Tivemos Acesso Antecipado a The Elder Scrolls Online: Greymoor

Na semana passada, o Meia Lua teve a oportunidade de jogar antecipadamente Greymoor, o próximo capítulo de The Elder Scrolls Online, e essas foram as nossas impressões da expansão.

Tenha em mente que o jogo ainda está em desenvolvimento, então os gráficos apresentados não estão em sua versão final.

Começando do começo

Uma das características das expansões maiores de The Elder Scrolls Online – que recebe o nome de “capítulo” por ser uma grande adição em questão de conteúdo comparado com as outras DLCs – é a possibilidade dos novos jogadores poderem começar logo pelo capítulo mais recente dado como o jogo é balanceado, enquanto outros MMOs requerem que os jogadores tenham alguns anos de jogo, ou que os personagens estejam em um certo nível ou tenham certos equipamentos. Por conta disso, cada novo capítulo de ESO tem uma “introdução” nova – que como o próprio nome diz – é uma quest de introdução do jogador à storyline do capítulo e ao jogo em si, mostrando algumas das mecânicas básicas, como combate e habilidades.

Nessa nova introdução, o jogador se encontra na prisão de uma ruína nórdica com Fennorian – que está preso na mesma cela que você, mas em um sarcófago – apresenta um pouco de contexto para como seu personagem foi acabar ali. Isso já mostra um diferencial de Greymoor em relação a Elsweyr: a conexão entre as fases da história anual que as DLCs lançadas prometem.

No ano passado, Temporada do Dragão apresentou ligações indiretas com o tema entre as DLCs – com exceção de Elsweyr com Dragonhold -, havia muito pouco que realmente conectasse as quests presentes nas DLCs de dungeons Wrathstone e Scalebreaker com a história contada em Elsweyr  e Dragonhold, possuindo apenas o suficiente para entendermos que realmente tudo está conectado de alguma forma. Essas conexões estão mais concretas com Coração Sombrio de Skyrim, dado que já conhecemos Fennorian em Unhallowed Grave, e a ruína em que o jogador se encontra está habitada pelo coven de Icereach, as duas dungeons pertencentes ao primeiro conteúdo lançado para a história: Harrowstorm.

Com essas duas conexões muito bem estabelecidas, o jogador consegue escapar inteiro, e Fennorian te direciona para Solitude a fim de avisar o rei Svargrim da presença do coven em Skyrim Ocidental e do perigo que ele apresenta ao reino.

Vou dizer que a quest prólogo foi praticamente uma viagem nostálgica à primeira quest de The Elder Scrolls V: Skyrim, quando o jogador precisa escapar do ataque de Alduin em Helgen, ao mesmo tempo que evita a Legião Imperial/Stormcloaks.

Explorando Skyrim Ocidental

Antes de falar sobre a ambientação de Greymoor, vamos relembrar alguns pontos sobre a lore de The Elder Scrolls Online:

  • Estamos mais ou menos em 2E 582, e a história de The Elder Scrolls V: Skyrim começa em 4E 201, então temos mais ou menos 1000 anos de diferença entre os dois jogos;
  • Nesse período, o reino de Skyrim está dividido em dois: Skyrim Ocidental e Skyrim Oriental.
    • Skyrim Oriental é composta pelas regiões The Rift, Eastmarch, The Pale, e Winterhold, e possui o rei Jorunn Skald-King (que traduz para algo como “Rei-Bardo”) como soberano. Esse é o reino que se juntou ao Ebonheart Pact (Pacto de Ebonheart). Por enquanto, as regiões de The Rift e Eastmarch estão disponíveis em ESO.
    • Skyrim Ocidental é composta pelas regiões Falkreath, Whiterun, Hjaalmarch e Haafingar, e possui o rei Svargrim como soberano.
    • Nessa época, a região The Reach não faz parte de Skyrim por estar dominada por Reachmen.

Agora que estamos reestabelecidos na lore, vamos voltar à ambientação.

Imediatamente há uma sensação de nostalgia ao estar no mapa de Skyrim Ocidental, principalmente por conta da música ser muito parecida com a de The Elder Scolls V.

Pelo caminho que eu segui, cheguei logo em Dragon Bridge, que é muito fácil de notar por conta da marcante ponte de pedra com um crânio de dragão no seu arco – que dá o nome da cidade –, porém, como é de se esperar é bem diferente do que vemos em TESV, mesmo assim está reconhecível.

O caminho para Solitude é igualmente nostálgico, conseguimos ver a cidade à distância e me fez relembrar a primeira vez que fui à cidade anos atrás quando eu estava jogando TESV.

Diferente do que acontece com Riften e Windhelm, Solitude é praticamente a mesma da apresentada em TESV. Não quer dizer que Riften e Windhelm são completamente diferentes em ESO, mas é visível as duas cidades foram modeladas a fim de mostrar a diferença entre as duas eras e que estão em tempos de guerra, por isso sua administração está completamente diferente. Por outro lado, Solitude parece ter sido modelada completamente para dar essa sensação de nostalgia aos jogadores, claro, há diferenças, mas onde deveria haver lojas há lojas, e onde deveria haver uma taberna há uma taberna.

O Palácio Azul (Blue Palace) continua visualizando a cidade em toda a sua glória

Explorando além de Solitude, viajar por Skyrim Ocidental foi praticamente com memória muscular, quase não precisando abrir o mapa para saber para onde eu estava indo, foi algo estranho e agradável. O cenário é igualmente nostálgico para mim por ser uma grande fã de TESV, e ao mesmo tempo muito gratificante como uma nerd da lore da franquia The Elder Scrolls, pois alguns marcos históricos de Skyrim estão lá, o que ajuda a lembrar o quão antiga a região é.

O mapa da superfície de Greymoor é comporto de duas das regiões que compõe Skyrim Ocidental – Haafingar (Solitude) e Hjaalmarch (Mortal) -, então temos mais ou menos 3 biomas para explorar: Tundras, pântanos e montanhas. A transição entre os 3 é muito bem-feita.

Dragonbridge e Solitude ao fundo

A História

Procurei não fazer muito da main quest porque eu quero ser surpreendida quando a expansão sair oficialmente, por isso me limitei a fazer apenas a primeira quest a fim de me situar bem.

A primeira quest se inicia com o jogador encontrando o parceiro da Lyris Titanborn no exterior de Solitude, e logo recebemos uma recepção “calorosa” de um dos guardas. Nesse momento, fica estabelecido que os cidadãos do ocidente de Skyrim são muito menos receptivos do que os do oriente, principalmente em Haafingar, justificado por conta dos diversos confrontos da região com os Reachmen e a situação política de Tamriel. Mesmo se você estiver jogando como um nórdico, a recepção não será melhor visto a inimizade entre as duas regiões – lembrando que o nórdico que você cria na criação de personagens é natural do oriente de Skyrim –  e os nórdicos do ocidente sabem diferenciar bem.

A primeira quest se trata de você unindo forças com Lyris para conseguir uma audiência com o rei Svagrim a fim de avisá-lo de um grande perigo que ameaça tanto Skyrim Ocidental como a Skyrim Oriental a pedido do rei Jorunn. Infelizmente, Svagrim não confia em Jorunn o suficiente para permitir que Lyris Titanborn, a Filha dos Gigantes, conhecida por suas habilidades de combate tenha uma audiência com ele, então vocês precisam encontrar uma prova concreta da boa-fé e da necessidade desse encontro.

Finalmente começamos a investigar as Harrowstorms – que traduzem mais ou menos para “Tempestades de Angústia” – que conhecemos em Icereach, e percebemos seus efeitos: os afetados pela tempestade ou morrem, ficam catatônicos, ou se tornam harrowfiends  – semelhante aos bloodfiends, que são uma espécie de vampiros ferais. É difícil ignorar o problema, visto que vemos uma Harrowstorm acontecendo à distância a todo momento.

Explorando Blackreach

Um dos chamativos do trailer de Greymoor foi a chance de voltarmos à Blackreach, uma área do mapa que, dependendo do jogador, causa pânico ou animação. Blackreach é uma área essencial da main quest de The Elder Scrolls V: Skyrim, pois é nela que encontramos o Elder Scroll necessário para aprendermos como enfrentar Alduin, se tratando de uma grande área cavernosa no subterrâneo de Skyrim. Particularmente, eu procurei passar o menor tempo possível dentro de Blackreach quando joguei TESV, dado que eu considerava o mapa muito escuro e confuso, o que impediu que eu me divertisse nessa parte do jogo.

Pelo que explorei de Blackreach, o que costumava fazer essa área ser difícil de aproveitar para mim foi modificado a fim de não deixar ela tão maçante de se aventurar.

Como se trata de uma região subterrânea, o bioma presente em Blackreach é completamente diferente do que vimos até agora, o que faz sentido visto que toda a fauna e flora do lugar não tem contato algum com a luz do sol ou exposto a fatores de clima.

Biomas de Blackreach
Temos também o retorno dos Falmer, inimigos bem conhecidos de TESV, além de vermos outros animais, como ursos e lobos que vivem no subterrâneo.

Encontramos também o castelo de Greymoor – que dá o nome ao capítulo – na região central das cavernas. O castelo é o lar de uma Lady vampira muito poderosa e influente, porém recentemente atividades estranhas – até mesmo para vampiros – começaram a ocorrer no castelo. A atividade foi incomum o suficiente para chamar a atenção dos integrantes do Castelo Ravenwatch – que conhecemos na história da região de Rivenspire no jogo base -, então já é um sinal que algo muito errado está acontecendo.

Castelo Greymoor

Outra parte legal que adicionaram em Blackreach foi a presença de NPCs que não são inimigos ou vampiros na área. Vemos que há humanos desbravando a região por aventura ou por interesse econômico, o que produz algumas quests bem interessantes.

Dusktown, uma cidade mineradora dentro de Blackreach

Blackreack compõe cerca de 40% da área de Greymoor, então será interessante ver como o jogador irá interagir com a região e o que será explorado nela durante a main quest.

Sistema de Antiguidades

Por fim, temos uma breve visão do sistema de Antiguidades, uma nova guilda e caçada a tesouros que será introduzido em Greymoor.

Para começar a usar o sistema de busca de Antiguidades, é necessário ir até o Antiquary Circle – que se pode traduzir como “Círculo dos Antiquários/Arqueólogos” – em Solitude. Dá para encontrar a localização da organização através dos panfletos espalhados por Solitude. Chegando à sede, você irá aprender que o Círculo dos Antiquários é uma organização formada por arqueólogos e estudiosos com o objetivo de encontrar e catalogar relíquias de todas as áreas de Tamriel, porém você pode fazer o que quiser com a relíquia que você encontrar – usar, vender, etc. – desde que você catalogue suas descobertas.

Ao conversar com as pessoas no comando, você será dado o Scrying Eye, ferramenta que permite que você encontre as localizações das antiguidades, mas para a ferramenta funcionar é necessário que você encontre pistas sobre seus paradeiros. Essas pistas podem ser encontradas em qualquer lugar – baús, bibliotecas, no loot de inimigos… -, em qualquer região, então melhor vasculhar tudo nos mapas.

As antiguidades variam de móveis, a estilos de armaduras e armas, equipamentos, montarias, e os novos itens míticos, que são itens extremamente poderosos que só podem ser equipados um por vez. Uma vez que você encontra as pistas para encontrar certas antiguidades, resta usar o Scrying Eye e suas habilidades de escavação para encontrar os itens!

Assim que você conseguir pistas suficientes das antiguidades, a opção de examinar elas usando o Scrying Eye irá aparecer, então você será capaz de fazer o minijogo para encontrar sua localização. Dependendo da raridade e qualidade do item, o minijogo será mais desafiador e complicado. Dependendo o quão bem você vai no minijogo, menos áreas são reveladas no mapa. Você pode tentar examinar a pista novamente ou vasculhar todas as áreas.

Minijogo de Scrying. O objetivo é juntar os blocos iguais e abrir caminho por eles. Quanto maior a qualidade do item, mais difícil é o minijogo

Quando encontrar o local da antiguidade, hora do minijogo de escavação! O jogo é relativamente mais simples que o de examinação, mas é necessário ficar de olho nas barras enquanto você escava, e tome cuidado para usar as ferramentas certas.

Minijogo de escavação. Tem que ficar de olho nas barras e usar as ferramentas certas

Explore o Coração Sombrio de Skyrim

The Elder Scrolls Online: Greymoor chega no dia 18 de maio para PC e no dia 2 de junho para os consoles. A pré-compra do capítulo está já disponível, porém dependendo da versão que você adquirir, poderá começar a jogar os conteúdos anteriores do jogo agora. Veja as versões disponíveis da expansão e escolha a melhor para você. Lembrando que os assinantes da ESO Plus recebem a expansão sem adição de custo na sua conta assim que ela estiver disponível na sua plataforma de jogo.

Para quem já está no mundo de The Elder Scrolls Online, a quest prólogo de Greymoor já está disponível. Para realiza-la, basta visitar a Crown Store e adquirir a quest “Prologue Quest: The Coven Conspiracy” na aba Quest Starters gratuitamente. Ao completar a quest, você irá adquirir o memento Correntes da Bruxa do Gelo (Chains of the Ice Witch) e a página de estilo Windhelm Scale Tunic.

Memento e armadura adquiridos ao fim da quest prólogo

The Elder Scrolls Online está disponível para PC, Mac, PlayStation 4 e Xbox One.

Comece a se preparar agora para Greymoor!

Laura Giordani

Historiadora e estudiosa de imagens e mídias viciada em jogos, filmes, HQs, livros, podcasts, RPG, animes e séries. Quando não está tentando desvendar os mistérios da História e sua relação com as novas mídias, ou tentando navegar pelo seu quarto debaixo de pilhas gigantes de livros, pode ser encontrada em um canto meio iluminado jogando algum título da série Final Fantasy, Diablo, Elder Scrolls ou Pokemon. Sua preferência literária é vasta, porém há preferência pelos temas de fantasia, ficção científica, cyberpunk e terror. Suas mais notáveis habilidades são: ingerir dezenas de litros de cafeína sem ter um ataque cardíaco e tagarelar por horas sobre nerdices sem parar.