Chamas da Vingança | Crítica

Experiências laboratoriais, poderes sobrenaturais, perseguição, interesse e vingança. Elementos perfeitos para constituir um filme de Super Herois, certo? Não em Chamas da Vingança.

O filme retrata o drama da jovem Charlie, cujos pais foram  objetos de um experimento do governo durante sua juventude. Charlie herda as habilidades sobre-humanas dos pais, o que faz com que a família viva uma rotina conturbada com o objetivo de manter seus poderes em sigilo, enquanto precisam ensiná-la a controlar suas poderosas chamas.

O filme faz, claramente, referência a outras obras, e talvez por isso haja uma sensação constante de deja vu. Essa sensação pode trazer um pouco de tédio, e deixar o enredo clichê.

Ainda que os poderes de Charlie sejam explorados de forma a gerar uma sensação sobrenatural e misteriosa, diferentemente dos filmes em que super poderes constroem um herói, não espere uma história surpreendente e efeitos visuais impressionantes. Além de uma história não muito original, há uma baixa complexidade, como se a história pudesse ser resumida em pouquíssimas linhas.

Em Chamas da Vingança, ao ver o trailer ou até mesmo apenas a sinopse, cria-se uma expectativa de fotografia e efeitos visuais acima da média, o que cai por terra ao longo da exibição.

As chamas, que são não apenas o título, mas a base de grande parte do enredo, foram trabalhadas de forma insuficiente, deixando um poder que poderia ser visualmente incrível com aparência impotente. A força e personalidade da personagem principal mereciam uma tradução visual fidedigna.

Um destaque positivo da obra são os efeitos sonoros, que criam suspense, drama e tensão. Quanto a atuação, todo o mérito para Ryan Kiera Armstrong, que traz para sua personagem uma postura adequada para cada fase de Charlie: seja a menina assustada com os próprios poderes, com raiva, sede de vingança, ou a garota forte que assume o controle de suas habilidades para cumprir um objetivo. É possível se emocionar por diversas vezes com a atuação de Ryan.

Concluindo, é válido assistir ao filme. Mesmo decepcionando no enredo e nos efeitos visuais, é interessante notar diversas subliminaridades no roteiro, que geram uma mensagem poderosa.

É emocionante ver os conflitos familiares gerados desde a primeira manifestação dos poderes de Charlie. Ao mesmo tempo em que há união, há uma divergência sobre o que fazer para protege-la, e a cereja do bolo fica por conta da reviravolta final, onde todos os planos e promessas ficam para trás e o encerramento se dá da forma mais improvável.

Chamas da Vingança já está disponível nos cinemas.

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