Gravidade – Crítica

Assinatura Jéssica
 

 O que parecia ser uma missão simples no espaço acaba se tornando um turbilhão de acontecimentos e palavras como tensão, agonia e medo são enaltecidas, é impossível não passar por todos esses sentimentos ao assistir esse filme. Alfonso Cuarón faz a direção que é magnífica e também colaborou no roteiro, ele deu uma aula de como fazer um excelente trabalho. Jogo de câmera, cenas de plano sequência, uma estética absurda de tão realista, imagens estonteantes de tirar o fôlego (especialmente em 3D), uma narrativa que impressiona pela ousadia, cenas complexas e impactantes alternadas com momentos lindos e emocionantes cheios de simbolismos, enfim, todo esse conjunto faz dessa obra cinematográfica uma das melhores já realizada dentro do contexto de ficção científica.

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A trama é iniciada por três astronautas que estão no espaço, a 600 quilômetros de altura na órbita terrestre, realizando consertos externos no telescópio Hubble, quando surge um alerta de que uma nuvem de detritos em alta velocidade está chegando à sua posição e, repentinamente, em questão de minutos tudo é destruído, não existe mais a segurança da nave, então começa um clima de pânico surreal e luta pela sobrevivência em um ambiente inóspito. Nessa cena de abertura impressionante, não só pela beleza das imagens, mas também por causa do balé executado pela câmera para acompanhar os personagens, tudo é incrível e isso é apenas o começo, não irei falar mais nada, apenas assista e entenderá o que escrevi aqui. O diretor Cuarón não poupou esforços e abusou brilhantemente dos efeitos visuais, um trabalho impecável com um realismo evidente em imagens e cenas sem cortes que deixa qualquer um pasmo, os efeitos sonoros também não ficam a desejar, são perfeitos, alternando som e silêncio em instantes oportunos para intensificar a dramaticidade e provocar a sensação de se estar no espaço sideral. A trilha sonora enobrece momentos emocionantes e cruciais, técnicas muito bem usadas e executadas.

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            As interpretações estão extraordinárias, Sandra Bullock dá vida a protagonista Dra. Ryan Stone, que está indo em sua primeira missão, e George Clooney atua como Matt Kowalsky, o comandante da equipe. Um elenco praticamente com apenas dois atores pode se ter uma atenção maior em direcioná-los, Cuarón estabeleceu um contato muito próximo com eles, sendo assim conseguindo manter as cenas matematicamente controladas, mas sem perder o apelo emocional e a humanização dos personagens, retratando com perfeição a sensação de solidão de estar na imensidão do espaço. Concluindo, uma produção realizada com tamanha perícia e destreza como essa, merece está no nível de grande aposta para o Oscar 2014.

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4 thoughts on “Gravidade – Crítica

  • 28/01/2014 em 14:13
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    Filmaço! efeitos muito bons e ótimas interpretações!
    Achei que só forçaram um pouco no final…

  • 29/01/2014 em 03:30
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    Cara, é o seguinte: Esse eu assisti.
    É um filme muito bonito de se ver e sentir. Consegue mesclar imagens fantásticas e detalhes importantes (como a ausência do som das explosões) com situações que prenderam minha atenção na tela. O binômio suspense/ação ficou excelente.
    Viajei muito na fotografia, direção e efeitos especiais. As atuações, para mim, não tiveram nada de excepcional, apesar de terem sido muito boas. Eu, particularmente, gostei mais do personagem do Clooney, porém, sem dúvidas, Sandra Bullock merecer uma honrosa homenagem de todos nós por se manter em ótima forma perto dos 50 (que bela!). A direção foi dez, felicito o diretor Cuarón( ao qual faltou apenas um sufixo para ferrar de vez esse sobrenome).
    É um filme de que gostei bastante e recomendo a todos. O único defeito que achei foi sua duração, muito curta. Poderia durar mais e nos trazer mais horas de diversão, ou não!?!
    Gostaria de expressar minha concordância com tudo no texto de Jéssica Fidélis, exceto ao que refere-se à atuação. Parabéns!
    Valeu!

    • 30/01/2014 em 00:05
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      Obrigada pelo comentário, Anderson. Eu ainda mantenho o que escrevi no texto, as atuações foram na medida do necessário, nada de exageros dramáticos, trabalhados minuciosamente, graças a direção feita por Cuarón, quando você puder, veja o making of de algumas cenas do filme no You Tube, acredito que depois que assisti-las sua opinião irá mudar. A exigência da atuação pesou principalmente na parte física dos atores e não podemos ser hipócritas de apenas felicitar aqueles atores que investem somente no psicológico de suas interpretações, como você já deve saber, não existe gravidade zero de verdade em nenhuma cena do filme, foi tudo feito com muita paciência, movimentos lentos e calculados para parecer estarem realmente no espaço. Sendo assim, só pense comigo um pouco e seja sincero, se pondo no lugar dos atores desse filme, você acha que foi fácil gravar cenas assim? Não mesmo, foi extremamente exaustivo e difícil. kkkkkkkkkk… Então, sejamos gentis em dar os parabéns para os atores desse filme, afinal eles também merecem. E lembre-se, a genialidade de uma atuação está diretamente ligada a honestidade do personagem apresentado, se você acredita nele ao ponto de sentir na própria pele suas emoções, então o objetivo maior foi alcançado pelo ator. Mais uma vez agradeço pelo comentário, muito bom o seu ponto de vista. ^^

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