Need For Speed (2015) – Review

Depois de anos com diversos subtítulos para os jogos da franquia a EA decidiu simplificar um pouco e renovar a série utilizando apenas seu nome original: Need For Speed.

need_for_speed_2015_critica_01

Need For Speed é uma das mais antigas franquias de jogos de corrida, criada em 1994 para 3DO (sim, 3D0!) e versões para PC, PSX e Saturn lançadas nos anos seguintes. Neste primeiro jogo havia um foco maior em simulação de corrida, algo que evoluiria para o estilo arcade que conhecemos hoje mas ainda mantendo muitas características dos simuladores.

A franquia engatou a quinta marcha já no início do Século XXI com Hot Pursuit 2 e Underground e Underground 2, este último sendo o meu preferido da série até pouco tempo atrás.

Como estamos falando de EA, há praticamente um título da franquia sendo lançado todos os anos e isso traz uma grande variação de jogabilidade e estilo de ano pra ano, ou seja, você pode não gostar de um ou outro, mas provavelmente o seguinte te agradará.

need_for_speed_2015_critica_02

Em 2005, depois de jogar muitas horas de Underground 1 e 2, peguei Most Wanted para jogar, mas tive a decepção de meu computador não ser capaz de rodá-lo e desde então deixei a franquia de lado. Até que no início deste ano, com o lançamento do EA Access resolvi testar o Need for Speed Rivals e a série novamente ganhou espaço em minha prateleira.

Rivals trazia um mapa aberto, completamente explorável e dinâmico e contava com uma jogabilidade muito prática, interessante e o melhor: divertida.

O jogo se aproveita muito bem da Engine Frostbite 3 para deixar os efeitos da física darem peso e luz ao ambiente e aos veículos e dar uma qualidade gráfica muito boa.

Grande parte da diversão de Rivals está na disputa ferrenha entre policiais e corredores de rua, principalmente por podermos utilizar de diversos aparatos para se defender e atacar. A destruição dos carros, que tanto agrada em jogos como Destruction Derby e Twisted Metal, também tem grande papel no jogo e essa mistura é feita na medida certa.

need_for_speed_2015_critica_04

Estão tratando este novo Need For Speed como um reboot, mas não consigo ver desta forma. Para mim é mais um jogo da franquia, que aproveita algumas características dos anteriores enquanto descarta outras, tentando fazer uma boa mistura entre desafio e diversão e também incluindo uma estória de fundo para tentar motivar o jogador.

Uma coisa é certa: a EA e a Ghost (estúdio que o desenvolveu) fizeram um excelente trabalho.

A primeira coisa notável é a qualidade visual do jogo, tudo parece tão real que ao transicionar das cenas filmadas com atores para as cenas de jogo fica muito difícil notar a diferença. As texturas e efeitos de luz são muito bem trabalhados e detalhados e, como tudo tem bastante brilho e cor, a sensação ao jogar é incrível.

need_for_speed_2015_critica_08

Neste jogo você é um novato dentre os corredores de rua da cidade de Ventura Bay e que ao vencer o membro de um grupo em um racha acaba sendo convidado a integrá-lo. Com isso você passará a ter que ajudá-los e convencê-los de que pertence ao grupo.

Primeira coisa que faz é adquirir um carro e ao participar das diversas corridas e missões do jogo vai acumulando dinheiro para modificá-lo ou comprar novos carros e aumentar sua coleção. Ou seja, como qualquer Need For Speed antes desse.

O que muda realmente é como você escolhe as peças e configura seu carro para atingir o resultado desejado. Foram acrescentados diversos estilos de peças que lhe darão resultados mais adequados a drift, velocidade, resistência etc. e agora você pode até mesmo calibrar os pneus com a pressão específica para cada prova. E o que cada modificação afeta na dirigibilidade do carro está bastante clara, sendo simples escolher a melhor opção para seu estilo de jogo.

need_for_speed_2015_critica_09

A física do jogo está muito boa e cada acelerada, freada ou batida causa efeitos visíveis no ambiente e no próprio carro.

Uma modificação do Rivals para este foi a remoção da barra de “vida” do carro, o que implica em menor efeito das batidas na dirigibilidade, permitindo continuar jogando por mais tempo e conseguindo terminar as provas mesmo com o carro destruído.

Se por um lado isso simplifica e deixa o jogo mais dinâmico, por outro considero que perdeu um pouco da graça e da adrenalina de ter que chegar ao próximo check point e restaurar o carro antes que a polícia te pegasse.

Essa mudança também implicou na retirada dos dispositivos de defesa e ataque, que em Rivals permitia destruir os carros dos policiais e escapar de suas perseguições de forma mais rápida. Algo que me fará jogar Rivals muitas vezes ainda.

need_for_speed_2015_critica_07

Há também o componente online, utilizando o novo sistema AllDrive você poderá convidar seus amigos ou desconhecidos e montar equipes de até oito participantes para disputar corridas ou missões, tudo isso suportado por servidores dedicados.

O sistema de celular que permite a comunicação com seu grupo e verificar as missões é bastante simples e intuitivo.

Este novo Need For Speed é um bom jogo de corrida que aproveita o que a excelente engine Frostbite oferece e melhora o mundo e os carros, diverte muito e traz diversas possibilidades para o multiplayer. Está disponível para PC, Xbox One e PlayStation 4.

Trailer: