Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça | Análise

Aviso de Spoilers

Importante deixar claro que essa análise pode conter spoilers de “Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça” , então fiquem avisados.

Apresentação

Quando foi anunciado, “Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça” chamou a atenção dos jogadores, seja por conta da sua produtora Rocksteady, que ficou conhecida pela trilogia Batman Arkham (Arkham Asylum, Arkham City e Arkham Knight), mas também por conta da sua premissa, afinal como eles colocariam um grupo de vilões com equipamentos comuns contra grandes super-heróis conhecidos pelo mundo todo? E tem mais: os produtores haviam dito que o jogo se passaria no mesmo universo dos jogos do Batman, como uma espécie de continuação que deixaria mais uma dúvida, levando em conta o final de Batman Arkham Knight.

Eis que depois de muitos adiamentos e comentários negativos por conta de gameplays divulgados duvidosos, o jogo foi lançado no dia 2 de fevereiro. Mas será que depois de todos esses problemas durante a sua divulgação, o jogo conseguiu dar a volta por cima e entregou um bom conteúdo?

História

Dentro do Asilo Arkham, Amanda Waller, Diretora da A.R.G.U.S, recruta uma equipe de vilões para ajudá-la com alguns serviços clandestinos. São eles: Floyd Lawton, conhecido como Pistoleiro; Harleen Quinzee,l conhecida como Arlequina; Nanaue, conhecido como Tubarão-Rei; e George Harkness, conhecido como Capitão Bumerangue. Para convencê-los, Waller planta uma nano-bomba dentro dos cérebros de cada um e ameaça explodi-la caso eles não a ajudem.

Os vilões são levados até Metropólis, e lá descobrem que a cidade foi tomada pelo Brainiac, que possui todos os membros da Liga da Justiça, exceto a Mulher-Maravilha, que promete deter Brainiac e trazer os heróis de volta. Porém, sabendo que a heroína não conseguirá fazer isso sozinha, Waller designa uma nova missão para o grupo: matar a Liga da Justiça.

A campanha do jogo infelizmente não é seu ponto forte, e acaba se tornando previsível, se encerrando de uma forma abrupta, sem aviso e deixando uma grande brecha. Porém, isso tem uma explicação, sobre a qual falaremos mais adiante na análise.

A campanha também acaba sendo bem curta se você focar somente nela sem fazer missões secundárias e outras atividades, chegando a cerca de 10 horas, o que torna essa a campanha mais curta de um jogo da produtora e do universo Batman Arkham.

É importante também ressaltar o tom colocado no jogo, pois seguindo a história do grupo visto nos quadrinhos e até nos filmes, aqui vemos várias cenas com piadas a todo o momento, o que pode acabar se tornando enjoativo para alguns jogadores que não conhecem o grupo.

Combate e Exploração

Assim como visto nos trailers de gameplay, o estilo do jogo é tiro em terceira pessoa. Ou seja, você controla os personagens pelo cenário atirando nos inimigos pela frente, e isso com certeza é o ponto mais alto de todo o jogo.

O combate é bem frenético e divertido: você faz várias acrobacias e movimentos diferentes enquanto atira em vários inimigos e evita os tiros para não acabar sendo nocauteado.

Você também pode controlar qualquer membro do esquadrão, cada um com sua árvore de habilidades e movimentação, então você pode facilmente escolher aquele que melhor se encaixa no seu estilo de gameplay.

Você poderá jogar tanto sozinho quanto em coop com até mais três jogadores, cada um controlando um personagem diferente, o que pode ser bem divertido. Porém, você se diverte jogando sozinho também, assim como eu fiz, então fica a seu critério de que forma você vai querer explorar Metropólis.

Claro que com uma gameplay divertida precisamos também de uma boa movimentação, e nisso a Rocksteady trabalhou super bem, pois a forma como você se movimenta pelo cenário é tão divertida quanto o próprio combate. Você pode voar ou pular de prédio em prédio, escalar, fazer aterrisagens em cima dos inimigos e várias acrobacias pela cidade, é tudo bem divertido.

Gráficos e Performance

Outro ponto muito forte do jogo consiste nos gráficos e performance: o cenário e os personagens são bem trabalhados e as expressões faciais são ótimas. A performance funciona super bem. Eu joguei tudo em um PlayStation 5, onde o jogo roda à 2k e 60 fps sem quedas perceptíveis em quase todos os momentos. Somente em uma parte bem próxima do final que o framerate deu uma queda que chegou a travar o jogo por 1 segundo, porém, foi somente em nessa parte específica.

Jogo por temporadas?

O que não ficou bem claro nos primeiros trailers e os produtores só revelaram quando estava perto de seu lançamento, é que o jogo funciona por meio de temporadas, assim como os conhecidos jogos de serviço, como Fortnite e Destiny, com cada temporada trazendo novos personagens jogáveis, novos cenários e novos equipamentos. O problema é que isso acaba impactando em sua campanha.

Lembram que falei sobre a História acabar de uma forma bem abrupta, deixando uma grande brecha? Então, isso se dá por conta das chamadas temporadas que o jogo irá receber, e no final fica bem claro que elas darão continuidade a história e não será somente um conteúdo a mais, e sim algo obrigatório para os jogadores. A Rocksteady prometeu que essas temporadas a mais chegarão de forma gratuita ao jogo, como uma atualização.

Mas não dá para deixar de falar que a campanha do jogo funciona como um grande prólogo para o que ainda vai vir, então quem for jogar fique ciente disso.

Desrespeito com os heróis?

Quando o jogo começou a chegar nas mãos dos jogadores, muitos relataram o tremendo desrespeito que a Rocksteady teve com os heróis da Liga da Justiça e também com o próprio universo que ela criou com os jogos do Batman, o que infelizmente eu senti também conforme fui jogando.

Aqui terá fortes spoilers da campanha do jogo, então estejam avisados.

A forma como os heróis são derrotados é ridícula e joga um baita balde de água fria nos fãs da DC. Parece que a produtora simplesmente nerfou totalmente os personagens e os colocou no jogo para servirem de saco de balas.

É triste ver, por exemplo, um herói como o Batman, que teve uma grande história construída nos outros jogos, voltar depois do que aconteceu em Batman Arkham Knight, para ser morto de uma forma tão ridícula e sem dificuldade nenhuma.

A Rocksteady simplesmente pegou tudo que ela mesmo construiu, abriu um buraco, jogou dentro e encheu com terra.

Dublagem

Claro que temos que parabenizar a excelente dublagem feita aqui, uma coisa que já vinha sendo feita nos últimos jogos da Franquia Batman Arkham, com dubladores que já conhecemos das outras produções da DC. Veremos dubladores clássicos como o próprio Guilherme Briggs na voz do Superman e Alexandre Drummond na voz de Barry Allen, que já havia dublado o personagem na série de TV da CW.

A única mudança que pode ser perceptível aos jogadores é na voz do Batman, que deixou de ser dublada por Ettore Zuim, que havia dublado o personagem nos jogos da série Arkham, para trazer a voz de Duda Ribeiro, que é o dublador regular do personagem nas animações da DC.

A dublagem é um presente para todos os fãs da DC, que sempre ouviram essas vozes nas animações e em outras produções. Tudo é bem sincronizado, com as vozes encaixando perfeitamente em todos os personagens.

Vale a pena?

“Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça” é um jogo em que você vai se divertir bastante através da sua gameplay, seja jogando sozinho ou com amigos. Porém, se você estiver atrás de um jogo com uma boa história, não jogue por agora e espere uma boa promoção para poder comprá-lo, pois esse não é o objetivo do jogo, o que acaba sendo um desrespeito a todos os fãs da DC.

“Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça” está disponível para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC via Steam. Para aqueles que forem comprar no PC, mas preferem a Epic Games Store, o jogo chega no dia 5 de Março de 2024 na loja.

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