The Eternal Castle [REMASTERED] | Análise

Conheça o remaster do clássico dos anos 80, que nunca foi lançado.

ENREDO

The Eternal Castle [REMASTERED], se passa em um futuro distópico/pós-apocaliptico/cyberpunk e sua história é contada em pequenas doses, o jogo se aproveita muito do enviromental storytelling, conceito de design onde o ambiente te conta uma história, não necessariamente com palavras. Como toda proposta do jogo remete aos anos 80, a história começa com um clichê, você vê uma nave sendo atingida e a primeira frase que o jogo te apresenta é “não importa o que aconteça, eu vou salva-la”.

Neste universo com grandes inspirações em Blade Runner e outros clássicos cyberpunk, seu personagem irá atrás desta misteriosa pessoa, enfrentando hordas de inimigos nos mais diversos ambientes, deste uma estrada desértica, um hotel semi-abandonado, uma discoteca, um fliperama e diversos outros cenários comuns em obras distópicas.

A jornada não é muito longa, é possível terminar o jogo com menos de 3 horas, entretanto, é bem intensa e a história, cumpre seu papel de deixar o jogador sempre querendo saber mais um pouquinho, e o jogo te entrega ela a conta gotas.

JOGABILIDADE

O jogo deseja passar o sentimento de ser um remaster de um jogo de 1987, então, sua jogabilidade é parecida com o que você espera de um jogo daquela época, atualizada para um controle atual. A movimentação imita a rotoscopia, técnica utilizada no clássico Prince of Persia original, e ainda impressiona, os movimentos do seu personagem e dos inimigos são bem realistas, as pancadas tem peso e o movimento também.

O que me incomoda um pouco nesta jogabilidade é que o personagem tem um certo delay, um atraso do momento que você aperta o botão para executar uma ação, ou parar de executar outra (parar de correr por exemplo) até o personagem responder, isso demora alguns mili segundos que podem te atrapalhar até que você acostume com isso.

As batalhas também são um pouco confusas quando muitos inimigos estão envolvidos, porém, ainda assim são bonitas, tem muito corredor e inspiração em batalhas como no filme Oldboy, ou até mesmo as lutas de Demolidor da Netflix, violentas, brutais e as vezes bem confusas, mas ainda assim, bem legais. Vale ressaltar que é possível jogar em co-op.

GRÁFICOS E TRILHA SONORA

Aqui é onde este jogo brilha, temos pixel arte e 4 cores básicas neste jogo, preto, branco e variações de azul e vermelho, só. Essa mistura de Pixe Art + Cyberpunk funcionou incrivelmente bem. O jogo é belíssimo, tem vários momentos contemplativos e a vontade é ficar tirando print toda hora! Neste ponto, a nota é 10. A trilha também cumpre seu papel, até mesmo não estando presente quando é mais adequado o silêncio.

CONJUNTO DA OBRA E CONCLUSÃO

The Eternal Castle [REMASTERED] é um prato cheio para os amantes do pixel art e de jogos retro em relação ao seu visual, mas a jogabilidade pode não agradar todo mundo, a história é ok, não tem nada de muito revolucionário em relação a narrativa, entretanto, ainda assim é uma opção de indie interessante.