Besouro Azul | CRÍTICA

Hoje participamos da cabine de imprensa de um filme muito aguardado pelo público nos últimos dias: “Besouro Azul”. Criou-se nas mídias sociais uma intensa expectativa para o lançamento, o que já é comum quando se trata de produções da DC. Mas tal expectativa, aqui no Brasil, foi ainda maior pela atuação da atriz brasileira Bruna Marquezine, muito querida pelo público por seu trabalho como atriz desde a infância. Então, hoje o Meia Lua traz um pouco das primeiras impressões sobre a obra: “Besouro Azul” realmente vale o hype?

“Besouro Azul”, longa baseado nos quadrinhos da DC dirigido por Angel Manuel Soto, retrata a história de Jaime Reyes (Xolo Maridueña), um jovem recém formado que retorna para sua cidade com boas expectativas mas se depara com duras notícias de sua família. Em sua busca por ajudar financeiramente, ele acaba conhecendo Jenny Kord (Bruna Marquezine), uma jovem herdeira das empresas Kord que busca cessar os planos de sua tia Victoria Kord (Susan Sarandon), que no auge de sua ambição busca usar uma relíquia alienígena conhecida como “escaravelho” para criar um exército de criaturas poderosas. Jenny confia o escaravelho a Jaime, que ao fazer contato com a peça dá início a um acontecimento inesperado, se tornando o super herói Besouro Azul. Juntos, Jaime e Jenny terão que enfrentar o inesperado para salvar suas vidas.

Quando se trata de filmes de super heróis, o grande problema das produções atuais tem sido a dificuldade em se criar algo novo, algo que surpreenda o espectador. E infelizmente, já posso adiantar que Besouro Azul cai nessa mesma rede. Posso afirmar que do início ao fim, nada do que se vê no longa traz grandes surpresas, não há elementos que não tenham sido vistos antes por aí em outros filmes do gênero.  Para alguns, tal fator pode não incomodar, mas creio que a sensação de mesmice torna o filme previsível e entediante, o que afeta consideravelmente a experiência. É evidente que uma fórmula específica toma conta das sagas heroicas, mas em “Besouro Azul” pouquíssimos fatores demonstram preocupação por parte dos criadores em desviar dessa fórmula e trazer algo inovador, e daí vemos mais do mesmo: um herói por acaso busca defender o mundo contra um vilão perigoso com objetivos de dominação mundial.

Outro aspecto que pode gerar insatisfação no longa é o descompromisso com a lógica. Não há como exigir que um filme que engloba conteúdo absolutamente fictício exiba cenas condizentes com a realidade, mas deve haver uma lógica entre os acontecimentos que tragam sentido ao que acontece na trama. Porém, o filme em muitos momentos se desdobra de forma que acontecimentos desconexos e sem explicação são inseridos apenas para que o roteiro se cumpra de forma satisfatória.  

Sobre o desempenho do elenco escolhido, é inegável a qualidade de atuação de absolutamente todos. Bruna Marquezine faz valer seu primeiro filme internacional com uma atuação consistente que mostra que ela e sua personagem tem muito em comum, principalmente por sua determinação. Xolo Maridueña, por sua vez, brilha em todas as faces de seu personagem ao longo do filme. Aqui, não encontramos atuações engessadas ou irregulares, o que agrega positivamente e cria uma melhor conexão com o público. A família de Jaime, mesmo que excessivamente caricata e estereotipada, traz um pouco de diversão para a trama, além de uma bela lição sobre amor e união.

Outro aspecto que merece todo o destaque é a parte técnica de imagens e som. Os efeitos produzidos para dar vida aos poderes de Jamie enquanto Besouro Azul são espetaculares, os cenários extremamente bem feitos e dimensionados, e a caracterização impecável. Efeitos visuais e sonoros de qualidade são extremamente importantes em cenas de ação, e acredito que é sob essa perspectiva que parte do público irá gostar do filme.

Concluindo, apesar de o filme não ter atingido minhas expectativas, não posso dizer que não recomendo o mesmo. Ele não apresenta uma história surpreendente em qualquer aspecto, mas provavelmente não irá decepcionar o público geral. Para os fãs da DC ou do gênero em geral, vale a pena assistir ao filme, que diverte e traz referências satisfatórias. Não espere muito em termos de enredo, mas aproveite o show que “Besouro Azul” apresenta visualmente, enquanto arranca algumas risadas do público.

E aí, pretendem ir ao cinema assistir a “Besouro Azul”? Qual sua expectativa para o filme?

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One thought on “Besouro Azul | CRÍTICA

  • 18/08/2023 em 08:37
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    Adorei ansiosa já pra ver o filme !

Fechado para comentários.