The Flash | CRÍTICA

Tivemos a honra de participar de um tipo de diferente de pre estreia: a sessão antecipada do filme “The Flash”. Através dessa sessão, recebemos acesso ao filme em sua primeira versão, o que significa que o que foi exibido ainda não era o resultado final da obra. Após alguns dias, retornamos para a cabine de imprensa com o filme finalizado, para trazer todas as considerações sobre o filme e contar se o tempo de espera valeu a pena!

O mais novo filme da consagrada DC, “The Flash”, vem ao público após um vendaval de instabilidades que fizeram com que seu lançamento fosse adiado. Tal adiamento causou burburinho e reclamações entre os fãs, e aumentou a carga de responsabilidade para um resultado que se encaixasse na expectativa de quem aguardava pelo primeiro longa com o heroi da velocidade como protagonista.

Em “The Flash”, vemos o introspectivo e confuso jovem Barry Allen (Ezra Miller) se desdobrar para manter sua vida em ordem em meio ao caos de ser um super herói. Mesmo possuindo poderes que lhe concedem ultra velocidade, Barry encontra dificuldades em conciliar tudo o que lhe é atribuído enquanto percorre a já conhecida batalha para provar a inocência de seu pai. Em meio ao caos, Barry descobre a possibilidade de se locomover no tempo, e mesmo sob advertências a respeito dos riscos, decide tentar salvar sua mãe. Porém, não demora para que as alterações feitas por Flash resultem em consequências inimagináveis.

Bastante presente nas produções atuais, o “multiverso” é muito bem empregado em “The Flash”. A forma como Flash se porta diante de uma realidade absolutamente alterada permite a construção daquilo que faltava nos filmes recentes do gênero: uma história interessante. Para quem sentia falta de um enredo heroico que não cai na mesmice, ele está aqui: The Flash não se trata da fórmula batida de um herói, um vilão e uma batalha, mas de uma partilha bem estruturada de ação, comédia e muita emoção. E é essa partilha que torna tudo ainda mais agradável: vemos Barry dividir seu protagonismo com Batman (Bem Affleck, Michael Keaton) e Supergirl (Sasha Calle) sem perder o estrelato, além de compartilhar da experiência de ser um herói com seu próprio eu do passado. Tal interação entre o Flash do presente e do passado tem um desenrolar cativante: a personalidade totalmente destoante entre os dois cria cenas cômicas (aqui o humor funciona de fato) e nos mostra com clareza o quanto as mudanças de Barry afetariam sua própria vida. Enquanto o já conhecido herói é introspectivo e ansioso, sua versão na realidade alterada apresenta um jovem excêntrico, desprendido e bem humorado (em exagero).

Outro aspecto a ser mencionado (e aplaudido) é o fan service INCRÍVEL que o filme traz. Há muito tempo não via o público tão empolgado em uma pré estreia, e tal empolgação não se trata da expectativa, mas sim do desenrolar da sessão. As referências presentes em “The Flash” deixarão o público mais afeiçoado aos heróis da DC boquiaberto. Quando mencionei a carga emocional da trama, não me referia apenas ao expressivo valor sentimental do drama vivido por Barry sobre sua família, mas também as alusões que levarão os fãs ao êxtase. Foi impressionante presenciar a reação do público presente ao notar cada referência, cada surpresa. Isso torna o filme uma experiência memorável.

A atuação do elenco de The Flash também merece ênfase. Boa parte da conexão que o filme promove com o público se baseia no quanto os personagens são convincentes. Enquanto Ezra Miller consegue interpretar com êxito duas personalidades totalmente distintas, Sasha Calle nos proporciona o deleite de uma Supergirl de personalidade forte, destemida e leal. Kiersey Clamons, que interpreta Iris, mesmo com pouco tempo de tela, transparece uma jovem brilhante e encantadora. Mas, mesmo que a avaliação positiva seja unânime nesse aspecto, é necessário dar o destaque para Michael Keaton que traz, mais uma vez, seu memorável Batman para as telas. Poucas palavras, a expressividade e postura do ator são o suficiente para satisfazer aos fãs.

Os cenários do filme são, na maior parte, visualmente bonitos. Porém, o que tenho de negativo a ressaltar se enquadra na parte visual: muitos elementos estão mal polidos ao ponto de, ao encerrar a primeira sessão, levar o público a pensar que seria um dos pontos a serem corrigidos para a versão final. Porém, continuaram os mesmos. Para uma produção que levou tanto tempo, passando inclusive por um adiamento, era de se esperar que os efeitos visuais fossem muito melhores. Há momentos em que tudo está tão emborrachado que não conseguimos entender se é algo proposital visando mostrar a sensação de câmera lenta, mas não é o caso. Isso decepciona, uma vez que a produção do filme contou com orçamento, tempo e recursos suficientes para algo que fosse satisfatório nesse sentido.

Concluindo, recomendamos o filme ao público com toda a certeza! Vá preparado para ação eletrizante, muita emoção, surpresas e boas risadas. A baixa qualidade em efeitos especiais pode afetar a experiência dos mais exigentes, mas ainda assim valerá a sessão. “The Flash” é empolgante, tem uma história incrível se desdobra com fluidez, deixando o espectador ansioso por mais. E aí, pretendem assistir ao filme? Se for assistir, nos conte o que achou!

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