Resident Evil 8: Expansão Winters traz uma nova campanha envolvente e modos nostálgicos | Análise

Resident Evil 8, ou Village, chegou com tudo em Maio de 2021, trazendo novamente a saga da família Winters aos games da série principal, assim como um desfecho para esta história, que trouxe muitas reviravoltas e momentos de tirar o fôlego.

Pouco tempo depois, a Capcom anunciou que Village receberia um DLC e depois de um longo tempo sem novidades, eis que anunciam o Winters Expansion. 

Este novo pacote traz consigo uma nova campanha focada na filha de Ethan, Rose Winters, 16 anos após o final do jogo base e, finalmente, o tão pedido modo em terceira pessoa.

Além disso, foram adicionados novos personagens jogáveis no modo mercenários, para incrementar a diversão dos fãs que adoram este tipo de conteúdo.

A pergunta é: esta DLC realmente vale a pena?

A nova história – Sombras de Rose

O maior apelo desta DLC é, com certeza, a campanha Sombras de Rose, focada na filha de Ethan Winters, 16 anos após o final de Resident Evil Village.

Rosemary, agora uma adolescente, enfrenta problemas na vida escolar, não tem amigos e se mantém sempre reclusa, pois entende o quão perigosa ela pode ser para outras pessoas, devido aos seus poderes provenientes do mutamiceto, abordado em village.

Logo no início desta nova história, Rose vê uma oportunidade de se livrar permanentemente do mofo existente em seu interior.

Tudo o que ela precisa fazer é usar seus poderes para se conectar a um fragmento do Megamiceto, coletado no final de Resident Evil Village, e buscar nas memórias coletadas por este organismo parasita um cristal purificador, que irá livrá-la para sempre do mofo.

Ao fazer isso, Rose se vê em um Reino de Consciência totalmente distorcido, e é aí que o jogo começa pra valer.

Apesar de bem curta, Sombras de Rose nos entrega momentos intensos, emocionantes e que te farão vibrar, conforme vamos desvendando os mistérios que circundam esse mundo bizarro.

Criamos rapidamente uma empatia pela protagonista ao conhecer seus dramas, como ela gostaria de saber mais sobre o pai que nunca conheceu e o quanto sua vida diária é afetada por ser diferente.

Mas não se engane, paralelo a toda essa bagagem dramática, está também uma personagem forte, corajosa e destemida, que fará de tudo para cumprir seu objetivo.

O enredo apresenta também boas surpresas, principalmente na sua etapa final, embora eu acredite que algumas pessoas possam desvendar o que irá acontecer, pouco antes mesmo do desfecho.

No conjunto da obra, Sombras de Rose me agradou bastante, trouxe respostas para algumas perguntas e deixa uma porta aberta para questionamentos futuros. Não vão falar nada mais, obviamente, para não dar qualquer tipo de spoiler.

Rose em terceira pessoa, novos inimigos e gameplay

Não é segredo para ninguém que a campanha focada em Rosemary é totalmente em terceira pessoa, diferente da campanha principal de Resident Evil Village.

Finalmente algo que os fãs almejam desde Resident Evil 7 foi implementado pela Capcom e olha, devo dizer que me agradou DEMAIS e resgatou aquele sentimento nostálgico dos games clássicos.

O único ponto de observação que posso colocar é que, devido a essa perspectiva de câmera, os sustos não foram tão efetivos quanto deveriam. No entanto, a tensão ao revisitar ambientações já bastante conhecidas continua da mesma forma.

Neste Reino de Consciência distorcido conhecemos novos inimigos, mas não muitos. Além do Duque, visto em trailers, nos deparamos com mais dois tipos de ameaças que irão nos atormentar em nossa passagem pelo castelo Dimitrescu.

Rose não possui um arsenal tão vasto como Ethan, nem a opção de defesa, o que torna ainda mais complicado o embate contra os monstros, que são mais rápidos e resistentes.

Contudo, apesar da pouca variedade de armas, contamos com os poderes da protagonista para auxiliar nesta jornada.

Essas habilidades são usadas para desbloquear acesso a novas áreas, destruindo núcleos, repelindo inimigos e paralisando.

Pode parecer overpower quando relatado desta forma, mas não se engane, todo cuidado é pouco.

Por muitas vezes, a melhor opção é correr e passar despercebido, pois o confronto direto pode ser fatal.

Tudo isso resulta em momentos de extrema tensão e urgência que farão o jogador colar em seu assento pra valer.

Não vou nem mencionar outro segmento após o castelo Dimitrescu que me fez suar frio. Foi uma experiência mega divertida, porém curta.

Resident Evil Village em terceira pessoa

Outra grande surpresa durante o anúncio da Winters Expansion foi a adição do modo terceira pessoa na história base de Village.

É bem interessante ver Ethan por outra perspectiva e, novamente, não é possível ver o rosto do personagem, acredite!

Ao virar a câmera, a Capcom programou o boneco para virar o rosto e o corpo. Não tenha dúvidas que os modders de plantão farão algo a respeito na versão do PC.

Mas enfim, a história obviamente é a mesma. No entanto, jogar com a câmera terceira pessoa traz um sabor diferente. Como relatei no tópico anterior, referente a campanha da Rose, o sentimento nostálgico é sem igual.

Tenho absoluta certeza de que inúmeros fãs irão re-jogar o game por completo para desfrutar deste novo recurso. Embora a perspectiva mude no gameplay, as cutscenes continuam em primeira pessoa.

Então, a Winters Expansion vale a pena?

Apesar de curta (3h30min no máximo), a campanha Sombras de Rose me agradou bastante e fiquei muito feliz por conhecer um pouco mais da filha de Ethan Winters.

Isto, unido ao fato de podermos jogar não só essa nova história, mas toda campanha base em terceira pessoa, faz tudo valer a pena. Principalmente para nós, fãs de longa data da franquia e dos games clássicos.

Se você gostou de Resident Evil Village e ama a franquia de um modo geral, com certeza vai se deleitar com esta expansão.

Resident Evil Village – Winters Expansion será lançada para todos no próximo dia 28 de Outubro.

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