Gemini: O Planeta Sombrio | Crítica

O Meia Lua teve acesso à cabine de imprensa virtual do Filme Gemini: O Planeta Sombrio. Dirigido por Serik Beyseu, a trama retrata a missão de uma tripulação enviada ao espaço com o objetivo de encontrar outro planeta habitável e salvar a humanidade das trágicas consequências naturais decorrentes da destruição aos recursos da Terra. A missão é comprometida por complicações técnicas que levam os tripulantes a um planeta estranho, mas eles logo descobrem que há um perigo maior à espreita.

Como já é de se esperar em filmes do gênero, há um certo exagero no enredo e em como ele se desdobra. Tal exagero parece ocorrer na tentativa de trazer uma narrativa um pouco mais inovadora, uma vez que a fórmula que compõe filmes sobre o fim da humanidade já se tornou trivial. Ainda assim, a trama acaba não surpreendendo o espectador, seja pela história clichê ou pelos efeitos medianos. A grata surpresa fica por conta da reviravolta principal: uma descoberta acerca da missão que muda o rumo dos acontecimentos e tudo o que a tripulação imaginava estar vivendo até ali.

Outro fator que chama a atenção é a ação quase que contínua do filme. Os fatos se desenrolam de forma acelerada, o que pode evitar momentos entediantes para quem assiste. Porém, é notável que esse ritmo impede que a história seja melhor explorada e compreendida. O espectador provavelmente terminará a exibição com algumas dúvidas sobre a origem dos acontecimentos retratados.

Como aspecto positivo da produção, vale destacar o quanto “o invasor”, vilão do filme, aterroriza o espectador antes de ter sua forma revelada. Na verdade, a atmosfera misteriosa que se cria ao tentar imaginar que criatura está causando tamanho estrago traz mais temor do que o que se vê quando sua fisionomia é revelada. Esse fator cria um ambiente de tensão intrigante quando associado à baixa sonoridade e iluminação, mas a aparência do invasor, infelizmente, traz mais do mesmo.

Outro aspecto interessante a ser observado em Gemini é a análise do comportamento humano mediante aos acontecimentos. A medida em que as circunstâncias se tornam mais difíceis, é possível notar a expansão da divergência entre os tripulantes. Numa esfera absolutamente tensa na qual decisões importantes precisam ser tomadas, a esperança dá lugar ao egocentrismo, prepotência e impulsividade.

Gemini – O Planeta Sombrio não é inovador ou surpreendente. O enredo cai na mesmice e é quase que totalmente previsível, as atuações são medianas e os efeitos visuais, apesar de razoáveis, não correspondem ao que se espera de um filme que busca mostrar um ambiente altamente tecnológico e científico.

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