The Last of Us | Crítica – Episódio 2 (COM SPOILER)

O segundo episódio da série The Last of Us trouxe explicações ainda mais concretas sobre a origem da contaminação pelo fungo Cordyceps.

Quando se trata de pragas, infestações ou quaisquer outros fenômenos, o público anseia por maiores explicações de como tudo teve início. E é nesse aspecto que muitas produções falham: não conseguir proporcionar uma explicação satisfatória ao espectador. Aqui, tivemos uma base a respeito do que é o fungo Cordyceps já no primeiro episódio, e no segundo soubemos da origem dos acontecimentos e da proliferação do fungo. Essa origem já havia sido inicialmente abordada no primeiro episódio, quando é possível ouvir através do rádio a confirmação de que Jacarta, na Indonésia, passava por problemas. 

Já na introdução do episódio, nos deparamos novamente com um cenário pré pandemia, e somos apresentados a Doutora Ratna, uma pesquisadora de infectologia que é chamada às pressas para avaliar as possibilidades acerca de uma nova contaminação ainda com poucas explicações. Ela faz uma breve análise do fungo e confirma ser Cordyceps, ficando em choque ao saber que a proliferação atingiu seres humanos.

Ela tem seu primeiro contato com uma humana infectada e é imediatamente tomada pelo pânico. Em seguida, ela alerta sobre a impossibilidade de haver uma vacina ou medicamento e sugere que a cidade seja bombardeada na tentativa de conter uma maior infestação. 

Na sequência, a série retorna para o mundo pós Cordyceps e temos continuidade na saga de Joel, Ellie e Tess. 

Joel se apresenta extremamente relutante em dar seguimento a missão. De forma desconfiada, ele e Tess interrogam Ellie acerca da motivação que a torna tão valiosa. É nesse momento que temos uma reação surpreendente: ao ouvir de Ellie que ela pode ser a chave para o desenvolvimento da cura, Joel demonstra total falta de expectativas sobre essa possibilidade.

Daí, nota-se que nos 20 anos de caos desde que o Cordyceps se instalou, falsas esperanças de cura foram especuladas.  Ainda assim, ele é motivado por Tess a seguir a missão de levar Ellie ao ponto determinado, mesmo que apenas pelas recompensas. Ao sair do local, vemos uma das cenas mais impactantes do episódio. Sem a necessidade de ação, ataques, confrontos. Apenas o cenário daquela cena é capaz de impactar o espectador. A retratação de prédios gigantes tombados e construções grandiosas tomadas pelo fungo remetem mais uma vez ao clima apocalíptico.

Devido aos obstáculos criados pela ruína dos bombardeios, o trio é forçado a seguir um trajeto alternativo através de um museu. E é aqui que começa a ação no episódio: o trio é atacado por seres infectados pelo fungo em avançado estágio de contaminação, temos então o primeiro contato da série com os aterrorizantes “Estaladores”. 

Joel consegue matá-los, mas Tess e Ellie são mordidas. Eles seguem caminho e encontram a base, mas encontram todos os integrantes mortos. É nesse momento que Tess se desespera e revela ter sido mordida, assim como Ellie.

Enquanto a ferida de Ellie dá sinais de melhora, Tess vê que para ela é o fim da linha. O local está tomado por criaturas, e Tess decide que Ellie e Joel devem seguir sozinhos, enquanto ela explode o local. O isqueiro de Tess falha por várias vezes, fazendo com que um dos infectados a alcance.

Neste momento, presenciamos uma das cenas mais brutais e agoniantes até então: Tess é “beijada” pela criatura e recebe a infestação nesse momento.

Last

Em seu último momento de consciência, o isqueiro funciona e ela consegue explodir o local. Dali em diante, Joel e Ellie seguem sozinhos.

O segundo episódio de “The Last of Us”, assim como o primeiro, não decepcionou. Não é tedioso, mas oscila de forma brilhante entre o silêncio assustador, a ação aterrorizante e os diálogos que mostram mais sobre os personagens, suas histórias, e a criação de um vínculo entre eles. É possível ver Joel estabelecendo uma relação com Ellie que sai da desconfiança e indiferença para o cuidado. Apesar de ter uma personalidade absolutamente diferente da de Sarah, acredito que Ellie ganhará cada vez mais o afeto de Joel. 

A fotografia é com certeza uma das mais incríveis nas últimas produções do gênero, e a atuação do elenco complementa o enredo intrigante, tomando completamente a atenção do espectador.

E aí, o que achou do novo episódio de The Last of Us da HBO? Comente!

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