Barbie | CRÍTICA

Tido como o filme mais esperado do ano, “Barbie” estreia amanhã, dia 20/07 nos cinemas brasileiros. Mas o Meia Lua foi convidado para a cabine de imprensa do filme que aconteceu com um dia de antecedência, e vim contar para vocês a minha percepção sobre o longa tão aguardado pelo público.

Desde o anúncio do live action inspirado na boneca mais famosa do mundo, viu-se uma ascensão estrondosa no marketing dedicado ao filme e, consequentemente, no hype para o lançamento. O que antes poderia parecer para alguns uma ideia confusa com chances escassas de dar certo, acabou se tornando extremamente viral antes mesmo de seu lançamento, ao ponto de gerar uma gama imensa e diversificada de produtos levando a marca “Barbie”. Mas a dúvida que pairou durante era: como o que sabemos sobre a histórica boneca se desdobrará num enredo adequado para os dias atuais?

Em “Barbie”, conhecemos a fabulosa “Barbieland”, onde Barbies de todas as formas e ocupações vivem juntas com o único propósito de se divertir, se embelezar e manter tudo perfeito. Mas quando uma dessas Barbies, protagonizada por Margot Robbie, percebe mínimos sinais de imperfeição, ela precisa ir ao mundo real na companhia de seu namorado Ken para buscar respostas sobre o gerou tais “problemas”. Porém, o que ela e Ken encontram vai muito além do esperado, o que causa uma reviravolta na Barbieland.

É necessário exaltar, antes de mais nada, a escolha de Margot Robbie e Ryan Gosling para protagonizar a trama. Margot desempenha com perfeição o papel que ela representa: a “Barbie” de aparência e personalidade estereotipadas. Trazendo feições, sorriso e postura quase que “engessadas” em tamanha perfeição, ela é a personificação ideal das primeiras Barbies criadas. Já Ryan, que interpreta um dentre os vários Kens que veremos no filme (e que foi duramente criticado pelo público por sua aparência), transparece a identidade e aparência caricatas de Ken enquanto dá um show de atuação e dança. Além dos protagonistas, Simu Liu (um dos vários Kens), Michael Cera (Alan, o melhor amigo entediado e pouco lembrado de Ken) e Will Ferrell (CEO da Mattel) estão divertidíssimos. Menção especial a Issa Rae, que vive no filme a Barbie Presidente de forma tão sublime que nos faz querer ver mais sobre a personagem.

Ainda que simples, a história expressa acontecimentos muito apropriados para a atualidade. Basicamente, vemos o contraponto existente entre o que motivou a criação da célebre boneca e o papel que ela desempenha na sociedade atual. É justo reconhecer a legitimidade no objetivo de invenção das Barbies, que representam as diversas facetas que podem haver no universo feminino, e nesse aspecto podemos sim destacar o quanto os desenvolvedores do live action se preocuparam em mostrar a Barbieland como um mundo totalmente diversificado. Ainda assim, no mundo real, Barbie se depara com uma realidade na qual, apesar das boas intenções, sua perfeição é vista como fator problemático, uma vez que representa um padrão inalcançável. E é através de todas as farpas atiradas ao modelo perfeito reproduzido por Ken e Barbie que o filme apresenta sua característica chave: o humor. “Barbie” está repleto de ironias, exageros e situações absurdas que fazem dele uma obra absolutamente divertida. E esse humor é usado como condutor para que a crítica contida no enredo seja expressada de forme leve.

A trilha sonora em “Barbie” é excepcional, trazendo não apenas criações feitas para o próprio filme, mas também clássicos que aprimoram a experiência do público. Contudo, o mais impressionante está no conteúdo visual: mesmo com uma prévia vista através do material de divulgação, posso dizer que a obra final está ainda mais bela. Além de cenários grandiosos e multicoloridos, vemos uma representação cheia de referências do que se espera do universo Barbie. As roupas, ambientes e até mesmo o carro da Barbie seguem fidedignamente a modelagem já conhecida dos brinquedos, o que traz a tão satisfatória nostalgia que os fãs esperam.

“Barbie” com certeza faz valer toda a expectativa que foi criada. O roteiro é brilhante, os atores mostram uma desenvoltura incrível para a proposta do filme e o visual impressiona desde a primeira cena. É leve e divertido, mas ainda assim entrega uma crítica pertinente. Um filme que envolve uma personagem tão querida na infância de tantos não poderia brincar com a qualidade, e considero que a experiência foi absolutamente satisfatória. Se você criou expectativas sobre “Barbie” nos últimos meses, mas tem receio de se decepcionar, fique tranquilo: a diversão e nostalgia estão garantidos, tudo isso envolto numa busca emocionante de Barbie e Ken por suas identidades e muitas referências encantadoras.

Queremos muito saber qual a expectativa de vocês para o filme, fiquem a vontade para contar aqui nos comentários!

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2 thoughts on “Barbie | CRÍTICA

  • 19/07/2023 em 21:15
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    Como sempre mais uma critica rica em detalhes sem dar spoilers. Parabéns Patrícia, que redação impecável. Já estava ansioso e querendo ir assistir ao filme, agora me fez ter certeza que preciso vê-lo no cinema.

  • 19/07/2023 em 22:33
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    Adorei 🥰

Fechado para comentários.