O Protetor 3 | CRÍTICA

O Meia Lua participou da cabine de imprensa do filme que marca o capítulo final de uma franquia muito conhecida e querida do público: “O Protetor 3”. Protagonizados por Denzel Washington, os filmes da saga cativam o público não apenas pela ação de suas cenas mais eletrizantes, mas também pela temática absolutamente satisfatória: afinal, nada mais prazeroso que ver um justiceiro em ação.

Sob direção de Antoine Furqua e roteiro de Richard Wenk, “O Protetor 3” traz às telas novamente o protagonista Robert McCall (Denzel Washington), que vivencia um constante dilema entre sua vocação como assassino e a tão sonhada paz. Agora vivendo na Itália, McCall segue atraído por sua sede de cumprir justiça por aqueles que se encontram vulneráveis a maldade humana, dessa vez contra uma máfia altamente perigosa e ampla, sendo comparada em dado momento a um “câncer”. Apesar de contar com a ajuda de Emma (Dakota Fanning), Robert ainda age sozinho nos momentos de “caçada”.

No terceiro filme da saga, não acredito que o público que assistiu aos dois primeiros longas terá grandes surpresas relacionadas ao enredo em si. Há na trilogia uma base que é seguida, mostrando um esquema perigoso de vilões que atingem pessoas que são notadas por Robert, causando sua comoção e levando-o a buscar justiça de forma sangrenta e chocante. Ainda assim, a franquia cativa os fãs, o que não é surpreendente quando se conhece a instigante história de Robert McCall: Denzel personifica um justiceiro que soma a frieza dos piores vilões ao senso de justiça dos mais amados mocinhos, usando técnicas e métodos improváveis para defender não apenas indivíduos que não conseguem fazer isto por si mesmos, mas também um ideal de justiça de Robert. Esse ideal se manifesta em diversas falas e ações do personagem, trazendo ao seu comportamento um teor tão rigoroso e sábio que em alguns momentos, mesmo que altamente tensos ou violentos, risos podem ser arrancados do espectador.

Ainda que com aspectos previsíveis, “O Protetor 3” traz um nível impressionante de violência em suas cenas. E essa violência não se refere apenas aos atos de vingança de Robert, mas também ao patamar elevado de perigo, frieza e destruição apresentados pelos mafiosos, o que trará ao público ainda mais satisfação e anseio por uma reação do protagonista. Tal reação acontece de forma espaçada, o que pode acarretar um ritmo lento em determinados momentos do filme, mas ainda assim há aspectos da história que “seguram” a atenção do espectador mesmo quando há pouca ação: o elenco atua de forma tão brilhante que até aqueles com pouco tempo de tela se conectam com o público, as paisagens são deslumbrantes e exploram bem a beleza da Itália, e o trabalho de Denzel como rosto da franquia está impecável. É na atuação dele que acredito estar o maior segredo do sucesso de “O Protetor”: a expressividade de Denzel cria um paralelo hipnotizante entre o bem e o mal, entre a paz e a guerra. A empatia de Robert pela vulnerabilidade alheia é justamente o que lhe desperta uma frieza sanguinária capaz de cometer o inimaginável. E tudo isso, claro, retratado através de cenas de ação brutais extremamente bem coreografadas que fazem o espectador prender a respiração por alguns instantes (essa foi a reação percebida do público em inúmeros momentos da exibição).

No decorrer dos desdobramentos do longa, o roteiro poderá lembrar muito do primeiro filme, mas posso afirmar que isso foi feito de forma assertiva, uma vez que a breve semelhança em alguns pontos trará uma certa sensação de nostalgia, e não de tédio. Portanto, posso considerar que “O Protetor 3” não decepciona em absolutamente nada. A experiência como um todo, mesmo entre suas mudanças de ritmo, faz valer a pena. “O Protetor 3” é com certeza um filme que desperta, ao encerrar da sessão, uma sensação incrível de adrenalina. É um daqueles que você não quer apenas ver de novo, mas também fazer com que outras pessoas assistam para que possam falar a respeito da trama. Se trata de um filme que foge a regra de que sequências tendem a perder qualidade: ele não perde qualidade em elenco, em enredo, em atuações, e muito menos em suas memoráveis cenas de ação e luta que elevam Denzel Washington a um patamar tão amado de personagens do gênero que alguns o comparam a John Wick. Apesar de Robert McCall trabalhar por objetivos diferentes, acredito que ele traz algo em comum com John Wick: Robert pode ser considerado o Baba Yaga de seus inimigos nos filmes, eliminando um por um sem piedade.

Se o terceiro filme da saga for, de fato, o último, já podemos dizer que “O Protetor” foi encerrado com chave de ouro.

Vocês estão ansiosos pelo capítulo final de “O Protetor”? Pretendem ir aos cinemas assistir? Gostam dos outros filmes da trilogia? Falem um pouco nos comentários para sabermos mais sobre a expectativa de vocês!

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