Onimusha: Warlords Remaster – Análise

A franquia Onimusha teve seu início há cerca de 18 anos e teve sem dúvida alguns dos melhores títulos de ação/hack’n slash da época ao lado de Devil May Cry. Entretanto após anos sem ouvirmos falar da franquia a Capcom trouxe uma ótima notícia para os fãs anunciando uma versão remasterizada de Onimusha: Warlords (o primeiro da série, lançado em 25 de janeiro de 2001). A exatos 10 dias do aniversário de 18 anos de sua estreia nos consoles, estaria Onimusha preparado para a nova geração?

Apresentação

Onimusha sempre foi um jogo elogiado pelo seu visual. Ambientado no período da história japonesa conhecido como Sengoku, o jogo não falha em levar o jogador em um Japão do século XVI. Para quem não conhece, Onimusha: Warlords tem grandes referências históricas do Japão feudal, incluindo os personagens Akechi Samanosuke (baseado em Akechi Hidemitsu, foi vassalo de Akechi Mitsuhide, o verdadeiro responsável pela morte de Nobunaga), Oda Nobunaga e Toyotomi Hideyoshi.

A atualização gráfica do jogo, que inclui substituição das texturas antigas por novas texturas em HD e adaptação da tela do jogo para as atuais telas 16:9, trouxe uma beleza renovada e interface (UI) com tamanhos e fontes retrabalhados, mas sem abandonar as raízes. A HUD não fui alterada e o jogo permaneceu com todos os elementos visuais clássicos. Graças a isso os jogadores mais novos que não conheciam o Onimusha: Warlords podem desfrutar de um clássico cheio de vigor, visualmente adequado para as gerações atuais, e isso inclui também os cinematics.

As músicas do jogo foram muito bem retrabalhadas e trazendo uma experiência emocional mais consistente. A primeira versão possuía uma trilha musical que parece uma coxa de retalhos se comparada com a atual. A trilha alterava constantemente para se encaixar com o visual, como se corresse atrás da ação para tentar representa-la adequadamente em vez de caminhar lado a lado com ela.
Considerando que a música tem papel fundamental na imersão do jogador, essa é sem dúvida umas das melhores mudanças nesse remaster.

Todos os diálogos foram regravados, inclusive as falas de Samanosuke (Takeshi Kaneshiro). Essa regravação sofreu pequenos prejuízos quanto à atuação das “vozes menores”, mas para os fãs preocupados com a atuação de Takeshi está tudo como antes.
As legendas em inglês também foram atualizadas.

Gameplay

Os elementos de gameplay foram atualizados permitindo o uso de direcional analógico, mas sem abandonar os elementos antigos. Os controles foram remapeados adequando o sistema para a atual geração. Os loadings são rápidos, é possível perceber um pequeno retardo durante a troca de armas, mas é algo aceitável e o jogo não possuía um sistema dinâmico de troca de armas em sua arquitetura original.

Todos os elementos de gameplay antigos estão presentes sem qualquer prejuízo.

Conclusão

Onimusha: Warlords continua sendo uma experiência incrível. Com texturas em alta definição, trilha sonora retrabalhada e a adaptação do gameplay que não trouxe prejuízo nenhum para a experiência do jogador, Onimusha: Warlords remasterizado é um grande “presente” para nós, fãs da série, e com certeza uma ótima maneira de apresentar esse clássico para os que ainda não conhecem o jogo.