Horizon Forbidden West: Burning Shores | Análise

Após pouco mais de 1 ano do lançamento de Horizon Forbidden West, que nos entregou um final intenso com um grande gancho para um terceiro jogo, a Playstation nos surpreendeu com o anúncio de uma DLC, intitulada Burning Shores.

O intuito desse conteúdo não é apenas tecer mais informações sobre a ameaça vindoura, mas também apresentar um lado, até então pouco explorado, da nossa heroína Aloy.

Além disso, outra grande promessa da Guerrilla foi a de apresentar o potencial deste jogo apenas na atual geração, entregando gráficos ainda mais refinados e momentos de tirar o fôlego, o que dificulta sua reprodução no Playstation 4.

A grande questão é: Burning Shores cumpre com o prometido? Vamos discorrer sobre isso a seguir.

Vamos até o Litoral Ardente

Ao carregar nosso Save logo após a missão Singularidade, que fecha a história base de Horizon Forbidden West, Sylens entra em contato com Aloy dizendo que ambos precisam conversar sobre algumas descobertas feitas que podem, de certa forma, ajudar contra Nemesis, a ameaça vindoura que vimos no final do game.

Nessa prosa, Sylens diz que dentre os Zeniths que foram para a terra, um deles, chamado Walter Londra,  escapou e se refugiou em um local mais afastado, intitulado de Litoral Ardente.

Seus planos são desconhecidos por ambos no momento, mas, vindo de um Zenith, sem dúvida não é algo bom e vai muito além do bem estar da população daquele mundo.

No entanto, com base nas suas pesquisas, Sylens tem conhecimento da engenhosidade de Walter e conclui que ele pode possuir informações valiosas que seriam úteis para encontrar uma forma de deter Nemesis.

Com isso, Aloy parte em mais uma aventura para descobrir os planos do Zenith refugiado! Chegando ao Litoral Ardente, conhecemos Seyka, uma nova personagem que irá acompanhar nossa heroína durante toda a jornada.

Aloy logo toma conhecimento de que alguns Quen, povoado que habita aquela região, sumiram e se dispõe a ajudar Seyka, ao mesmo tempo em que busca por Walter, que pode estar envolvido nestes desaparecimentos.

É aí que podemos ver um outro lado de Aloy, até então nunca abordado desde o primeiro game. Seyka é uma personagem destemida, forte, corajosa e que não mede esforços para cumprir seus objetivos e ajudar aqueles que gosta.

Parece familiar? Pois é… Ao acompanhar a jornada de ambas, aos poucos vamos percebendo as familiaridades entre suas personalidades e o nascer de algo mais entre elas.

Esse é um ponto que foi duramente criticado por algumas pessoas desde o último trailer que antecedeu o lançamento de Burning Shores. Na minha humilde opinião, acho uma bobagem sem tamanho julgar ou diminuir uma obra como essa devido a orientação sexual de um ou outro personagem.

Posso acrescentar que achei incrível ver a interação entre as duas personagens! Normalmente tínhamos apenas os monólogos da Aloy enquanto explorávamos os diversos locais do primeiro e segundo jogo.

Nessa DLC, ao menos no que diz respeito à história principal, Seyka e Aloy conversam e compartilham experiências. Para mim, foi um grande acerto da Guerrilla.

O salto Gráfico da Nova Geração

Algo que ninguém esperava no anúncio de Burning Shores, foi a exclusividade da DLC apenas para a nova geração.

A justificativa, de acordo com a Guerrilla, foi justamente o salto gráfico que a equipe quis dar neste novo conteúdo, algo que seria improvável para o Playstation 4.

Fiquei abismado ao vislumbrar algo que já era muito bonito se tornar ainda mais impressionante.

As ambientações no litoral ardente, mesmo em modo desempenho, estão mais vívidas, as texturas mais suaves, os personagens e as máquinas estão mais nítidos, a fauna e a flora estão mais vastas e densas e os mares, nossa… Insanamente cristalinos. Está simplesmente BELÍSSIMO!

No entanto, é no embate contra o gigante Horus, que já havia sido revelado em trailers, que entendemos DE VERDADE o motivo pelo qual esse conteúdo não poderia estar disponível para o Playstation 4.

Essa foi simplesmente umas das Boss Fights mais incríveis que pude experimentar nos jogos. Além do tamanho insano da máquina, o nível de detalhes de cada parte dela é incrível e ver tudo se desenrolando in-game, enquanto controlamos Aloy, deixa qualquer um de boca aberta.

A batalha, no meu caso, durou em torno de 1 hora e pude apreciar cada detalhe. Isso é apenas um gostinho do que poderemos ver em Horizon 3, que chegará exclusivamente para a nova geração.

Fico ansioso só de pensar!

Novas máquinas, equipamentos e armas

Se tem algo que a Guerrilla apresenta com esmero desde o primeiro Horizon, é a sua criatividade em criar máquinas baseadas em animais.

Por ser um conteúdo DLC, não tivemos tantos inimigos inéditos, mas os que foram adicionados (4 no total) seguem o mesmo nível de cuidado e detalhe das demais.

Temos o Asa-Marinha, que como o próprio nome já diz, pode alternar entre navegar pelos céus e pelo fundo do mar, além de ser peça chave em um dado momento da história.

Os Biliáticos, que são Sapos gigantes, ficaram incríveis e a batalha contra eles pode ser bem árdua, visto que sua mobilidade é altamente incrementada, já que o mesmo tem a capacidade de saltar grandes distâncias e cair em cima da Aloy. 

Outras de suas habilidades que são bem perigosas são o uso de sua língua, que alcança grandes distâncias, e o ácido expelido durante a batalha, ou seja, chegar perto não é uma tarefa fácil.

Junto dos Biliáticos estão também os Ferroadas, que são crias deste primeiro. Quando chegamos aos locais específicos para enfrentar os Sapões, é possível encontrar alguns ninhos com pequenos ovos metálicos. Quando nos movemos próximos a eles, todos se chocam, nascendo os ferroadas, que elevam consideravelmente a dificuldade durante a luta contra os Biliáticos.

Por fim, mas não menos importante, temos o gigante Horus que mencionei anteriormente. O diabo metálico, devido ao seu tamanho, tem diversos artifícios que podem nos matar rapidamente. Por isso é preciso cuidado redobrado ao enfrentá-lo.

Em Burning Shores, novos equipamentos e armas também podem ser adquiridos tanto no acampamento dos Quen, como fazendo missões, que não são muitas.

Todos são recursos lendários que irão auxiliar na exploração do Litoral Ardente. Contudo, a grande novidade dessa expansão é a nova arma de Aloy, criada pelos Zenith.

A poderosa Arma Zenith

Em um dado momento da história principal, enfrentamos um inimigo que usa uma arma de plasma, criada por Walter Londra.

Quando vencemos a batalha, podemos adicioná-la ao nosso arsenal, e olha… Se bem utilizado, esse canhão de mão Zenith pode ser bem efetivo até mesmo contra as máquinas mais poderosas.

Seu tiro de plasma comum utiliza projéteis explosivos que causam um dano contínuo considerável nos inimigos e, ao utilizar o vigor da arma, podemos adicionar uma mira especial nos corpos dos inimigos.

Desta forma, quando usamos os tiros comuns, eles são modificados e acertam exatamente onde o alvo é colocado, causando mais dano.

Além disso, podemos melhorar a arma Zenith, que concentra um tiro de plasma poderoso e, da mesma forma que o tiro comum, quando usamos o recurso especial da arma com seu vigor, o dano desse projétil é aumentado de forma significativa.

Com certeza foi uma adição sensacional aos vastos recursos de Aloy.

Apesar de ser um tanto overpower, é deliciosa usá-la contra os inimigos.

O que esperar do Futuro

O final de Burning Shores nos traz algumas informações bem interessantes que vão, com certeza, ditar o rumo da sequência de Horizon Forbidden West. 

Com a ameaça de Nemesis cada vez mais próxima, Aloy e seu grupo precisarão ir em busca de todos os meios necessários para criar uma arma capaz de impedir a destruição de seu mundo, por meio das descobertas feitas nesta DLC.

Outro ponto que despertou minha curiosidade é como a relação entre Seyka e Aloy irá se desenrolar, tendo em vista a ameaça iminente.

Se a Guerrilla foi capaz de elevar a qualidade em Forbidden West apenas nesta expansão, fico extremamente ansioso ao imaginar em que nível estará Horizon 3, que sem dúvida será exclusivo apenas da nova geração.

Afinal, vale a pena?

Se você gostou de Horizon Forbidden West e tem um Playstation 5, Burning Shores é uma grata surpresa que estende para além do oeste proibido as aventuras da nossa heroína, ao mesmo tempo que explora um lado da personagem que nunca vimos antes.

O salto gráfico, se comparado ao jogo base, impressiona e temos todo um litoral para explorar, descobrir segredos, enfrentar novas máquinas e é claro, experimentar o poder da arma Zenith.

Além disso, a Guerrilla foi capaz de criar uma das Boss Fights mais incríveis já feitas nos vídeos games. Então sim, vale muito a pena adquirir Burning Shores para que possamos, junto de Aloy, nos preparar para o embate contra Nemesis em Horizon 3.

“Horizon Forbidden West: Burning Shores” já está disponível exclusivamente para Playstation 5.

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