Análise | Mages of Mystralia (Nintendo Switch)

Apesar de ter sido lançado em 2017 para Win/PS4/XBox pela Borealys Games, Mages of Mystralia só chegou ao Nintendo Switch agora em 29 de janeiro de 2019.

O enredo é bem simples, mas com cara de contos de fadas, então me chamou a atenção. Segue nessa linha:

Antigamente havia muitos magos e eles eram vistos como a nata da sociedade, até que eu um rei mago e louco se descontrolou e destruiu tudo.

Por conta disso, os magos foram sendo caçados e exterminados até atingirem basicamente a extinção total.

Entretanto, de tempos em tempos, algum novo mago nascia e descobria seus poderes abruptamente. Se tivesse sorte, era encontrado antes por uma confraria secreta de magos e tutelado para proteger o mundo das coisas forças malignas.

Em Mages of Mystralia, nós jogamos com Zia, uma jovem que descobre seus poderes acidentalmente ateando fogo em sua própria casa.

É bem simplório esse plot, mas não foi isso que me deu vontade de jogar. O que me animou, quando vi os vídeos, foi o visual isométrico e o quanto ele bebia da série Zelda, uma das minhas franquias favoritas.

Estava animado com Mages of Mystralia, mas acabei me frustrando…

Mecanicamente havia muito potencial! Além das magias básicas, você vai coletando runas que modificam seus encantos e fazem com que uma pequena chama se transforme numa explosão destruidora de rochas ou numa bola de fogo arremessada para atingir objetos distantes.

Algo com o qual eu realmente me divertia eram os puzzles usados para abrir fechaduras mágicas. Era necessária a troca de esferas com setas em locais específicos para que apontassem umas para as outras. No começo eram simples, com o desafio aumentando gradativamente e consquentemente crescia minha satisfação com eles.

Falando em puzzles, não posso deixar de mencionar como toda luta com chefões são grandes desafios intelectuais mesclados com desafios de habilidade (algo bem similar ao supracitado Zelda). Cada um era um desafio único, mas ao descobrir o padrão de ataques e o que fazer, algo que poderia demorar já que existem diversas variações e combinações de runas, a batalha era vencida sem grandes problemas.

Os incômodos detalhes

 

Poxa, mas com tudo isso, por que eu disse no início que me frustrei com o game? A resposta é bem simples e bem condizente com o ditado “O Diabo mora nos DETALHES”…

Algumas pequenas coisas que me incomodavam, e que relevei no início, foram acumulando até o ponto de eu desistir de acabar o game.

A estória passa numa boa, sabia que seria simples, mas por uma questão de tamanho, sempre que havia diálogos eu ficava cansado. A fonte criada foi pensada para o jogo ser apreciado numa TV ou monitor, mas como eu jogo no modo portátil do Switch a fonte das letras ficava minúscula. Eu tinha que chegar a tela perto do meu nariz(que não é pequeno, diga-se de passagem) para conseguir ler.

Sendo um jogo isométrico, esse problema de escala aparece também em outros dois momentos: primeiro durante a jogatina mesmo, que tudo parecia ser visto de muuuito longe e segundo, durante as cutscenes, davam enormes closes nos personagens, mostrando sua borda toda serrilhada. Decepcionante.

Outro incomodo foi Mages of Mystralia, sendo um jogo indie e relativamente simples de gráficos, ter loadings mega lentos. Combinado com o mapa terrível que criaram, eu constantemente errava o caminho e tinha que voltar, trocando de tela e ficando mais tempo parado que efetivamente jogando durante essas travessias do mundo. Alguns pontos do mapa tinham waypoints, mas eu até evitava de usar, que o tempo de carregamento com eles era ainda maior.

Por fim, o último ponto que me frustrou foi o ritmo. Entendo querer buscar uma calma maior de fazer as coisas para não virar um bullet-hell, mas como eu desejei colocar um par de pilhas Duracel naquela maguinha! Torrava constantemente minha mana toda com encantos de dash e deslocamento, só para não ter que efetivamente andar até os lugares no ritmo padrão dela.

Com tudo isso, infelizmente não tenho muito gás para jogar Mages of Mystralia novamente, mas se meus pontos de crítica parecem bobagem para você, recomendo que de uma chance para esse jogo. Quem sabe não te surpreeende?

Ah sim, não falei antes, mas a música é bem agradável e não é cansativa. Então fica aí mais um ponto positivo a ser considerado.

Deixo um abraço mágico para vocês e também o trailer do game abaixo!