The Last of Us Parte 2 Remastered | Análise

The Last of Us Parte 2 Remastered chega no próximo dia 19 de Janeiro para o Playstation 5. 

Essa nova versão promete melhorias gráficas ao utilizar de forma otimizada o Hardware do Playstation 5, além de trazer novos conteúdos de bastidores, modo livre para os entusiastas de violão/guitarra e, principalmente, um sistema Roguelike chamado Sem Volta.

Nós do Meia-Lua recebemos uma cópia antecipada do jogo graças ao Playstation Brasil, que agradeço, mais uma vez, pela confiança em nosso trabalho e vamos discorrer abaixo sobre essa atualização do incrível game da Naughty Dog.

Melhorias gráficas

Quando anunciado, The Last of Us Parte 2 Remastered certamente pegou muitos de surpresa, uma vez que sua versão original lançada para o Playstation 4, que recebeu um patch de otimização para o PS5, é belíssima.

De acordo com o Playstation, essa remasterização traz um suporte a 4K Nativo no modo Fidelidade; no modo desempenho um aprimoramento do 1440p em seu upscaling para 4K, melhorias em texturas e mais.

Com base na minha experiência jogando a campanha nessa nova versão, pude notar que estas diferenças são praticamente imperceptíveis, se comparado ao original.

Em alguns momentos específicos percebemos um melhor tratamento das sombras em locais fechados, onde a luz adentra o ambiente.

Durante as cinemáticas, pude notar também uma melhoria na nitidez, no que diz respeito aos borrões e serrilhadas na borda dos objetos e personagens.

No mais, tudo parece bem similar, o que não é algo ruim, claro, uma vez que o game original ainda hoje é belíssimo.

O grande atrativo: Sem Volta

A grande novidade, sem dúvida, é o modo Sem Volta, que implementa o estilo Roguelike, se aproveitando das mecânicas de gameplay viscerais e divertidas que The Last of Us Parte 2 traz consigo.

Basicamente, nós selecionamos entre dois personagens iniciais, Ellie e Abby, com a possibilidade de desbloquear outros durante nossa jogatina.

Logo em seguida, vamos para uma espécie de sala de guerra, onde temos um quadro com as fases pré definidas pelo game e suas ramificações, um armário de equipamentos, chamado de Posto de Comércio e uma mesa para aprimorar nossas armas.

Cada confronto no quadro da sessão possui regras específicas. Nós podemos enfrentar Infectados, os Serafitas, grupos da WLF e mais. Todo embate tem um tipo especificado, que pode variar entre Ataque, onde precisamos eliminar ondas de inimigos, a Caçada, onde precisamos sobreviver a ataques até que o tempo termine, entre outras surpresas que desbloqueamos ao longo do caminho.

Ao final de cada sessão, enfrentamos um chefe específico e, após derrotá-lo, outra é gerada com novas fases e um novo chefe para derrotar.

No entanto, o tempero está no decorrer destas sessões. Ao finalizar cada fase, recebemos recompensas e os recursos coletados na mesma, podem ser aproveitados na etapa seguinte.

Em nossa sala de guerra, podemos gastar moedas no Ponto de Comércio para comprar os mais variados itens, desde armas de fogo, até diagramas para criar munições, entre outros.

Usamos também peças para melhorar nossas armas e suplementos para aprimorar o nosso personagem.

Esses três recursos chave podem ser adquiridos ao encerrar cada uma das fases da sessão. Como é bem conhecido em jogos no estilo Roguelike, por vezes precisamos analisar as duas ramificações desenhadas no quadro para avaliar o melhor caminho a seguir.

Obviamente, o trajeto que apresenta mais riscos, traz mais recompensas e vice-versa. Então, fica a cabo do jogador tomar essa decisão com base nos recursos disponíveis naquele momento.

Cada cenário pode conter modificadores que ajudam ou dificultam a nossa vida, seja afetando o cenário ou os inimigos, e a Naughty Dog implementou também algumas funções que vamos desbloqueando ao cumprir certos desafios, que podem nos dar recompensas interessantes.

Outro ponto bem legal é a possibilidade de jogar com outros personagens da história, como Dina, Tommy, Jessie, Lev e mais. Cada um tem atributos específicos que servem a um propósito dependendo do estilo de gameplay adotado.

Exemplo, Tommy é mais bruto no combate corpo a corpo mas, em contrapartida, não pode usar a esquiva. Jessie consegue obter um número maior de moedas em cada cenário e assim por diante.

Sem dúvida é uma dinâmica bem interessante com um bom nível de desafios que nos incentivam a jogar mais e mais, principalmente para desbloquear trajes únicos para os personagens, skins para armas, entre outros.

Ah, algo que esqueci de mencionar, caso o jogador morra durante a sessão, ele perderá tudo o que conquistou na atual, precisando iniciar a seguinte do ZERO. Este é outro fator que reforça o uso da estratégia, seja ao definir quais equipamentos usar, ou qual caminho trilhar no quadro da sessão.

Particularmente eu gostei bastante do modo Sem Volta e com certeza o gameplay visceral de The Last of Us Parte 2 contribuiu para tudo isso.

O único ponto de observação é que, depois de algumas boas sessões, após desbloquear praticamente tudo dos personagens, é possível que o mesmo se torne um tanto enjoativo.

Apesar de a cada sessão as fases e desafios mudarem, os tipos de confronto não variam tanto. 

No entanto, para os jogadores mais Hardcore, certamente esse modo trará entretenimento por um longo tempo, visto que podemos jogar nas mais variadas dificuldades.

Desperte o seu músico interior

Outra adição ao The Last of Us Parte 2 Remastered foi o modo livre para tocar violão utilizando o Dual Sense.

A Naughty Dog percebeu o quanto alguns jogadores amaram dedilhar algumas canções com a Ellie durante a campanha e criaram mais um modo de jogo nesta nova versão.

Particularmente, é um recurso que não me atraiu muito, sendo bem sincero. Mas tenho certeza que os amantes de música irão gastar um tempinho ali reproduzindo as mais diversas canções.

Esse modo de jogo nos permite alternar entre Ellie, Joel e o famoso Gustavo Santaolalla, compositor da trilha sonora do game.

Além disso, podemos escolher diferentes ambientes para tocar e alternar as skins do nosso violão para entrar no clima.

Mais sobre os bastidores 

Pensando nos jogadores que adoram saber mais sobre o processo de produção dos jogos, a Naughty Dog incrementou a base de dados de The Last of Us Parte 2 com mais conteúdo sobre os bastidores.

Agora temos à nossa disposição o Lost Levels, partes cortadas do game final em um estágio alfa de desenvolvimento, que nos permite jogar esses segmentos.

Então, momentos como a festa em Jackson, logo no início do jogo, podem ser vistas bem de perto pelo jogador.

Neil Druckmann e outros da Naughty Dog responsáveis pela produção fazem comentários em cada um dos ambientes, explicando as ideias por trás daquele momento específico, os personagens envolvidos e quais foram os motivos que levaram ao corte no game final.

Este é um adendo interessante para que possamos entender, ou não, as decisões criativas dos desenvolvedores ao cortarem momentos específicos da história.

Vale a Pena?

Infelizmente não podemos deixar de comparar The Last of Us Parte 2 Remastered com God of War Ragnarok: Valhalla, outro exclusivo do Playstation, que trouxe um conteúdo adicional no mesmo estilo (Roguelike), de GRAÇA.

Obviamente são empresas diferentes, embora estejam no mesmo escopo do Playstation, mas nos leva a questionar porque um foi passível de cobrança e o outro não.

No entanto, tendo em vista os recursos adicionados, principalmente com o modo Sem Volta sendo o grande foco, ao menos o valor cobrado gira em torno de 50 reais e não o preço cheio de um game novo.

Foram implementadas melhorias gráficas, embora para mim tudo pareça igual, temos um modo free para amantes de violão, que atenderá um nicho específico, e o Lost Levels, para saciar a curiosidade dos mais ávidos por conteúdos relacionados à pré-produção.

Caso você goste do gameplay brutal e denso de The Last of Us Parte 2, sem sombra de dúvida irá se divertir no modo Sem Volta, o grande atrativo aqui.

A dinâmica das fases é divertida, os desafios adicionados são interessantes e poder jogar com personagens diferentes daqueles que controlamos na campanha adiciona um tempero maior a essa experiência.

Tudo isso unido à tomada de decisão sobre os riscos que estamos dispostos a assumir em prol de conseguir mais vantagens em uma sessão, geram uma boa dose de adrenalina ao jogar Sem Volta.

The Last of Us Parte 2 Remastered será lançado mundialmente no dia 19 de Janeiro.

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