Tempos de Barbárie – Ato 1: Terapia de Vingança | CRÍTICA

Fomos convidados para a cabine de imprensa virtual de uma trama nacional altamente impactante: Tempos de Barbárie – Ato 1: Terapia de Vingança. Protagonizado por Cláudia Abreu, o longa retrata a dramática história de Carla, uma advogada bem sucedida que tem sua paz roubada quando, durante um assalto, sua filha é baleada, sendo hospitalizada em um quadro irreversível. Nesse contexto, várias vertentes acerca de uma vítima de violência são retratadas: a dor imensurável, as divergências familiares que sucedem o trauma, e principalmente a sede intensa de vingança quando as autoridades não cumprem o que se espera para punir os responsáveis.

No início do longa, o impacto gerado pelo desenrolar dos principais acontecimentos causa aflição no espectador, prendendo sua atenção. Porém, em dado momento o filme apresenta sequências desconexas que parecem ter sido feitas com o objetivo de torna-lo ainda mais chocante, além de inserir a sensação de insanidade que percorre o intelecto da personagem principal. Apesar de tais elementos terem funcionado nesse sentido, são exatamente eles que tornam o longa um pouco confuso. Em diversos momentos senti um nó na garganta pelo tom desesperador do enredo, mas tal sensação rapidamente era substituída pela confusão entre o que realmente estava acontecendo na trama. Ainda assim, acredito que o público em geral irá se sensibilizar com a história de Carla: apesar de se tratar de uma obra fictícia, “Tempos de Barbárie – Ato 1: Terapia de Vingança” retrata uma triste realidade vivida em nosso país sem qualquer ideologia política defendida, trazendo apenas a triste realidade da violência, insegurança, injustiça, corrupção e impunidade.

A cena em que a filha de Carla é baleada foi extremamente bem produzida, mostrando mais uma vez que o cinema nacional tem sim a capacidade de criar conteúdos acima do esperado. A forma como tudo acontece dimensiona exatamente o desespero e o medo que envolvem uma vítima de violência, desde a sensação paralisante quando se entende a situação até a perturbação inquietante de Carla ao tentar retirar a filha do carro sem sucesso.

De um modo geral, posso dizer que recomendo ao público que conheça “ de Barbárie – Ato 1: Terapia de Vingança”. Apesar de ser um filme que se perde em seu próprio desenvolvimento, trata-se de uma experiência que com toda a certeza irá modificar a percepção do telespectador acerca de vários aspectos. É uma trama emocionante, revoltante e surpreendente que em algumas cenas podem trazer a memória a polêmica franquia “Doce Vingança” e nos leva a refletir sobre nossos próprios valores e limites.

Vale lembra que o longa é o primeiro de uma sequência de três filmes que estão por vir.

Contem para nós, vocês apreciam o cinema nacional? Pretendem assistir a “Tempos de Barbárie – Ato 1: Terapia de Vingança”?

Não esqueça de acompanhar nosso canal no youtube e de nos seguir nas redes sociais (todas elas como @meialuafsoco).