The Last of Us | Crítica – Episódio 5 (Com Spoiler)

The Last of Us teve seu quinto episódio lançado antecipadamente, uma estratégia para não dividir seu público no domingo, quando as atenções estarão voltadas ao Super Bowl. Chegando ao meio da temporada, vemos em “Resistir e Sobreviver” o desenrolar dos fatos a partir do momento em que o quarto episódio se encerrou.

Já no início, temos contato com atos brutais praticados pelo grupo liderado por Kathleen. A impiedade e frieza da personagem são expostas mais uma vez quando ela interroga reféns em busca de informações que possam levá-la aos irmãos Henry e Sam. Quando alguém entrega, sob ameaças de morte, informações sobre a dupla procurada, Kathleen continua sua obsessiva busca por eles.

Logo após, vemos um pouco mais sobre a dura caminhada de Sam e Henry na busca por fuga e sobrevivência. Perseguidos por Kathleen e sua equipe, eles se abrigam em um esconderijo em que o cerco parece se fechar a cada instante, e essa sensação é agravada quando o homem que os acompanhava sai e não retorna mais. Com a comida acabando e os perseguidores cada vez mais próximos, eles decidem sair em busca de outro abrigo.

É quando, ao olhar pela janela, eles assistem ao embate de Joel com membros do grupo de Kathleen visto no último episódio. Henry toma a decisão de propor uma aliança com Joel, de forma a associar sua estratégia com a habilidade de Joel. Mesmo desconfiado, Joel se junta aos dois. Eles se alimentam juntos, se apresentam e Henry diz ser um apoiador. Em seguida, ele traça um plano de fuga através de túneis pensado para o quarteto, imaginando um caminho sem infectados.

Ao longo de todo o tempo que o quarteto vivencia juntos, notamos o surgimento de uma amizade entre Ellie e Sam. Essa amizade proporciona momentos emocionantes, como Henry mencionando que não via Sam rir há muito tempo.

Durante uma interação entre Joel e Henry, ele explica o porquê de tamanha perseguição por parte de Kathleen, que segue as buscas incessantemente.

Ao seguir caminho, o quarteto (que a essa altura já ganhou o afeto do público) é surpreendido por um ataque a tiros. Joel deixa Hanry, Sam e Ellie escondidos e vai em busca do atirador. Ao encontrá-lo, Joel tenta o convencer a entregar sua arma, mas ele se recusa e demonstra intenção de atacar, mas é morto por Joel.

Através do rádio daquele homem, Joel descobre que o grupo de Kathleen está chegando no local, e tenta gritar para que Ellie, Sam e Henry corram, mas eles são encurralados pelo grupo, que está em absoluta e ampla vantagem numérica. Kathleen chega muito perto de conseguir matar Henry, mas todos são surpreendidos pelo ataque de um grande número de infectados surpreendentemente ágeis, fortes e assustadores.

A partir daí, o grupo de Kathleen confronta os infectados, mas acaba sendo superado. A batalha termina com a chocante morte de Kathleen, que reforça sua personalidade obsessiva ao preferir tentar cumprir sua vingança a fugir dos infectados. Ela é atacada e o trio foge, conseguindo chegar até Joel e encontrar abrigo.

Durante a noite, Ellie e Sam brincam e se comunicam através da escrita, meio utilizado por Sam, que é mudo. Eles passam a falar sobre seus medos diante de todo o caos vivido, e ao relatar seu medo de tornar-se um monstro, Sam revela ter sido mordido. Ellie tenta curá-lo com seu sangue, que ela acredita ser o remédio. A tentativa é falha, e ao acordar, Ellie é atacada por Sam.

Durante a confusão que se cria, Henry atira em Sam, é tomado pelo sentimento de culpa e acaba se matando em seguida. Neste momento, é quando vemos O sentimento de tristeza e choque mais presentes em Ellie. Ela e Joel enterram a dupla de amigos e seguem sozinhos mais uma vez.

Em “Resistir e Sobreviver”, vemos novamente boas cenas de ação, principalmente no eletrizante embate contra os infectados. Ainda assim, outros aspectos são muito bem explorados na trama. Mais uma vez é possível imergir na sensação que parece definir o mundo pós apocalíptico: o drama da perda. A conexão entre Sam e Henry, as dificuldades pelas quais os dois passam juntos e a comunicação por sinais criam uma conexão afetiva entre o espectador e a dupla, o que faz com que a morte dos dois seja sentida.

A composição dos cenários que sempre surpreendem pela grandiosidade e pela retratação da destruição permanece, mas somos contemplados com as pinturas de Sam nas paredes que nos relembram que, apesar das circunstâncias, ele era apenas uma criança. A conexão dele com Ellie também emociona a Henry e, aparentemente Joel. Ele tem um olhar cada vez mais cuidadoso sobre Ellie, levando Henry a pensar que eles fossem pai e filha.

 A liderança de Kathleen sobre seu grupo desperta muita curiosidade acerca de sua origem e de como ela exerceu autoridade sobre um grupo brutal de forma tão controladora.  Tudo isso permanece inexplicável após sua morte. Apesar de falar um pouco sobre seu passado com seu irmão, permanecemos sem maiores informações sobre a personagem.

Tivemos mais um bom episódio, dessa vez sem saber exatamente o que esperar para os próximos passos de Joel e Ellie.

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