The Last of Us | Crítica – Episódio 9 (Com Spoiler)

Chegamos ao capítulo final da primeira temporada de The Last Of Us. Além de momentos emocionantes, o nono episódio nos trouxe um pouco mais de ação sob as mãos de Joel, além da altíssima carga emocional ao conhecer mais da origem de Ellie.

Na primeira cena do episódio, conhecemos Ana. De forma desesperada, ela foge de um infectado em meio a uma floresta. Grávida, Ana consegue chegar ao local em que está abrigada, mas vê sua situação se agravar quando sua bolsa rompe e ela entra em trabalho de parto. O infectado consegue adentrar a casa, e rapidamente chega até Ana, que o mata, mas não antes de ser mordida. Sua filha nasce, e descobrimos que se trata de Ellie. Mais adiante, vemos a já conhecida Marlene chegar até a casa onde Ellie acaba de nascer. Marlene nota que Ana foi mordida, mas ela jura ter cortado o cordão umbilical da bebê antes disso acontecer. Ana faz dois pedidos: que Ellie seja levada em segurança e que Marlene a mate antes de a transformação acontecer. Mesmo relutante, Marlene acata ambos os pedidos.

Em seguida, voltamos ao cenário “atual” com Joel e Ellie procurando pelo hospital ao qual Ellie será levada para o estudo e produção da cura. Ellie apresenta um comportamento diferente do habitual: ela parece estar preocupada e abatida, enquanto Joel se mostra mais afetuoso e receptivo.

Ao averiguar um prédio, Ellie avista algo e chama Joel para que vejam juntos. Esse momento dá origem a uma das cenas mais incríveis dessa primeira temporada: eles encontram um campo repleto de árvores e vegetação formando uma bela paisagem. Mas a maior surpresa fica por conta de várias girafas que residem ali. Apreciar esse acontecimento parece restaurar o ânimo de Ellie, e eles seguem o caminho. Durante o trajeto, Joel cogita desistir do que já foi sua única missão: levar Ellie para que seja o princípio da cura. Tal atitude demonstra não apenas o afeto de Joel por Ellie, mas o desejo de protege-la acima de quaisquer interesses ou obrigações. O personagem principal chega a confessar que tentou se matar em um tempo em que não via mais sentido em viver. Mais uma vez, Ellie se mostra destemida e, mesmo sabendo que existe a possibilidade de alterar os planos para viver em paz, ela propõe continuar a jornada.

O momento de conexão entre os dois é abruptamente interrompido quando a dupla é atingida por uma bomba de gás que os deixa atordoados. Joel acorda no quarto de um hospital e é surpreendido pela presença de Marlene. Ela diz que Ellie não foi ferida, e está sendo preparada para a cirurgia. Ao ser questionada por Joel sobre o procedimento, ela conta que o desenvolvimento da cura envolve a forma como o Cordyceps cresceu com Ellie, e que eles irão multiplicar as células para que seja distribuído ao mundo.

É então, ao associar o crescimento do fungo como cerebral, que Joel entende que Ellie irá morrer caso o procedimento seja feito. Ele se desespera, e por saber de sua capacidade, Marlene ordena que dois de seus integrantes o levem para fora do hospital e o deixem em uma estrada. Ela ressalta que se notarem qualquer tentativa de reação de Joel, devem atirar. Porém, como já esperado, não demora para que Joel consiga reverter a situação.

Ele reage e mata os dois vagalumes e dá seguimento a uma impiedosa chacina no hospital até chegar ao local onde Ellie está sendo preparada para a cirurgia. Ele atira contra o médico, resgata Ellie desacordada e deixa o local. No estacionamento, ele encontra um carro, mas é abordado por Marlene, que aponta uma arma contra Joel e tenta convencê-lo a entregar Ellie. Mesmo sob pressão, Joel consegue atirar em Marlene. Ela implora por sua vida, mas ele age por precaução e a mata.

No caminho de volta, Ellie acorda ainda sob parte do efeito de anestesia e pergunta a Joel o que aconteceu. Com receio de falar a verdade, ele diz que ela passou por exames junto de outros iguais a ela e não houve sucesso, fazendo com que os vagalumes desistissem de procurar uma cura. Ellie questiona sobre suas roupas e Joel mente outra vez, dizendo que o local onde estavam foi atacado e muitas pessoas se machucaram.

Momentos depois, o carro para e eles precisam continuar o trajeto planejado por Joel a pé. Ellie parece desconfiar do que Joel contou. Ela relata a ele sua história com Riley, como que na tentativa de ser verdadeira e receber a verdade de Joel também. Sob o questionamento de Ellie, Joel jura que disse a verdade sobre o acontecimento do hospital.

Dessa forma, o apisódio se encerra, deixando a expectativa em alta para a segunda temporada.

Como relatei no início da série, meu conhecimento sobre The Last Of Us não era tão amplo, uma vez que não tive acesso ao jogo. Quando se trata de conteúdos que abordam o mundo em situação pós apocalíptica, o público está acostumado a ver mais do mesmo, e foi por essa razão que o jogo não me despertou interesse.

Porém, ao assistir a série, conheci uma história inteligente, personagens cativantes e episódios de tirar o fôlego. Foi mais que suficiente para despertar o interesse pelo game. E creio que está aqui um grande ponto positivo para a criação da série: proporcionar satisfação quem já conhecia a franquia, mas também trazer novos fãs.

O desenvolvimento de The Last Of Us foi cirúrgico em diversos aspectos: efeitos visuais, enredo, e principalmente nas atuações. Bella Ramsey e Pedro Pascal deram vida a personagens memoráveis, a ponto de o espectador se esquecer que a trama se trata de ficção. É comum durante os episódios se emocionar, revoltar e principalmente sentir a aflição por trás de sobreviver num mundo tomado pelo fungo Cordyceps.

Por aqui, a ansiedade para a segunda temporada está a mil, mas provavelmente o período de espera será longo!

A primeira temporada de The Last Of Us está disponível no HBO Max.

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