Skull & Bones | Análise

Skull & Bones nasceu com a proposta ambiciosa de recriar as famosas batalhas navais implementadas em Assassin’s Creed Black Flag.

A ideia da Ubisoft foi expandir esse conceito nos colocando, obviamente, na tão conhecida era de ouro da Pirataria, no século 17.

Tivemos a oportunidade de conferir o jogo graças a uma chave cedida pela Ubisoft Brasil e agora vamos discorrer sobre essa aventura cheia de navios, canhões e pilhagens para se conquistar.

O que é Skull & Bones!

Após iniciarmos nossa jornada, o game nos coloca imediatamente em um Naufrágio com nosso navio e, num piscar de olhos, começamos um embate contra as embarcações britânicas que estavam à espreita.

Esse momento inicial serve como um tutorial para que possamos entender os comandos básicos de combate. Tudo é bem simples e dinâmico. Irei comentar mais sobre a jogabilidade adiante.

Depois de uma intensa batalha somos destruídos pelo inimigo, mas nosso personagem sobrevive e, neste momento, nos é dada a opção de customizar o boneco para começar de vez essa aventura.

As opções de customização são bem básicas. Podemos escolher o gênero e alterar alguns atributos do rosto, como cabelo, barba, cor dos olhos e assim por diante. Nada muito complexo.

Esse é o pontapé inicial da história que, já adianto, não é o foco aqui.

Não é segredo para ninguém que a ideia de Skull & Bones é explorar o combate naval e ampliar esse conceito. Isto dito, quem busca uma narrativa cativante, profunda, esse não é o jogo certo para isso.

O objetivo do nosso personagem é se tornar uma lenda entre os piratas. Assim, o enredo se desenrola a partir disso, através de missões e contratos que concluímos ao longo de nossa aventura.

Os gráficos

No quesito gráfico Skull & Bones apresenta altos e baixos.

Durante os períodos de navegação, onde nos deparamos com ilhas e outras embarcações, o jogo salta aos olhos. Em Black Flag este era um ponto de destaque que se repete aqui.

No entanto, quando em terra firme, fora de nosso navio, e interagimos com os diferentes personagens do mundo, percebemos algumas falhas bizarras. A modelagem dos bonecos não é das melhores, remetendo aos famosos bonecos de massinha já criticados em outros jogos.

As expressões faciais não respondem tão bem as emoções e as texturas do ambientes apresentam um borrão em certos momentos.

A impressão que tenho é que o game foi construído valorizando seu aspecto mais amplo, justamente quando estamos em alto mar.

Obviamente esse não é um ponto que afete drasticamente a experiência, visto que o foco é, justamente, a navegação. No entanto, esse é mais um ponto de atenção para a Ubisoft em jogos futuros.

O Gameplay

Adotando o estilo RPG em um mundo aberto, a jogabilidade de Skull & Bones gira em torno do nosso navio.

Não demora muito para conhecermos as ilhas Saint Anne e Telok Penjarah, mais comumente conhecidas no jogo como um refúgio para os piratas.

Nestes pontos chave temos à disposição ferreiros para confeccionar armas e munições, gerenciamos nosso inventário, podemos refinar diferentes materiais que conseguimos em nossas pilhagens e mais.

A partir destas ilhas, podemos aceitar diferentes tipos de contratos que contribuem para aumentar nossa “popularidade” e conseguir novos recursos para melhorar o navio, algo extremamente importante aqui.

Embora tenhamos nosso personagem, nossa embarcação funciona como um segundo protagonista e devemos sim dar atenção a ela.

O combate contra as inúmeras frotas presentes em Skull & Bones podem ser bem complexas se não encaradas adequadamente. Reforçar a defesa e incrementar o ataque do nosso navio é crucial.

Sendo assim, é muito importante coletar recursos e visitar novamente as ilhas em prol de melhorias, facilitando nossa jornada.

Skull & Bones também nos dá a possibilidade de construir e navegar em até 10 navios distintos e cada embarcação oferece vantagens exclusivas, permitindo que você escolha o melhor para o seu estilo de jogo.

Cada navio pode ser customizado de acordo com nossas preferências, desde o design externo até os detalhes internos, garantindo que estejamos equipados para enfrentar os desafios vindouros.

Nós também temos os capitães, que desempenham um papel crucial na jornada. Temos uma boa variedade deles a nossa disposição, cada um com habilidades e especializações diferentes.

Sendo assim, personalizar nosso navio e selecionar os capitães com sabedoria pode fazer a diferença contra inimigos mais fortes.

Como já vimos em trailers, existem alguns pontos onde saímos de nosso navio, possibilitando acesso a novas missões, explorar ilhas desertas em busca de tesouros, etc.

Os ambientes explorados a pé são bem simples, servindo apenas como uma atividade a ser feita vez ou outra em prol de averiguar a existência de recursos valiosos.

Ainda sobre os embates, como mencionei anteriormente, controlar o navio é bem gostoso e fluido. É possível notar alguns aprimoramentos feitos a partir do black flag na locomoção e controle dos diferentes tipos de canhões disponíveis.

O gameplay é a cereja no bolo em Skull & Bones.

Se torne um pirata infame

Em Skull & Bones, o renome de um pirata é sua moeda mais valiosa. À medida que navegamos pelos mares, nossa reputação se torna a chave para desbloquear novos recursos e oportunidades. Cada contrato concluído adiciona uma camada à nossa reputação.

No total, temos 10 classificações possíveis de alcançar ao evoluir nosso nível de infâmia.

Acredite, este é outro ponto que auxilia bastante nos desafios vindouros, pois em cada classificação recebemos recompensas únicas como reforço para o navio, novos canhões, entre outros recursos que incrementam os atributos do mesmo.

Jogue com amigos

Se o combate é gratificante ao navegar pelos mares do oceano Índico sozinho, fazê-lo com amigos é ainda mais saboroso.

Skull & Bones nos dá a possibilidade de convidar outros jogadores para nossa “party”, com o intuito de unir forças contra os desafios mais intensos disponíveis naquele mundo.

Nesse ponto, o jogo se transforma, pois a comunicação é extremamente importante para que haja sincronização e consigamos encurralar nossos inimigos.

Por vezes, em missões em que meu navio não era capaz de fazer frente aos Compagnie Royale Francesa, chamei amigos para me ajudarem nestes embates.

As infames micro-transações

Se tem algo presente em diversos projetos de jogos atualmente, são as famigeradas micro-transações.

No entanto, em Skull & Bones, felizmente, essa prática não afeta diretamente a nossa experiência no que diz respeito ao gameplay e evolução de nosso navio.

A Ubisoft segue o padrão já adotado em games anteriores, utilizando sua loja para venda de itens cosméticos. Com isso, fica a critério do jogador optar por comprá-los ou não.

Mais um ponto positivo para a empresa nesse aspecto.

Vale a pena?

Apesar de suas falhas, Skull & Bones diverte e nos entrega momentos gratificantes, principalmente quando enfrentamos e derrotamos embarcações poderosas.

Embora a ideia seja recriar o que foi feito em Black Flag, o novo jogo da Ubisoft tem suas particularidades, pois elabora todo um sistema de RPG e reputação que incentiva o jogador a criar a embarcação mais poderosa dos sete mares.

Isso, unido à jogatina online com amigos, pode tornar essa experiência ainda melhor.

Se você gostou do que foi feito em Assassin’s Creed 4, dê uma chance para Skull & Bones, você pode se surpreender.

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