Snoopy e Charlie Brown – Peanuts, O Filme – Crítica

Ok. Já vou começar com uma confissão que provavelmente vai acender as chamas de ódio do sétimo inferno da multidão de leitores que visitam nosso site.

Eu não sou fã do Snoopy. O QUÊ?! COMO ASSIM??? É verdade, não sou.

Enquanto que todos estavam na maior expectativa… jesuscristindinossasenhoravaiterumnovofilmedosnoopynãotomeguentandodetantafelicidadenessecorpinhomeu, eu estava mais pra… Meh.

A dor, a dor! ​
A dor, a dor! ​

Tem duas coisas do Snoopy que sempre me fizeram feliz. Uma é o som de trompete utilizado pra mostrar quando os adultos falam. Eu A-DO-RO isso. Dou risada de trouxa mesmo, até quando sou eu que estou fazendo o barulho.

A outra é o Linus. Ele tem um cobertor que ele carrega pra todo lugar. Ele é eu.

#MomentoConfissão2 Sim, eu tenho um cobertor que eu carrego desde sempre. O cobertor muda. A mania não. Melhorar? Talvez. Agora eu não preciso carregar o cobertor pra todo lugar que eu vou, como viagens, o que ajuda um pouco, porque meu cobertor de neném foi promovido pra um de casal, acaba sendo muito fácil passar do peso limite das companhias aéreas.

Anyway, é bem legal ter um personagem com o qual você se identifica e te ajuda a descobrir que você não é maluca.

NUNCA.​
NUNCA.​

Foi com essa expectativa que eu fui assistir Snoopy. Qual expectativa, você pergunta? Pois é.

Então, cheguei no cinema. Opa, é 3D? Opa, não é desenhado, é tudo em CGI? Ai.

E aí começa o desenho. E ele cresce e ele te leva pra uma época onde a maior preocupação da sua vida era conseguir entender a lição de casa e fazer amigos. E não tem como não se identificar com isso. They did it again. Já era, fui sugada.

O Minduim… Pausa. Porque chamam o Charlie de Minduim no Brasil? Se não me engano, o próprio Schulz também já indagou isso, porque em nenhum momento chamam o Charlie de peanuts (amendoim) lá fora. Detalhe, o criador DETESTA esse nome. Aí imagina, o cara cria uma tirinha, dá o nome dele pro personagem principal. E ele é substituido pelo nome que ele nunca quis. Só aqui. Dá até dó, o Charlie é zicado até nisso! Mas no país no qual “O Som da Música” vira “A Noviça Rebelde”, acho que “Amendoim” tem vantagem, pelo menos é comida.

Patty Pimentinha aprova. ​
Patty Pimentinha aprova. ​

Voltando… Charlie Brown continua igualzinho: atrapalhado, tímido e zoado por todos os seus amigos.

Snoopy continua o mesmo: inteligente, cheio de si e super charmoso.

Woodstock também não mudou nada. Continua… amarelo.

É como se nunca tivesse existido a pausa entre os desenhos da TV e a telona. E, por mais que você não seja fã, a emoção é algo impossível de segurar.

Parece que uma chave de nostalgia e saudade dentro de você é ligada e você não quer que o filme acabe.

Como sempre, não vou dar spoilers. Quer saber ​exatamente o que acontece no filme, faça um favor para si e vá ao cinema.

Não espera sair na tv, é bom demais pra esperar.

Sério. Termina de ler aqui e depois vai comprar os ingressos. Shoo shoo.

Precisa de legenda? Pipoca, cinema, vai! ​
Precisa de legenda? Pipoca, cinema, vai! ​

O filme é como um capítulo na vida do Charlie Brown e de seus amigos. Escola, lição de casa e brincadeiras. Mas, no meio do caminho, tinha uma garotinha e tinha uma garotinha no meio do caminho. E ela bagunça toda a vida do Charlie que tem que lidar não só com os sentimentos de querer pertencer ao seu redor, mas também com o recém descoberto amor.

Como seu fiel escudeiro, Snoopy está sempre ao lado para “ajudar” Charlie, e obviamente, não podia faltar a imaginação do Snoopy, presente em todas as formas de reprodução do desenho, quando ele digita ferozmente em sua máquina de escrever (sim, ainda é máquina de escrever, nada de smartphone, tablet ou sei lá o que. GRAÇAS!) e cria estórias fantásticas sobre ele mesmo.

Ideia não tem mais acento?
Ideia não tem mais acento?

Está todo mundo de volta. Lucy, com sua barraquinha de insights poderosos a troco de 5 centavos. Sally, indomável e auto-confiante sempre dando umas chapuletadas no irmão medroso. Linus e seu cobertorzinho (NHÓIN) apoiando Charlie em todas as decisões. Patty Pimentinha, Chiqueirinho, Marcie, Schroeder, you name it.

Uma criticazinha que eu faria, é que talvez eu diminuiria um pouco a ação romântica do Snoopy. Achei a parceirinha dele meio metidinha/bobinha demais.

Aliás, McDonald’s, faltou um bonequinho da Marcie, né? E podia ter ficado no lugar dessazinha que nem existia na vida real, né? E eu to reclamando mas fico brincando com os bonecos quando ninguém tá vendo porque ser humano é tudo chato.

Esses olhares... to sabendo...
Esses olhares… to sabendo…

Críticas a parte, o desenho é fofo, mesmo. Super bem feito, nada de 3D exagerado, nada de CGI que faz você querer voltar pro papel.

Cada momento do desenho é pensado de forma especial, e uma crítica escrita sobre ele não faz nadica de nada de jus ao que ele realmente merece.

Parece que estou exagerando, como sempre faço em todo desenho porque sou uma manteiga derretida, mas é verdade. Não teve uma pessoa que saiu da sala do cinema sem ter 10 anos de idade de novo. #PraQueCremeAnti-Idade?

Malditos ninjas cortadores de cebola.
Malditos ninjas cortadores de cebola.

Poster:
snoopy_charlie_brown_peanuts_o_filme_critica_00
Trailer:
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One thought on “Snoopy e Charlie Brown – Peanuts, O Filme – Crítica

  • 29/01/2016 em 17:38
    Permalink

    Sua resenha do filme me fez dar risadas… Parabéns. Está bem foda, me deu até vontade de assistir o filme.

Fechado para comentários.