The Last of Us | Crítica – Episódio 8 (COM SPOILER)

O episódio mais recente de The Last Of Us saiu no último domingo e nos trouxe cenas da mais pura ação, emoção, e principalmente momentos extremamente satisfatórios para o espectador.

O episódio se inicia com um vislumbre de um novo núcleo, ainda não visto até então. Passamos por um culto religioso que se assemelha a uma seita, e somos apresentados ao líder desse estranho grupo, David.

Ele se porta de forma fria com uma garota que chora enquanto questiona quando seu pai será enterrado, e daí já é possível notar que David é dono de uma mente bizarra, condizente com seu comportamento. O abrigo liderado por David passa por um período de escassez de recursos, o que os obriga a racionar alimento. Tal situação faz com que David tema pelo bem estar dos abrigados, mas fica subentendida a preocupação com a ameaça ao seu posto de liderança.

Em seguida, somos direcionados para a situação debilitada da saúde de Joel, ao acompanhar as tentativas de Ellie de ajudá-lo. Ela demonstra mais uma vez a sua lealdade ao cuidar bravamente de Joel, chegando a dividir uma quantidade mínima de alimento e água com ele. Nesse momento, ela decide sair para caçar. E é nesse momento em que o episódio sofre uma reviravolta. Ela atira em um cervo, mas o tiro não é certeiro e ele corre por algum tempo antes de morrer. Ao buscar por seu paradeiro, ela encontra David junto de outro integrante do bando, James, e os aborda com o uso de sua arma.

Eles buscam um acordo por parte do cervo, alegando estar em um grupo grande com pessoas famintas. O acordo firmado é de que eles darão remédios em troca de metade da carne. Enquanto James busca os remédios, David convida Ellie para fazer uma fogueira em uma casa abandonada a poucos metros de onde estão.

Ellie inocentemente aceita, e apesar de manter a arma apontada durante todo o tempo, se coloca em situação de vulnerabilidade. Durante uma conversa entre os dois, David relata ser um “pastor” e menciona a garota que chorou durante o culto. A reviravolta começa por aí: o pai da garota é o homem que Joel matou no laboratório. James retorna e aponta uma arma para Ellie, mas David faz o inesperado: pede que ele entregue os remédios e deixe ela ir. E é o que ela faz.

Ellie permanece cuidando de Joel, que apresenta leves sinais de melhora. No entanto, ela é surpreendida ao ver que o bando de David se aproxima do esconderijo. Acuada e vendo Joel incapaz de fugir, ela avisa a Joel que há pessoas se aproximando, mas que irá os atrair para longe. Deixando Joel com uma faca para se defender, Ellie dá início ao plano mas seu cavalo é atingido por um disparo (e sim, aqui muitos irão chorar). David leva Ellie enquanto o resto de seu grupo busca o paradeiro de Joel.

Ela é levada para um cativeiro bizarro, onde é psicologicamente pressionada por David a se juntar a eles. Ao explorar o local, ela se depara com algo sombrio e inesperado: pedaços humanos no chão indicam que o grupo de David praticava canibalismo.

Ele admite a prática, mas levanta um questionamento acerca de suas razões: até onde se pode chegar para manter as pessoas que acreditaram em você alimentadas, vivas e acreditando que há pelo que viver? Ele volta a jogar mentalmente com Ellie, e quando achamos que ela parece ceder ao segurar a mão de David, ela o ataca e tenta roubas as chaves.

Ele se irrita ao notar que Ellie quebrou seu dedo durante o ataque e sai, retornando com James para cortar Ellie em pedaços (possivelmente para comer). Ao colocarem ela na mesa, ela diz estar infectada e que David também estará, pois ela o mordeu.

Eles olham a mordida no braço de Ellie e imediatamente entram em discussão: enquanto David não acredita que Ellie possa estar infectada, James parece apavorado com a possibilidade. A confusão causada por Ellie é suficiente para que ela tire da mão deles uma faca e mate James. Ela foge, mas o local está todo trancado.

David persegue Ellie de forma aterrorizante até que ela toma a iniciativa de combate, usando uma madeira em chamas que inicia um incêndio no local. Eles entram em luta corporal, e após alguns dos segundos ou minutos mais agonizantes da série, Ellie o mata de forma brutal utilizando uma faca.

Antes disso, vimos Joel ser encontrado pelo grupo de David. Mas ele reage utilizando a faca deixada por Ellie, fazendo dois homens pertencentes a seita como reféns. Ele busca por informações do paradeiro de sua protegida através de tortura. E é aqui que vemos a frieza e brutalidade de Joel também.

Ele segue o mapa de acordo com as informações obtidas e finalmente encontra Ellie, que parece perturbada após todos os acontecimentos. A cena do reencontro é extremamente emocionante, e o alívio de ver Joel e Ellie juntos, com seus laços de afeto mais fortes que nunca, irá trazer ao espectador a satisfação de não apenas vê-los ainda mais conectados, mas também muito mais fortes.

Certamente, para o último episódio, esperamos vê-los trabalhando em equipe, aliando suas forças e coragem para sobreviver.

O oitavo episódio da série, intitulado “Quando mais precisamos”, é para mim, de longe, o melhor até então. Ele vem repleto de ação do início ao fim, assassinatos brutais, cenários e personagens agoniantes, e a cereja do bolo, que acredito ser o reencontro de Joel e Ellie, no qual eles demonstram alegria por verem um ao outro, e principalmente as palavras carinhosas usadas por Joel para tentar acalmar Ellie.

Neste episódio, vemos o quanto Ellie evoluiu. Ela não é apenas forte, ela é leal, inteligente, brutal e impiedosa. Joel demonstra muito sentimento por Ellie não apenas em suas palavras ao encontrá-la, mas em sua atitude de, mesmo debilitado, ir em busca dela e literalmente passar por cima de quem estiver em seu caminho. 

Os cenários de neve aqui são fantásticos, bem trabalhados e dão a dimensão do inverno pesado enfrentado pelos personagens. Além destes cenários, é necessário dar crédito pelas atuações.

Os atores, mesmo que fora de protagonismo, são brilhantes. Mas o destaque neste oitavo episódio é, com certeza, Scott Shepherd interpretando David. Ele representa de forma brilhante um personagem maquiavélico, bizarro, cruel e nojento. As expectativas para o último episódio estão altas. Até então, The Last não decepcionou, basicamente nos entregou a adaptação que esperávamos. Então, a expectativa é de que sejamos agraciados com um último episódio de nível equivalente.

E aí, o que achou do episódio? Comente!

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