Planeta dos Macacos – O Reinado | CRÍTICA

Participamos nesta semana da cabine de imprensa daquele que é, provavelmente, o filme mais aguardado do ano por vocês leitores do Meia Lua: “Planeta dos Macacos: O Reinado”. O longa, dirigido por Wes Ball, vem não apenas como uma continuidade na franquia, mas também como uma porta de esperança para os fãs da saga após a morte do lendário Caesar, personagem símio que se tornou um símbolo quando se trata de “Planet DOS Macacos”. Aqui, somos apresentados a uma realidade 300 anos a frente dos eventos de “Planeta dos Macacos: A Guerra” através de um grupo de primatas que vivem de forma civilizada e harmônica. Noa (Owen Teague), Soona (Lydia Peckham) e Anaya (Travis Jeffery) são três jovens membros do referido grupo que têm uma preocupação em comum: encontrar ovos de águias que posteriormente serão cuidadas para compor o clã após um típico ritual. No entanto, Noa percebe que esta seria a menor de suas preocupações quando seu grupo recebe o inesperado ataque de uma sociedade impetuosa de primatas liderados pelo tirano Proximus Cesar (Kevin Durand), que matam seu pai e sequestram o restante do grupo para escraviza-los. A única alternativa de Noa é buscar e resgatar os componentes de seu clã, e no caminho ele contará com a ajuda do macaco Raka (Peter Macon) e da humana Mae (Freya Allan).

“Planeta dos Macacos: Reinado” traz consigo uma missão de coragem após o sucesso da trilogia composta por A Origem, O Confronto e A Guerra. Não é a toa que o caminho tomado visa se distanciar ao máximo no tempo, mesmo que totalmente referenciado pela ideia original da franquia. Aqui, vemos o futuro sob uma triste perspectiva: após a morte de Caesar, para alguns ele caiu no esquecimento, enquanto por outros a sua palavra foi distorcida como forma de domínio e poder. E acredito que essa seja a premissa central do filme: uma retratação crítica do que vivemos no cotidiano. Proximus é um líder tirano que aponta Caesar como uma entidade quase que religiosa e acumula inúmeros adeptos: alguns pela crença, outros pela escravidão. A busca incessante de Proximus por poder nos leva a um vilão que para alguns pode parecer clichê, mas que carrega um potencial pouco explorado. Isso se deve a um dos poucos problemas da produção: o desenvolvimento. O enredo parece se desenrolar de forma tediosa no início do filme, demorando mais que o comum para que o público saiba de fato qual será o foco central da história. Se o roteiro fosse um pouco mais objetivo, talvez houvesse mais tempo para que a verdadeira problemática fosse melhor desenvolvida. É como se o desenrolas dos fatos se desse em constante corda bamba, inserindo e esquecendo elementos durante toda a exibição e resultando numa duração injustificável, mesmo que não tão longa. Ainda assim, alguns pontos em “Planeta dos Macacos: Reinado” serão capazes de criar a mais absoluta conexão com o espectador, e dentre eles está a inserção de personagens carismáticos, dentre os quais vale destacar Noa e Raka. Enquanto Noa é o jovem sagaz, inteligente e perseverante que conquista a torcida do público, Raka conquista por ser a moderada veia cômica em meio a uma ficção científica repleta de tensão e conflitos. Já Mae, a humana que se alia a Noa contra Proximus, tem uma compreensível frieza em seu tempo de tela que a torna uma personagem quase “esquecível”.

Seguindo o legado dos filmes anteriores da franquia, “Planeta dos Macacos: Reinado” é absolutamente brilhante em efeitos visuais. Tudo parece ainda mais impecável que nas outras produções, uma vez que o CGI é tão realista que em diversos momentos o público irá se esquecer que se trata de eventos fictícios, podendo sentir medo, aflição, emoção e até repulsão. Aqui, não foi feito apenas o básico que acerta: “Planeta dos Macacos: Reinado” arrisca ao entregar cenários grandiosos, oscilação de luz e clima e riqueza de detalhes, e ainda assim é capaz de surpreender. A escolha pela criação das figuras símias através de Motion Capture, tecnologia que captura movimentos e expressões de atores reais, mais uma vez apresenta um resultado irretocável, o que aprimora ainda mais a imersão do espectador ao filme através de uma expressividade assustadora capaz de nos conectar a personagens não humanos.

De modo geral, nossas recomendações sobre “Planeta dos Macacos: Reinado” são as melhores. Apesar de um enredo que parece se espremer no tempo, é um filme que mostra incondicional respeito pela franquia e dá uma boa continuidade sem desconsiderar o que se passou antes. Além disso, tudo no longa indica uma sequência, o que poderá nos trazer ainda mais respostas sobre o que foi apresentado na nova produção. Não diria que o filme superou a popular trilogia anterior, mas ainda assim é satisfatório e bem elaborado. É compreensível que os fãs sintam falta de Caesar, mas é muito válido dar uma chance e se surpreender.

Pretendem assistir a “Planeta dos Macacos – O Reinado”? Contem para nós suas expectativas sobre o filme!

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