DLC de Assassin’s Creed Odyssey recebe reação negativa por ignorar escolha de jogador

O segundo episódio da DLC de Assassin’s Creed: Odyssey, Legacy of the First Blade, já foi lançada. Embora sua narrativa esteja recebendo opiniões positivas, os jogadores estão incomodados com o aparente descaso com uma escolha que é feita no jogo.

Esse é um grande problema, visto que o que faz de Assassin’s Creed: Odyssey diferente dos outros jogos da franquia é a possibilidade dos jogadores de fazerem escolhas. As escolhas permitem que certos pontos da história sejam modificados, porém elas são mais prevalentes nas opções de romance – se você decidir ter romance em seu jogo. Visto que na Grécia Antiga os relacionamentos homossexuais não eram tabu, sendo mais comuns e bem-aceitos, os jogadores possuem a opção de seu personagem se relacionar com quem desejarem sem importar o gênero. No entanto, aparentemente a nova DLC ignora essa escolha que alguns jogadores fizeram.

Por um lado, muitos jogadores estão chateados pela escolha com quem seus personagens se relacionam ter sido ignorada, por outro, há jogadores estão irritados pela escolha de romance ter sido forçada.

ATENÇÃO: SPOILERS DO FINAL DA DLC À FRENTE!!!

Uma jogadora foi ao Reddit para expressar sua indignação, expressando sua opinião a respeito da decisão dos jogadores que decidem jogar com a Kassandra acabam sendo forçados a terem um filho Natakas, que apesar ser uma das opções de romance, também há meios para rejeitá-lo, porém essa decisão foi ignorada ao final da DLC.

O post no Reddit foi deletado pelos moderadores, porém segundo uma matéria no comicbook sobre o assunto, a usuária argumentou que além de ser um desrespeito com a decisão dos jogares, foi uma atitude perigosa da Ubisoft, visto que ajuda a perpetuar a percepção toxica que uma mulher precisa de um homem para ficar satisfeita com a vida ou que uma lésbica só precisa encontrar o homem certo para se “ajeitar”.

Enquanto a crítica da usuária é bastante válida, muitos jogadores se incomodaram por isso voltar atrás na promessa de “jogue do seu jeito” feito pelo Odyssey:

@Ubisoft Assassin’s Creed Odyssey foi um dos meus jogos favoritos desse ano por causa do fato que eu podia jogar com a Kassandra como uma lésbica (tal como eu). Por que você apagou isso na DLC? Não tinha razão para isso. É muito grosseiro e se eu soubesse disso não teria comprado a DLC.

Eu não vou terminar a DLC de Assassin’s Creed: Odyssey e me arrependo de ter comprado o Season Pass

Querida @Ubisoft; como alguém que tem amado Assassin’s Creed Odyssey por mais de 40 horas, ler que o final do segundo episódio da DLC me fez decidir não comprar o Season Pass. Você não pode fazer propaganda de “escolha do jogador” para depois remover essa escolha dessa maneira

Assassin’s Creed Odyssey começou a ser classificado como inclusivo e sendo capaz de interpretar com qualquer sexualidade – a DLC só te dá a opção de ser hetero ou ter menos conteúdo. Dane-se isso. #FaçaAssassinsCreedRPGdeNovo

Fica claro que a maioria dos jogadores estão mais chateados com essa virada de casaca da Ubisoft a respeito de fazer Assassin’s Creed: Odyssey ser um RPG que deixa os jogadores capazes de realizar escolhas apenas para retirar essa possibilidade na DLC.

Com certeza essa foi uma grande mancada da empresa, e é algo que será difícil dela consertar e recuperar a confiança dos jogadores.

Fonte: comicbook

Laura Giordani

Historiadora e estudiosa de imagens e mídias viciada em jogos, filmes, HQs, livros, podcasts, RPG, animes e séries. Quando não está tentando desvendar os mistérios da História e sua relação com as novas mídias, ou tentando navegar pelo seu quarto debaixo de pilhas gigantes de livros, pode ser encontrada em um canto meio iluminado jogando algum título da série Final Fantasy, Diablo, Elder Scrolls ou Pokemon. Sua preferência literária é vasta, porém há preferência pelos temas de fantasia, ficção científica, cyberpunk e terror. Suas mais notáveis habilidades são: ingerir dezenas de litros de cafeína sem ter um ataque cardíaco e tagarelar por horas sobre nerdices sem parar.