The Last of Us | Crítica – Episódio 4 (Com Spoiler)
Com o menor tempo de duração até então, o quarto episódio da série The Last of Us foi lançado ontem e pode ser mais um a dividir as opiniões do público.
Com um clima inicial mais ameno, em “Por Favor, Segure a Minha Mão” vemos Joel e Ellie percorrendo seu caminho em busca de Tommy, agora desfrutando do veículo deixado por Bill.
Já nos primeiros momentos, notamos que a comicidade trazida pela personalidade de Ellie contribui para que haja uma maior aproximação entre ela e Joel. Além da cômica interação da personagem com uma revista de conteúdo erótico, deixando Joel constrangido, vemos a protagonista usar um livro de piadas na tentativa de quebrar o gelo com Joel, o que rende cenas divertidas ao espectador e mostra como a confiança e conexão entre a dupla está, mesmo que aos poucos, evoluindo.
Em seu percurso, eles se deparam com uma zona de quarentena tomada por um grupo desconhecido, que imediatamente ataca. Sob os ataques e armadilhas do referido grupo, Joel e Ellie acabam perdendo o carro deixado por Bill, se vendo obrigados a fugir de pessoas desconhecidas em território também desconhecido.
Ao confrontar alguns integrantes do grupo, Joel faz com que Ellie se esconda e mata boa parte deles, mas é encurralado ao ficar sem munição pelo que parece ser o último sobrevivente do embate. Joel é dominado fisicamente até que Ellie, notando a vulnerabilidade de seu companheiro, usa a arma que roubou na casa de Bill e Frank para atirar no indivíduo. Ela o acerta na perna, mas recua ao vê-lo implorando por sua vida.
É aí que notamos que, mesmo que Ellie seja uma menina destemida, ainda há sensibilidade em suas atitudes. Joel pede para que ela volte para o esconderijo e mata o agressor.
Em seguida conhecemos Kathleen (Melanie Lynskey), a implacável líder do grupo responsável pelo ataque. Ela parece interrogar um médico de forma fria, buscando infirmações sobre “Henry e Sam”, mas logo é chamada para tomar conhecimento dos acontecimentos envolvendo o ataque de seu grupo a Joel e Ellie. Em seguida, ela lidera o início de buscas pela dupla de protagonistas, que parece cada vez mais acuada.
No final, vemos Ellie e Joe sendo pegos por uma dupla desconhecida (provavelmente Henry e Sam), o que encerra o episódio com ainda mais expectativas para o próximo.
Assim como vemos desde o início da série, os cenários apresentados são, dentro de sua proposta, incríveis. Lugares absolutamente destruídos, inabitáveis e tomados pelo clima apocalíptico dão a quem assiste a sensação agoniante de estar ali. A atuação de Bella Ramsey e Pedro Pascal também deve ser novamente enaltecida. Detalhes mínimos de expressividade e atuação fazem com que o espectador se conecte ainda mais aos personagens e, consequentemente, a história.
Apesar de não ser um episódio de tirar o fôlego, acredito que a quarta parte da sequência introduz muito bem os novos personagens e tudo o que está por vir na história. Há pouca ação, mas enredo o suficiente. Além disso, o desenvolvimento da relação entre os dois personagens protagonistas precisa sim ser ressaltado, mesmo que essas cenas diminuam o ritmo que o espectador pode esperar da série.
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