiro jogo.

São uma gama de pequenos problemas que podem irritar em alguns momentos, mas estão longe de estragar a experiência como um todo.

Felizmente, durante nosso período de análise, um patch foi liberado, resolvendo a maioria dos problemas, principalmente os de renderização de cenários, que não aconteceram mais.

Com certeza boa parte dos problemas encontrados por nós, agora com esta atualização, não serão sentidas pelos jogadores que irão apreciar o jogo a partir do dia 18 de Fevereiro.

Conclusão

Horizon Forbidden West é uma obra espetacular e inesquecível. Se você gostou do primeiro jogo, não tenho dúvida que irá amar a sequência.

A Guerrilla foi capaz de pegar os principais pontos positivos do jogo de 2017, trazer melhorias significativas e criar novidades que incrementam bastante a nossa experiência.

Espere por uma história cativante e de tirar o fôlego, momentos épicos, ambientações lindíssimas e um mundo vasto esperando para ser explorado.

A nova jornada de Aloy chega em 18 de Fevereiro como um exclusivo para Playstation 5 e Playstation 4.

Não deixe de conferir também nossa análise em vídeo no Youtube, com participação especial do Combo Infinito.

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