O Meia Lua participou na última terça-feira (16/05) da pré estreia do décimo filme de uma das franquias de ação mais aclamadas e aguardadas pelo público: “Velozes e Furiosos 10”. Nesta Décima produção, vemos a vida de Dominic Toretto (Vin Diesel) e de sua família correr risco quando Dante (Jason Momoa), sedento por vingança, busca através de armadilhas inimagináveis destruir Dom e tudo o que ele ama.
Este é um fator que não costumo mencionar nas análises, mas aqui vale ressaltar: já ao chegar para a recepção, nos deparamos com uma grande fila de um público aparentemente muito animado. Isso diz muito sobre “Velozes e Furiosos”: mesmo após a produção de outros nove filmes, a franquia ainda desperta boas expectativas e atrai o público com êxito em lançamentos. Inclusive, a considerar o desenrolar dos últimos acontecimentos de “Velozes e Furiosos 10”, já estou na expectativa para o próximo longa, e acredito que muitos irão encerrar a sessão com essa mesma sensação. E não se trata apenas de conclusões pendentes, mas também de uma cena pós créditos entusiasmante.
ELENCO E ATUAÇÃO
Mais uma vez, temos Vin Diesel tomando o protagonismo no papel de Dominic Toretto. E posso afirmar com clareza, Vin parece ter sido feito para o papel desde sua primeira aparição na franquia. Sua expressividade e postura representam com sucesso a imagem de um fora da lei determinado, destemido e forte.
Ainda assim, um novo personagem introduzido no décimo filme de Velozes pode roubar a cena por uma interpretação um tanto peculiar. Jason Momoa dá vida a Dante, um psicótico e sádico vilão que busca vingança contra Dominic Toretto pelos acontecimentos que trouxeram não apenas prejuízos, mas a perda do pai de Dante. Jason representa com maestria a insanidade de seu personagem, tornando-o odioso na mesma proporção em que é divertido.
Letty (Michelle Rodriguez) e Cipher (Charlize Theron) acrescentam uma dose satisfatória de ação, reviravoltas e, por que não, humor. E por falar em ação, devo citar positivamente a atuação de John Cena como Jacob Toretto. John reflete um tom heroico, forte e bem humorado que com certeza irá cativar o público, além de trazer um personagem que agrega conteúdo aos acontecimentos.
EFEITOS VISUAIS E SONOROS
Como já esperado, “Velozes e Furiosos 10” está abarrotado de cenas exageradas, cenários grandiosos e cenas de ação eletrizantes que extrapolam o absurdo. E em alguns momentos senti que a capacidade dos efeitos visuais simplesmente não acompanhou tal nível de exagero, como se em algumas cenas não houvesse um encaixe visual que proporcionasse fluidez nos movimentos dos carros e de alguns personagens em cenas de ação. Isso traz a sensação de desleixo em algumas cenas, mas não é predominante no longa, que conta com tomadas de tirar o fôlego, riqueza de detalhes e grandiosidade nos cenários, e claro, carros impressionantes.
Algo positivo a ser ressaltado é a forma como o filme literalmente viaja por vários países e se preocupa em retratar fidedignamente a beleza de cada um deles. Percorrer, mesmo que rapidamente, um pouco do espaço, da música e características de diversos locais enriquece a produção de forma considerável, e torna a exibição mais agradável ao público.
Musicalmente, a produção é impecável. Seja na trilha sonora ou nos efeitos de áudio das corridas e explosões, a parte sonora aprimora grandiosamente a experiência de imersão do espectador.
ENREDO/DESENVOLVIMENTO
A forma como a trama se desenrola faz com que o espectador não veja o tempo passar. Em momento algum a história cai no tédio ou no previsível. Apesar de já sabermos de possíveis (e prováveis) escapadas milagrosas e de o décimo filme trazer uma abordagem não muito diferente dos outros filmes, o desenrolar dos acontecimentos será visto com atenção e deleite pelo público fã de ação, uma vez que o ritmo não baixa entre as cenas e a trama apresenta uma história que evolui muito bem.
O desenvolvimento do enredo é uma fórmula clássica para agradar: muita ação e agilidade, entrada de personagens que cativam e fazem a diferença na trama, e um conteúdo de fácil interpretação. Se pudesse acrescentar algo, certamente seria um pouco mais de nostalgia, tendo em vista que o décimo filme da franquia pode representar “o começo do fim”, sendo o ponto de partida para o encerramento da saga.
No final, muitas pontas ficam soltas para uma sequência.
É impressionante como mesmo após dez filmes, Velozes e Furiosos consiga atrair o público, gerar expectativas e emoção, e acima de tudo, contar uma história. Provavelmente, muitas franquias de sucesso cairiam na mesmice e na embromação após tantas produções, mas isso não acontece aqui. O filme permanece eletrizante, e a franquia é vitoriosa não apenas por seus números brilhantes no cinema, mas também pela superação de inúmeros obstáculos ao longo dos anos.
Nossa recomendação não poderia deixar de ser positiva: acredito que quem for ao cinema sairá da sessão com aquela vontade agradável de falar sobre o filme, comentar sobre as cenas e personagens, além da ansiedade para a próxima produção!
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