Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name | Analise

A Franquia Like a Dragon, ou Yakuza como ficou conhecida por aqui, está mais viva do que nunca. Além de trazer um título situado no Japão Feudal em Fevereiro deste ano com Like a Dragon Ishin, a Ryu Ga Gotoku Studio, produtora responsável pela Franquia, nos entrega Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name, que traz de volta Kazuma Kiryu, protagonista de seis dos sete jogos principais. Depois dos acontecimentos de Yakuza 6 a promessa é resolver as pontas soltas deixadas e também fazer uma ligação com o título que será lançado em Janeiro de 2024, Like a Dragon: Infinite Wealth. Mas será que eles conseguiram manter a qualidade que a Franquia vem tendo há bastante tempo?

História

Kazuma Kiryu está de volta. Após os acontecimentos de Yakuza 6, Kiryu finge sua morte para proteger a si mesmo e as crianças do orfanato Morning Glory na esperança de deixar para trás a vida conturbada. Ele assume o nome de “Joryu” e passa a viver em um templo budista em Yokohama. Porém, ele logo precisa voltar a ativa, pois um grupo conhecido como Facção Daidoji faz com que ele realize alguns trabalhos dados por seu treinador conhecido como Hanawa. Em um desses trabalhos ele deveria proteger um carregamento de barras de ouro através de Yokohama, no entanto o caminhão que estaria transportando as tais barras trazia homens mascarados violentos que durante a briga com os agentes que ali estavam tentam sequestrar Hanawa, mas Kiryu os impede e eles fogem.

No dia seguinte, Hanawa diz a Kiryu que alguém armou contra eles e pede para que ele investigue o Clã Seiryu em Isezaki Ijincho para ver se eles estavam envolvidos. Chegando ao local, Kiryu não consegue encontrar evidências de que o Clã está envolvido e acaba sendo encurralado em um estacionamento por um grupo liderado pelo líder da Família Watase, Yuki Tsuruno. Após uma briga, Hanawa chega e saí do local com Kiryu e Tsuruno, mas logo o carro deles é atingido por um homem usando uma máscara de Hannya, Kosei Shishido. Após uma luta entre Kiryu e Shishido, Tsuruno captura novamente Hanawa e entrega um telefone para Kiryu dizendo que a vida de Hanawa estará perdida caso ele não atenda. Agora Kiryu precisa descobrir o que a Família Watase quer com ele.

Em todos os jogos da Franquia, um dos pontos mais fortes e que sempre foi elogiado pelos jogadores foram suas histórias: a maneira como são contadas, sempre dando total explicação sobre os acontecimentos para que os jogadores não fiquem perdidos. Aqui não foi diferente: tudo acontece de forma bem explicativa, sem nenhuma pressa e proporcionando total compreensão para que os jogadores não fiquem perdidos nos acontecimentos.

Os personagens apresentados são outro ponto a ser elogiado, pois cada um deles foi muito bem trabalhado, o que vale tanto para os que ajudam o protagonista como também para os vilões. Cada um tem o seu motivo para fazer tudo aquilo, algo que também notamos nos jogos anteriores.

Sobre a duração da campanha, Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name possui a menor campanha, caso você foque apenas nela e não em missões secundárias. Zerei com cerca de 10 horas, mas a própria produtora já havia dito que o título foi pensado para ser uma DLC de Like a Dragon: Infinite Wealth, jogo que será lançado em janeiro de 2024, e foi transformado em um jogo próprio, caso semelhante ao que aconteceu com Marvel’s Spider-Man: Miles Morales. Levando em conta esse pensamento, dá para entender o porquê da duração da campanha, mas claro que se você procurar pelas atividades secundárias que o jogo oferece, esse tempo poderá até mesmo triplicar.

Combate

Falando sobre a jogabilidade, a parte de combate do jogo nos leva de volta a saga clássica da Franquia com o combate ao estilo Beat’Up, o que é um grande presente para os fãs mais antigos e também uma forma de apresentar aos fãs mais novos, que conheceram a Franquia pelo título anterior, Yakuza: Like a Dragon, o estilo pelo qual os jogos ficaram famosos. Tudo funciona muito bem, os controles são bem responsivos e bem frenéticos, da mesma forma como os jogos clássicos eram.

Uma coisa que não víamos desde Yakuza Kiwami em 2016 e que a Ryu Ga Gotoku trouxe de volta nesse jogo, é que Kiryu apresenta mais de um estilo de combate que podemos utilizar: um estilo chamado de Agent, no qual ele usa golpes mais rápidos e diversos dispositivos para auxiliar no combate, e um estilo conhecido como Yakuza, que é o estilo clássico que o personagem sempre utilizou nos jogos em que foi o protagonista, com golpes mais lentos porém mais fortes. Essa também é uma forma de apresentar a franquia para os novatos, assim como trazer um ar de nostalgia para os fãs mais antigos da Franquia. Então, cada um pode jogar da maneira que bem entender.

Exploração

Outro aspecto muito aclamado nos jogos da Franquia foi sua exploração: todos os jogos traziam cidades cheia de atividades, e em “Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name” não é diferente. Quanto mais você joga, mais ele despertará a vontade de explorar o cenário e fazer as missões conforme vão surgindo. Por isso mencionei anteriormente que, se você fizer as missões secundárias que o jogo oferece, seu tempo pode até triplicar, pois a cada esquina há uma atividade diferente a ser realizada. E pode ter certeza de que você irá realizar, pois as recompensas irão te ajudar de forma significativa na sua gameplay.

Gráficos e Performance

Acerca da qualidade gráfica, posso dizer que até o presente momento, esse é o jogo mais bonito que já vi da Dragon Engine (engine própria da produtora, que é usada desde Yakuza 6). O design dos personagens está incrível: na primeira vez em que vi uma cutscene do jogo, pensei que fosse uma cena em live action, devido a perfeição com que fizeram os gráficos do game. Os efeitos dos golpes, a movimentação dos personagens e o cenário que estão magníficos. É incrível ver o ponto em que essa engine chegou, e me deixa ainda mais curioso para saber o que virá a seguir e o quanto essa ela ainda pode entregar.

Em questão de performance, joguei em um PlayStation 5 e só existe uma opção de escolha gráfica disponível, não havendo a opção de escolher entre modo qualidade ou modo performance. Ainda assim, o jogo roda lindamente a 1440p ou 2k, cravado à 60 fps sem nenhuma queda aparentemente de frames, o que é ótimo, visto que o jogo é bem frenético em sua gameplay, então seria muito ruim se houvesse quedas constantes.

Considerações Finais

“Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name” é um jogo de escopo menor, mas que traz tudo de bom que fez a Franquia ser conhecida, se tornando um dos melhores jogos, trazendo uma história envolvente, combate frenético e bem divertido, além de gráficos de cair o queixo que parecem um filme em live action. É um grande presente para os fãs mais antigos da Franquia e também uma excelente preparação para o que está por vir em janeiro de 2024 com “Like a Dragon: Infinite Wealth”.

Vale ressaltar que, para aqueles que se interessaram pelo jogo, mas nunca jogaram nenhum título da Franquia, eu recomendaria procurar saber sobre a história de Kiryu antes de partir para Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name, pois muitas coisas fazem ligação com os outros jogos e podem deixar os jogadores bem perdidos.

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name está disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S e PC.

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