118 Dias (Rosewater) – Crítica

118 Dias é o primeiro filme de Jon Stewart, apresentador e produtor do programa diário ‘Daily Show with John Stewart’, que narra os acontecimentos (reais) da vida de Maziar Bahari (Gael Garcia Bernal), jornalista irã-canadense que é escalado para cobrir as eleições de 2009 e acaba sendo preso acusado de espionagem.
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Maziar deixa sua esposa, grávida, em Londres e vai para o Irã cobrir as eleições, incluindo a tarefa de entrevistar os representantes dos candidatos Ahmadinejad e Mousavi.
Em Terãa ele acaba se deparando com uma população desejosa por mudanças e disposta a fazer a mudança acontecer, primeiramente votando para a vitória de Mousavi.
Tudo começa a desandar quando Ahmadinejad vence as eleições e é acusado, pela oposição, de fraude eleitoral. Acusação esta que fazem de tudo para descredibilizar.
O povo vai às ruas protestar e acaba sendo reprimido com violência.
Maziar decide então publicar os videos que fizera das manifestações e acaba provocando o governo e leva à sua prisão.
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Também nas vésperas da eleição, o Daily Show enviou para o Irã dois reporteres para criar uma peça de humor ousada. Eles entrevistariam diversas pessoas no Irã, sendo que uma delas foi Maziar Bahari. Nesta entrevista ambos Maziar e Jason fingiram ser espiões americanos, montando assim uma entrevista falsa e bem humorada.
Esta entrevista fora usada pelas autoridades iranianas para acusar Maziar Bahari de espionagem e por conta disso, Jon se sentiu impelido a contar a história de Maziar no período de sua ida ao Irã para cobertura das eleições até sua libertação depois de 118 dias preso.
Gael se sai muito bem no filme, exprimindo com clareza as diversas emoções de Maziar em cada momento de alegria ou sofrimento.
Tecnicamente o filme é competente, mas nada salta aos olhos, é sóbrio e direto.
Diferentemente de muitas outras histórias reais representadas no cinema, não há em 118 Dias a necessidade de extrapolar cenas para impactar o expectador.
O tom mais realista garante a credibilidade da narrativa sem tornar o ritmo monótono ou enfadonho.
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Não conhecia a história de Maziar Bahari, assim como não conheço a de tantos outros que foram presos em países com situação política semelhante ao Irã e é para que conheçamos que 118 Dias existe.
Não espere que o filme te surpreenda, espere apenas que te acrescente visão de mundo, pois nesse quesito acerta em cheio.
118 Dias (Rosewater) estréia nos cinemas no dia 05 de março e é distribuído pela Diamond Films Brasil.
Trailer (sem legenda):
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One thought on “118 Dias (Rosewater) – Crítica

  • 04/03/2015 em 00:28
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    Que loko, nem lembrava que esse cara existia tava meio sumido ( Gael Garcia Bernal )

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