Man of Tai-Chi – Crítica
Em 2013 Keanu Reeves estreou como diretor no filme Man of Tai-Chi (Ringue Mortal, no Brasil), um filme de artes marciais produzido Michael G. Cooney e distribuído pela Universal.
A trama gira em torno de Tiger Chen (Tiger Hu Chen), um jovem lutador praticante de Tai-Chi que durante um torneiro legal de artes marciais é descoberto por Dakara Mark (Keanu Reeves) e convidado a participar de lutas clandestinas que levam até a morte. Sem saber o verdadeiro foco das lutas, Tiger decide aceitar a proposta e assim ter a oportunidade de mostrar seu lado agressivo em ringues sem regras. À medida que vence as lutas, Tiger descobre que os combates são transmitidos ao vivo para um público pagante e que sua vida se tornou um reality show do submundo.
O filme é recheado de lutas intensas e adversários exóticos, desta forma a todo o momento ficamos na incerteza se Tiger ganhará ou não. Vale lembrar que o chinês foi coreógrafo em Matrix (1999) e Kill Bill Vol. 1 (2003), logo, todas as cenas de ação são muito bem executadas e impressionam pela qualidade.
A história é bem conduzida e Chen demonstra-se um bom ator para sua pouca experiência no cinema, já Keanu Reeves mais uma vez esbanja talento atuando como um ambicioso e cruel empresário na busca do lutador perfeito: aquele que mata seus adversários.
Os demais personagens: a policial investigadora que ninguém acredita que solucionará o caso, o capanga engraçado do chefão malvado, a mocinha que o protagonista ama e o mestre de artes marciais que representa a sabedoria, por mais genéricos que sejam tem uma personalidade forte e são cativantes.
Alguns pontos também deixam a desejar, como, por exemplo, a praticamente ausência de sangue, ora, por mais que estejamos falando dos homens mais habilidosos e fortes dos quatro cantos do mundo eles continuam sento humanos. Outro ponto que poderia ter sido melhor é construção da ideia de um reality show, pois por mais que a seja boa ela precisa estar nos padrões da realidade. No filme todos os lugares que Chen frequenta possuem câmera e áudio (da noite para o dia), e esta decisão tirou um pouco do brilho de uma excelente ideia.
O que todos os fãs de Reeves esperavam é ver o eterno Neo em combate, e para o “delírio da galera”, Dakara Mark também mostra suas habilidades de luta – em uma cena bem curta, mas vale a pena.
Man of Tai-Chi é um filme que traça a trajetória de um homem que caminha do equilíbrio até a perdição e consegue encontrar sua verdadeira identidade, não deixando-se levar pela influência do submundo. Embora não seja uma obra-prima, o filme agrada os fãs do gênero e está bem acima da média para um título de diretor estreante. Vale a pena conferir o trabalho de Keanu Reeves e as lutas frenéticas que não deixam o nível da ação cair em nenhum momento.
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