The Last of Us Parte 1 no PC | Análise

The Last of Us é um dos jogos mais aclamados do Playstation e recebeu diversos prêmios desde seu lançamento em 2013. 

Com essa onda de jogos da empresa chegando aos PCs, esperamos ansiosos por esse port para que pudéssemos desfrutar do seu máximo desempenho e gráficos incríveis, já que nos consoles o game é um primor nesse sentido.

No dia 28 de Março, The Last of Us Parte 1 chegou para os PCs de mesa e o que deveria ser um momento incrível para a plataforma por estar recebendo um dos melhores jogos já feitos, acabou decepcionando mais do que agradando e vou explicar porque!

Problemas de otimização

Antes de mais nada, testei o jogo no meu próprio PC com uma GeForce RTX 3070 ti, fornecida pela NVIDIA, que também possui um processador Core i5 de 10ª geração com 4ghz, 32gb de memória e rodando em um SSD.

Esse port para os PCs foi auxiliado pela Iron Galaxy, empresa responsável por adaptar outros games, inclusive o próprio Killer Instinct, jogo de luta que joguei por muito tempo na plataforma.

Conhecendo o histórico da empresa, fiquei ainda mais ansioso pela chegada do The Last of Us, no entanto, o que encontrei foram alguns problemas bem frustrantes de desempenho.

Serei bem sincero, consegui rodá-lo de forma satisfatória, porém precisei baixar bastante as configurações do game, não só de texturas, iluminação, sombras, etc, mas também a resolução.

Isso para um jogo como TLOU é triste, pois toda a experiência dessa história, não apenas o gameplay, se torna ainda mais imersiva com seus gráficos estonteantes.

Inicialmente utilizei as resoluções 4K e 2K, alternando as opções gráficas entre Alto e Médio… o ultra com estas configurações é totalmente inviável.

Mesmo com o DLSS da NVIDIA, que auxilia bastante no desempenho mantendo a qualidade, é possível sentir o jogo engasgar bastante em alguns momentos, até mesmo em cenários que já haviam sido renderizados. 

Com este recurso, setei a opção Equilibrado, com o intuito de manter uma melhor qualidade gráfica.

Como resultado, o jogo rodou estável a 60fps apenas em alguns momentos, mas com variações bruscas entre 40, 45, e em outros chegou a cair para 25, 20.

Para uma maior estabilidade, rodando a 60fps, precisei ajustar a resolução para 1080p, tornando possível ajustar mais opções gráficos para Alto e até mesmo Ultra. Ainda assim, em alguns momentos senti engasgos e quedas de FPS, mesmo em ambientes sem muitas partículas e coisas acontecendo na tela.

É notável que o game precisa de patches de otimização, visto que com a máquina que tenho, só consigo rodá-lo de forma mais suave em uma resolução mais baixa.

Carregamento de Shaders

Ao instalar o jogo pela primeira vez e executá-lo, logo na tela de menu, o carregamento de Shaders é iniciado.

O jogo nos avisa que é necessário esperar essa carga para que possamos rodá-lo com o máximo desempenho, no entanto, essa espera pode ser um tanto frustrante.

Em jogos como COD, que já joguei bastante no PC, é normal termos que esperar o carregamento dos Shaders também. 

Contudo, no caso de The Last of Us, essa espera pode demorar de 1 hora para mais. Na primeira execução que fiz, deixei o PC ligado com o jogo aberto enquanto fazia outras tarefas.

Isso com certeza pode acabar irritando as pessoas que estão ansiosas para jogar o game e, como vimos pela internet afora, alguns até perderam a paciência e iniciaram a campanha ainda com os shaders sendo carregados, o que não é recomendado.

Um detalhe importante: Após instalarem o game, atualizm o driver da placa de vídeo para a versão mais atual antes de executá-lo. No meu caso, fiz isso após aguardar o primeiro carregamento dos shaders e, com o update da VGA finalizado, ao abrir o jogo mais uma vez, os mesmos foram carregados novamente, me fazendo esperar mais um bom tempo.

Isso também aponta para a questão de otimização que citei no tópico anterior.

Várias opções de configuração

Além dos pontos negativos, obviamente essa versão do game traz benefícios que poderão ser muito bem aproveitados após uma melhor otimização.

Em outras análises de jogos do Playstation no PC, mencionei a falta de opções gráficas diversas, para que pudéssemos configurar estes aspectos nos mínimos detalhes para que possamos ter o melhor desempenho em nossa máquina.

Isso é algo que The Last of Us trouxe em abundância. A quantidade de opções de customização é insana. Temos desde reflexos, oclusão de ambientes, texturas, sombras, qualidade das cutscenes e muito mais.

Isso sem dúvida ajudou para que pudesse rodar o game de uma maneira mais suave nos testes que fiz em 1080p.

Vale a pena no PC?

Olha, sendo bem sincero! Vale a pena sim, mas calma, vou explicar. Nos momentos em que tive um desempenho satisfatório, sem as quedas bruscas de FPS ou engasgos, deu para notar que essa é a versão definitiva do game, falando em termos gráficos.

É simplesmente maravilhosa a nitidez, partículas, expressões, texturas, iluminação, etc. Contudo, acredito que seja melhor, principalmente para quem não tem um PC mega potente, esperar um pouco pelos patches de atualização, de forma a evitar potenciais frustrações como as que citei acima.

A Naughty Dog já comunicou a todos que está ciente dos problemas e em breve teremos patches para ajustar o desempenho geral de The Last of Us. 

Eu, sem sombra de dúvida, torço demais para que essas correções sejam feitas o quanto antes, pois estou bem ansioso para testar o jogo em resoluções mais altas, uma vez que pude vislumbrar o grande potencial dessa versão.

Então, em resumo, recomendo sim a compra mas, no momento, aguarde a resolução dos problemas e o feedback da comunidade sobre as atualizações vindouras.

The Last of Us chegou aos PCs na última Terça-feira, 28 de Março.

Confira o trailer de lançamento abaixo:

Fiquem ligados em nosso canal do YouTube para não perder a cobertura de eventos, lives e vídeos de notícias, curiosidades e gameplay.

Confira também outras matérias e análises em nosso site: