Tomorrowland – Um Lugar Onde Nada é Impossível – Crítica

Dirigido por Brad Bird (O Gigante de Ferro, Os Incríveis e MI: Protocolo Fantasma), Tomorrowland – Um Lugar Onde Nada É Impossível conta as histórias de Frank Walker (Thomas Robinson/George Clooney) e Casey Newton (Britt Robertson), pessoas extremamente sonhadoras e criativas que são unidas para salvar o futuro.

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Somos apresentados a Frank através de uma gravação em vídeo e nesta gravação ouvimos uma voz feminina tentando direcionar o tom do discurso sobre o futuro para algo mais esperançoso, neste discurso, Frank conta sua visita à Feira Mundial de 1964 para apresentar seu projeto de mochila propulsora para o avaliador do concurso (Hugh Laurie) e, com a ajuda de Athena (Raffey Cassidy), acaba indo parar em Tomorrowland.

A voz feminina, de Casey, volta a direcionar a voz no videolog e conta como ela veio a ter contato com Tomorrowland e é nessa linha que seguimos até o final do filme.

O filme traz a discussão sobre o futuro, assunto amplamente discutido no cinema, em diversos formatos e perspectivas e é interessante ver em Tomorrowland a mescla dessas diversas visões para trazer uma idéia nova repleta de referências e homenagens, mas que infelizmente são atrapalhadas por querer forçar a existência de um vilão e por se perder no ritmo tantas vezes que acaba deixando a aventura um tanto monótona.

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O início em videolog, alternando as visões otimista, de Casey, e pessimista, de Frank, é interessante para manter a dúvida sobre o que realmente está acontecendo e qual o objetivo das diversas personagens, entretanto, essa apresentação acaba deixando o primeiro encontro entre Frank e Casey um pouco menos emocionante, já que sabemos de antemão que eles prosseguem juntos.

As atuações são competentes, e os atores mirins, Thomas Robinson e Raffey Cassidy, merecem muitos elogios, principalmente Thomas que consegue emular diversos trejeitos de Clooney. Elogios também ao diretor, que consegue guiar os atores muito bem para termos as sensaçoes e expressões nos momentos e intensidades corretas.

Única exceção a esses elogios fica por conta de Hugh Laurie, que precisa fazer um personagem tão estranho e desnecessário, que parece emular um Dr. House desleixado e sem graça.

Para comentar sobre algumas coisas interessantes do roteiro, terei que andar sobre a tênue linha que limita os spoilers, então mesmo que leves, talvez se você não viu o filme ainda e não quiser arriscar, vá assistir e podemos conversar mais nos comentários quando voltar.

Vou deixar o trailer abaixo, e quando tiver assistido o filme, ou se não ligar para spoilers leves, veja os parágrafos ao final.

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Para quem jogou Bioshock, a idéia de Tomorrowland será muito familiar, já que ela foi criada para que as mentes brilhantes e criativas do mundo pudessem explorar e testar suas ideias sem serem limitadas por governos, leis e pelo julgamento da sociedade. Uma premissa muito interessante e que permite estabelecer mundos fantásticos, como feito em ambas obras e que me deixa muito mais curioso em ver um filme baseado em Bioshock.

Há uma cena muito interessante, repleta de referências ciêntificas e da ficção científica, na qual temos as figuras de Thomas Eddison, Nikola Tesla e Julio Verne e mostra rapidamente algumas de suas idéias, experimentos e proposições. A que mais gostei foi a referência à Da Terra à Lua de Verne.