Assassin’s Creed: Dawn of Ragnarok | Análise

A Ubisoft pegou os fãs de Assassin’s Creed totalmente de surpresa com o anúncio de Dawn of Ragnarok, a mais nova expansão de Valhalla, último título da consagrada franquia.

Enquanto em Assassin’s Creed Valhalla controlamos Eivor, Dawn of Ragnarok trouxe uma proposta diferente e ambiciosa, pois aqui, nós controlamos ninguém mais, ninguém menos que o Pai de Todos, Odin!

Claro, na campanha principal tivemos um vislumbre do que é estar no controle de Odin, mas aqui, temos todo um mundo novo para explorar com ideias interessantes.

Do que se trata a história

A história começa com Odin em Svartalfheim, o reino dos anões, que foi invadido por Surtr… sim, o gigante de fogo que é um personagem de extrema importância para os eventos do Ragnarok.

Ele descobre que seu filho, Baldur, foi capturado por Surtr e, apesar de seus esforços para resgatá-lo, acaba sendo derrotado em uma batalha intensa.

Após os acontecimentos iniciais, ao explorar aquele mundo, Odin percebe que os muspelitas, lacaios de Surtr, estão escravizando anões com o intuito de fazer uso de suas habilidades para fins não muito benéficos que, claro, não irei comentar para evitar spoilers.

Com isso, além da busca pelo próprio filho, Odin precisa ajudar os anões, que serão cruciais em sua jornada.

A principal adição da expansão

Ao finalizar o primeiro ato, somos apresentados a dois anões, Sigrun e Halstein, que entregam a Odin um artefato especial que traz a principal mudança, em termos de gameplay, deste pacote. O bracelete Hugr Rip.

Este adereço permite ao jogador roubar os poderes de seus inimigos caídos, o que acaba por trazer uma dinâmica bem divertida em nossa jornada.

Para exemplificar melhor, no reino dos anões, nos deparamos com ambientes que contém lava ou são muito quentes, fazendo com o que o personagem perca vida. 

Ao derrotar Muspelitas e roubar seu poder, quando ativado, podemos andar tranquilamente por esses ambientes, sem nos preocupar.

Claro que o uso dessa habilidade não é permanente. Existe um limite de tempo para o uso e precisamos recarregar as barras de energia do bracelete para usar estes poderes novamente.

Sem dúvida foi uma adição bem interessante. Dentre os poderes existentes, podemos nos transformar em um corvo para explorar a região, ressuscitar guerreiros mortos para nos ajudar em batalhas e até mesmo fazer uso do teletransporte.

Vale ressaltar que estes poderes podem ser aprimorados com o uso de sílicas, recurso que encontramos no decorrer do game.

Poderiam ter ido mais além

Para quem já está bem familiarizado com o jogo base, no decorrer da jornada apresentada na expansão, provavelmente irá surgir aquela sensação de mais do mesmo.

Digo isso, pois basicamente a principal e mais interessante mudança em termos de gameplay é o bracelete.

Sinto que eles poderiam ter criado uma necessidade maior da utilização destes poderes. O game te apresenta duas formas de jogar Dawn of Ragnarok. Você pode utilizar seu save do Valhalla, iniciando a expansão com seu nível atual e habilidades, ou pode começar uma campanha do zero.

Aqueles que puxarem seu save do jogo base, conforme seu nível de poder, não sentirão tantas dificuldades ao enfrentar os novos inimigos e a utilização do bracelete não será tão essencial para tirar o jogador do sufoco.

Isso pode fazer com que a jornada fique um pouco maçante em alguns momentos.

Um final abrupto

Apesar da história ser bem interessante e girar em torno de personagens incríveis vindos da mitologia nórdica, o fim dessa campanha pode não agradar a todos.

Obviamente não entrarei em detalhes acerca dos acontecimentos, mas a forma como a jornada termina, tendo em vista a ideia que o título da expansão nos passa, acaba jogando um balde de água fria no jogador.

A impressão que fica é, está faltando alguma coisa aqui!

Uma experiência envolvente

Apesar dos percalços, com alguns pontos que a Ubisoft poderia ter trabalhado melhor, Dawn of Ragnarok nos apresenta uma jornada envolvente, com um novo mundo para explorar, grandes nomes da mitologia nórdica e a possibilidade de jogar, mais uma vez, com Odin.

O bracele Hugr Rip traz uma dinâmica de gameplay bem interessante com poderes que, quando mixados com as habilidades já presentes para o nosso personagem, deixa tudo mais divertido.

O que nos resta agora é esperar para saber quais serão os próximos passos da empresa para a franquia Assassin’s Creed. Dawn of Ragnarok possui algumas pontas soltas que, acredito eu, precisam ser amarradas.

Assassin’s Creed: Dawn of Ragnarok já está disponível para os consoles e PC!

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