Amnesia: The Bunker | Análise

A Franquia Amnesia é pouco conhecida no mundo dos jogos. Porém, a cada jogo lançado somos apresentados a novas mecânicas. Eis que chegamos ao quarto jogo dessa série, intitulado Amnesia: The Bunker, que promete ser o mais aterrorizante capítulo, fazendo o jogador pensar muito bem antes de agir. Mas será que isso realmente acontece?

História

No jogo controlamos Henri Clément, um soldado francês vivendo em meio a primeira guerra mundial. No meio do confronto, Henri cai em uma das trincheiras e precisa atravessar o caminho, que logo é bloqueado por soldados alemães que atiram contra ele. Contudo, logo ele é salvo por um de seus companheiros, Augustin Lambert, que fala para Henri ir rápido e chegar ao ponto de encontro. Porém, chegando ao fim das trincheiras Henri é encurralado pelos alemães que jogam bombas de fumaça, levando Henri a sofrer um desmaio. E então, toda a tela fica preta.

Em outro momento, voltamos ao controle de Henri, que está caminhando em direção à cratera. Chegando lá, ele encontra Augustin ferido e desce em sua direção, oferecendo um pouco de água ao seu amigo e o tirando daquele lugar, mas não antes dos alemães o avistarem e começarem a atirar em sua direção. Nesse momento, uma explosão acontece e os arremessa para longe, escurecendo a tela novamente.

Ao acordar novamente, Henri agora se encontra numa espécie de enfermaria dentro de um bunker militar. Ele começa a andar pelo local procurando por respostas, e assim que entra numa espécie de cozinha, ele ouve uma voz que logo descobre ser alguém chamado Boisrond, o último sobrevivente do bunker. Ele explica que a única saída foi bloqueada, deixando todos ali presos com algo que eles chamam de “O Monstro”. Ele pede que Henri o mate, já que ele está a beira da morte, o entregando sua arma. Porém, como ela está sem balas, Boisrond pede que ele busque munição na despensa logo em frente. Entretanto, assim que Henri as encontra, Boisrond é puxado por algo, deixando Henri completamente sozinho. Agora ele precisa encontrar uma maneira de sair do local enquanto toma cuidado com O Monstro.

A história do jogo pode parecer simples no começo, porém logo o jogador irá perceber que existe muito mais a ser revelado no decorrer da gameplay, já que encontraremos vários documentos explicando mais sobre o que aconteceu naquele local e também certos objetivos ao jogador, dando mais entendimento da história. Portanto, cada documento encontrado é importante.

A duração é bem curta: numa primeira gameplay o jogador pode levar 4 horas ou até menos para finalizar. Eu zerei o jogo após apenas três horas, mas tudo irá depender da maneira como você irá jogar: se você for uma pessoa que corre a todo momento, você pode demorar menos, mas se você for igual a mim e percorrer o game com cuidado, explorando tudo que está ao seu redor, procurando saber mais principalmente sobre a história, esse tempo irá ser maior, mas não deve durar mais do que 6 horas.

Jogabilidade

Em comparação aos jogos anteriores da franquia ou até mesmo com outros do mesmo gênero, a jogabilidade é bem parecida e simples de entender. Você pode correr, andar, andar abaixado, se esconder. Porém, há um diferencial: por nosso personagem ser um soldado, ele pode usar armas para se defender, o que logo o distancia de todos os outros jogos. Aqui, você não é uma pessoa que não pode se defender, o que pode acabar atraindo um novo público para a franquia.

Mas claro, nem tudo são flores. Por ter esse diferencial, o jogo também adota uma outra peculiaridade de outros jogos do gênero survival horror: a escassez de recursos. Tudo que o jogador for fazer aqui deve ser muito bem pensado, pois pode acabar gastando um recurso muito importante que irá fazer falta mais a frente. Então, tome muito cuidado com o que você irá fazer.

Outra adição muito bem vinda é um sistema que chamamos de leva e traz de itens. O jogo tem um sistema que lembra muito bem a sala de saves dos jogos da franquia Resident Evil, onde você pode deixar itens que você considerar irrelevante, abrindo mais espaço no inventário. Porém, mais para frente caso você precise daquele item, você terá que voltar até o baú para poder pegá-lo, o que aumenta ainda mais o tempo de jogo e faz o jogador pensar mais no que ele deve levar e deixar para trás.

Algo que me agradou muito mas pode irritar alguns jogadores, é o fato de o jogo ser extremamente realista. Um exemplo disso é quando você tem que carregar a munição da arma: ao fazer isso, o personagem irá girar o carregador da arma e colocar uma bala por vez ao seu comando, ou seja, você terá que ordená-lo a colocar uma bala por vez na arma. E por que isso pode irritar alguns jogadores? Nem todos têm paciência em ver a animação dos personagens e quer fazer tudo de forma rápida, o que não vai acontecer aqui.

Gráficos e Performance

Falando sobre a qualidade gráfica, nada é tão absurdo, até porque o jogo foi feito na mesma engine do seu antecessor, Amnesia Rebirth, e SOMA, outro jogo da mesma produtora. Então não espere algo muito extravagante, pois esse não é o foco do jogo.

Em questão de performance, joguei no Xbox Series S, e posso dizer que o jogo fluiu muito bem. Não senti nenhuma queda de quadros durante a minha gameplay, o que é uma coisa maravilhosa, visto que muitos jogos atualmente vêm com vários problemas em questão de performance.

Efeitos Sonoros

Aqui é onde o jogo brilha mais. Apesar de não ter uma trilha musical tocando a todo momento, isso tem um propósito: que o jogador escute mais o som ambiente e se sinta totalmente imerso, percebendo tudo o que o protagonista está passando e sentindo a apreensão a todo momento. Os sons de coisas batendo, os passos dos personagens, até mesmo o barulho que o monstro faz, nos deixam totalmente imersos a tudo o que está acontecendo, o que torna tudo mais aterrorizante.

Considerações Finais

“Amnesia: The Bunker” é um jogo totalmente aterrorizante no sentido de causar medo aos jogadores através de uma jogabilidade realista e efeitos sonoros imersivos, que fazem o jogador se sentir solitário e apreensivo a todo o momento.

Importante ressaltar que esse foi o primeiro jogo da franquia que eu zerei, os outros eu só dei uma olhada mas nunca cheguei a terminar. Porém, agora me despertou o interesse de termina-los, porque se todos forem tão aterrorizantes quanto este aqui, eu ficarei bem contente.

“Amnesia: The Bunker” está disponível para Playstation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S e PC. Para os assinantes do Xbox Game Pass, o jogo está disponível no catálogo sem nenhum custo adicional, o que pode ser uma grande oportunidade para quem tem curiosidade de conhecer.

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