O Telefone Preto | Crítica

Tivemos a oportunidade de participar de uma sessão exclusiva do filme “O Telefone Preto”, e o Meia Lua vai deixar você, leitor, um passo mais próximo dessa história definitivamente eletrizante baseada no conto de Joe Hill.

A trama ocorre em 1978, na até então pacata cidade de Denver. O enredo consiste em mostrar Denver ser aterrorizada por uma série de sequestros de jovens garotos que têm suas vidas interrompidas por um indivíduo cruel e perturbador, conhecido como “sequestrador”. Entre uma de suas vítimas está Finney, um tímido garoto que encontra no cativeiro do sequestrador um telefone preto, através do qual recebe ligações misteriosas de vítimas anteriores. 

O suspense de Scott Derrickson, que beira o terror, consegue apresentar um enredo que, apesar de parecer comum, deixa o espectador absolutamente arrebatado durante toda a sessão. A forma como as cenas são construídas através dos cenários impecáveis, da fotografia aterrorizante e da sonoridade capaz de fazer o espectador sentir cada gota de suspense, tornam este um filme quase sufocante.

Aqui, a tradicional fórmula dos filmes de suspense que trazem baixa luminosidade e silêncios sombrios é muito bem explorada. Essas características conseguem deixar o espectador totalmente imerso a sensação de estar em cativeiro, além tornar inevitável o susto, mesmo que este pareça totalmente previsível. A aflição e medo tomam conta, seja na atmosfera sobrenatural ou real, e acredito que o desespero que toma conta de quem assiste não esteja atrelado apenas a um fator, mas, como dito anteriormente, a um conjunto de características muito bem exploradas. 

Sobre as atuações, sempre costumo ressaltar alguma em específico que tome lugar de destaque, mas para “O Telefone Preto” será diferente. Todas as atuações merecem lugar de destaque, uma vez que cada ator foi capaz de transmitir o total desespero que percorre cada acontecimento da trama. Boa parte da experiência de imersão de um espectador se deve ao trabalho dos atores, e acredito que estes cumpriram seu papel com maestria.

O sequestrador (Ethan Hawke) é a perfeita interpretação de um vilão sádico, misterioso e absolutamente perturbado. A expressividade facial e corporal de Ethan torna o personagem ainda mais medonho e odioso.

Gwen (Madeleine McGraw) é um show a parte. A jovem atriz que interpreta a irmã mais nova de Finney com certeza é uma das queridinhas de quem assiste ao longa por protagonizar as únicas cenas responsáveis pela finíssima veia cômica do filme, bem como por transparecer tanta emoção, confiança e inteligência.

Terrence  (Jeremy Davies) traz ao nosso olhar o fiel vislumbre de um homem desequilibrado e abusivo, mas também transmite o sofrimento que ocasionou tais problemas. Finney (Mason Thames) é o responsável por apresentar um personagem que pode transitar da personalidade acanhada e insegura para a mais absoluta face da coragem de um menino que presencia acontecimentos sobrenaturais e os conduz com inteligência para enfrentar um inimigo atroz e insano.

(from left) Finney Shaw (Mason Thames) and Gwen Shaw (Madeleine McGraw) in The Black Phone, directed by Scott Derrickson.

 O enredo do filme é algo inovador? Não. O tema central é bastante familiar: um sequestrador de crianças que aterroriza toda uma região. Mas os desdobramentos ao longo da trama compensam esse “clichê”. A sequência de acontecimentos surpreendentes traz a tensão necessária para despertar a curiosidade de quem assiste de forma que a atenção seja fixada na tela até o último segundo.

É importante não perder nenhum detalhe, pois a conexão deles é o responsável pela agradável perplexidade do final, como se ao longo do filme tivéssemos várias peças de um quebra cabeça que é montado apenas no encerramento.

“O Telefone Preto” é a incrível oscilação do real e do sobrenatural que vai tomar a atenção até do público mais sensível, por se tratar de um estilo de terror mais leve. São diversos fios de uma teia que fazem o espectador encerrar a sessão ainda refletindo sobre os acontecimentos, associando a forma como cada acontecimento ocasionou o final.   Vale a pena ser assistido, comentado e interpretado. Prepare-se para alguns sustos, para aflição, para emoção, e principalmente para a lição: NÃO FALE COM ESTRANHOS.

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5 thoughts on “O Telefone Preto | Crítica

  • 22/07/2022 em 18:34
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    fiquei mais afim ainda de assistir esse filme, ótima critica!

  • 22/07/2022 em 19:01
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    Aiiii. “Não fale com estranhos” deu uma vontade de assistir. E o medo de ficar uns dias sem dormir kkkkk sou besta pra filmes assim.

  • 22/07/2022 em 21:45
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    Ótima crítica!!! Deu ainda mais vontade de ver o filme. Arrasou!!!!

  • 22/07/2022 em 21:47
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    Aquela crítica que já deixa a gente doido pra ver o filme. Arrasou!

  • 22/07/2022 em 21:48
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    Ansiosa pra ver o filme, tava esperando essa crítica Prater certeza se era bom!

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