Jurassic World: Domínio | Crítica

Jurassic Park está entre as franquias de maior sucesso de todos os tempos. Se você nunca assistiu, com certeza já ouviu falar sobre os filmes, que trazem uma visão acerca de como seria a nossa realidade com dinossauros habitando o planeta: os possíveis desastres, o uso e exploração indevidos por parte do homem, a interação com humanos, o caos representado pelo perigo de se estar tão próximo a um animal potencialmente destrutivo.

Em “Jurassic World: Domínio”, porém, não foram só os dinossauros que, sob a tecnologia humana, se tornaram armas destrutivas. Um outro inimigo geneticamente modificado trará ainda mais adrenalina para a trama, mostrando novamente a mão do homem como precursora para um iminente desastre de nível mundial. 

O diretor Colin Trevorrow trouxe para Jurassic World: Domínio cenários visualmente belíssimos, complementados com uma iluminação que pode transitar entre a claridade fria dos laboratórios e a baixa iluminação angustiante da ilha, percorrendo lugares nunca antes vistos na franquia. Os efeitos que dão vida a esses cenários foram incrivelmente explorados, de forma a trazer ainda mais o realismo que se espera para dar a sensação de imersão ao espectador.

E por falar em realismo, o design dos dinossauros consegue superar, ainda que por pouco, o que foi visto nos filmes anteriores. Há uma proximidade maior com seus detalhes, sua pele, dentes, garras e até com os sons e rugidos ferozes produzidos por eles. Outro fator importante é a sonoplastia, ponto que traz ao filme ainda mais ligação com o emocional de quem o assiste: através dos sons podemos sentir com mais intensidade a emoção ou aflição, além da atmosfera de aventura que já é uma velha conhecida dos fãs da saga.

O figurino escolhido para os personagens casa-se muito bem com a personalidade representada por cada um destes. Vemos, por exemplo, o já conhecido visual aventureiro e explorador de Ellie (Laura Dern) e Alan (Sam Neill), ao mesmo tempo em que temos uma Claire ainda mais forte e destemida, e isso é transmitido em sua postura tanto quanto por seu figurino. Kayla, por outro lado, também representa uma mulher forte e destemida, porém ainda mais “durona”, o que é facilmente percebido através de sua caracterização.

Apesar de, assim como os filmes da franquia que o antecedem, apresentar um enredo de complexidade e originalidade medianos, é possível ser surpreendido por diversas vezes ao longo desta experiência que é assistir a Jurassic World: Domínio. Temos o encerramento da saga da maneira mais satisfatória possível, com referências nostálgicas aos longas antecessores, participações mais do que especiais de personagens muito queridos pelos fãs, e um clima familiar que traz uma conexão emocional com os personagens.

As já conhecidas perseguições dos dinossauros, que se tornaram uma marca de Jurassic, podem despertar uma sensação repetitiva, considerando que se encerram, quase sempre, da mesma forma. Ainda assim, essa repetição não tira a adrenalina do espectador, uma vez que, quando se trata dos personagens centrais, apesar de sabermos que irão se salvar, não sabemos de que forma e nem mesmo em que momento.

Sobre as atuações, podemos afirmar com convicção que novamente os atores fizeram um trabalho brilhante. A expressividade e postura forte de DeWanda Wise encantam, a nostalgia trazida por Sam Neill, Laura Dern e Jeff Goldblum nos remete diretamente ao amado Jurassic Park. Mas ainda assim deixamos o destaque para Bryce Dallas Howard (Claire) e Isabella Sermon (Maisie).

As duas apresentam atuações impecáveis, emocionantes e dão vida a cada característica de suas personagens, ambas passando por momentos de transição entre a bravura e o medo, a força e a vulnerabilidade. Jurassic World, assim como Jurassic Park, são sequências incríveis, responsáveis por conquistar legiões de fãs. Encerrar uma saga tão conhecida e amada é uma missão que traz uma responsabilidade mais pesada do que iniciá-la.

É necessário que haja um encerramento concreto, que conforte o coração dos fãs e dê a eles a sensação de que a jornada foi cumprida da melhor forma. Jurassic World cumpriu com êxito as expectativas nesse sentido. Se você é fã da franquia, com certeza essa experiência vai lhe trazer a vontade de aplaudir a produção de pé ao final da sessão.

É a aventura que todos amam, com a leveza da boa relação entre os personagens centrais e uma veia cômica incrível que surge até nos momentos mais improváveis. O final traz muito mais que um conforto para o coração dos fãs, pois apresenta uma lição sobre coexistência que deve ser levada para a vida.

Jurassic World Domínio será lançado no próximo dia 02 de Junho, garanta já o seu ingresso.

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4 thoughts on “Jurassic World: Domínio | Crítica

  • 01/06/2022 em 18:04
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    Bom demais ver conteúdo em texto e tão bem feito quanto esse voltando, aguardando as próximas análises

  • 01/06/2022 em 20:17
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    Aquele texto que deixa com gostinho de quero mais, já quero ver as outras análises

  • 02/06/2022 em 12:02
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    Excelente texto, dá gosto de ler e aguça a curiosidade de assistir o filme! Parabéns ao pessoal do site e à autora.

  • 02/06/2022 em 15:55
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    Essa menina é espetacular.

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