Hotel Transilvânia 2 – Crítica

Em Hotel Transilvânia 2, Jonathan e Mavis se casam e tem um filho, meio humano meio vampiro, e Dracula e seus amigos monstros farão o possível para despertar o monstro na criança, a contragosto de Mavis.

Escrito por Robert Smigel (escritor para Saturday Night Live e Late Night with Conan O’Brien) e Adam Sandler (!!), que também é a voz de Dracula, e dirigido por Gendy Tartakovsky (Laboratório de Dexter, A Vaca e o Frango e Meninas Superpoderosas), o longa é uma divertida animação que trata de conflitos familiares, diversidade e, de forma implícita, preconceitos.

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Não assisti ao primeiro Hotel Transilvânia, mas isso não fez falta para entender o contexto e acredito que pensando nisso, foi feita a sequencia inicial que mostra o casamento de Nathan e Mavis e uma breve abordagem da relação entre os personagens através de alguns diálogos expositivos.

O filme tem uma introdução com ritmo um pouco inconstante, para estabelecer as regras que regem a gravidez de Mavis e crescimento de Dennis como mestiço, além da preocupação de Mavis quanto ao ambiente no qual ele crescerá, caso seja mais humano que vampiro.

Apesar do ritmo é uma introdução bacana, com algumas boas piadas que dão o tom divertido que acompanha o restante do roteiro e que contém gracejos tanto para os infantes quanto para os adultos.

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Não há muito a falar dos personagens, eles são todos bastante caricatos e estereotipados e funcionam muito bem. O que é importante é a discussão colocada entre Drácula e sua filha Mavis, quando discutindo como criar o pequeno Dennis.

O hotel era apenas para monstros e a chegada de Jonathan fez com que tudo mudasse, quebrando um pouco do preconceito de Dracula com os humanos e fazendo com que os monstros começassem a ser vistos com muito menos medo pelos homens, ou seja, Jonathan iniciou uma quebra nas sociedades e uma abertura para o convívio, o que é bastante interessante quando extrapolamos para a nossa sociedade da vida real, com tantos preconceitos e barreiras.

Nesta continuação, esta discussão prossegue, pois apesar de aceitar os humanos em seu hotel, Dracula não consegue aceitar a possibilidade de seu neto, sua família em linhagem direta, não ser um montro. Da boca pra fora diz que aceita, mas suas atitudes mostram claramente (e é plot do longa) suas tentativas de provar, para todos e para si, que Dennis é um monstro, um vampiro de verdade.

As discussões entre Dracula e Mavis são ótimas, principalmente quando o filme se aproxima de seu climax e final. Mavis se cansa da atitude da família monstro em tentar fazer Dennis provar que é monstro e toma uma atitude mais agressiva, trazendo uma nova quebra.

Como animação infantil o filme traz muitas cores (apesar de estarmos falando de monstros e da Transilvânia) e muita música e garantem a diversão das crianças sem forçar muito a paciência dos pais.

Quanto às piadas mais adultas, tem algumas que estão bastante na cara e pode ser que algumas crianças fiquem com uma pulga atrás da orelha, mas nenhuma é ofensiva ou absurda.

Assisti o filme em Português e a dublagem está muito boa, as vozes funcionam muito bem e a tradução parece ter sido feita de acordo com o original com algumas poucas adaptações regionais. Na lista de atores brasileiros temos Alexandro Moreno (Dracula), Fernanda Baronne (Mavis), Mauro Ramos (Frank) e Mario Monjardim (Vlad).

Gostaria muito de assistir também a versão original, pois temos nomes como Mel Brooks (Vlad), David Spade (Griffin) e Steve Buscemi (Wayne) no elenco americano.

Hotel Transilvânia 2 está nos cinemas, então compre sua pipoca e bebida e divirta-se vendo na tela grande!

Trailer:
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