Mad Max: Acabando com a gangue de Scrotus! – Review

MAD MAX é uma franquia famosa que teve tres filmes nos anos 1980 que colocou Mel Gibson nos holofotes e aplicou boas idéias. Neste ano de 2015 tivemos o quarto filme da franquia, Estrada da Fúria e como disse em minha crítica, um dos melhores filmes do ano, se não o melhor, ou seja, o meu hype para o jogo produzido pela Avalanche Studios e distribuído pela Warner Bros. Interactive Entertainment estava muito alto.

Um pouco desse hype foi imediatamente derrubado com o anuncio de um jogo de mundo aberto, mas tudo bem, ainda havia bastante no estoque. Quando pus as mãos nele pela primeira vez, no Warner Game Summit, mais um pouco do hype foi jogado para fora do estoque. E isso foi bom, pois o jogo é interessante, mas se meu hype estivesse tão alto, eu estaria aqui bradando ao senhor dos motores para que os desenvolvedores nunca alcançassem Valhalla.

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Neste jogo, Max é roubado pela gangue liderada por Scabrous Scrotus, apanha tanto ou mais que em Estrada da Fúria e perde seu veículo. Max persegue Scrotus e acabam lutando em cima da Máquina de Guerra até que Max acerta um golpe de motosserra no topo da cabeça de Scrotus, que em movimento reativo empurra Max para o chão, sendo deixado para trás.

A partir disso, Max vaga pelo deserto até encontrar Chumbucket, um mecânico corcunda que o ajuda a salvar o cão de Max e a construir um novo carro, que nos planos de Chumbucket será o melhor e mais poderoso carro de toda Terra Devastada e é aí que o jogador assume o comando, na imensidão do deserto, para desbancar a trupe de Scrotus e “libertar” a Terra Desolada de seu domínio.

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A primeira dinâmica apresentada é a de construção do Magnus Opus, esta que segue o padrão de jogos de corrida, podendo alterar motor, suspensão, pneus e decoração do carro e com acréscimos cruciais para sobreviver: proteções e armas de ataque.

Para fazer as modificações é necessário varrer a Terra Desolada atrás de sucata, que servem como dinheiro. É fácil encontrar sucata, mas no início do jogo elas valem pouco e demora a melhorar os itens do carro.

Particularmente eu foquei meus esforços em reforçar a lataria, para que o carro sobrevivesse mais aos impactos e permitisse que eu fizesse mais manobras impossíveis ao saltar de canyons e atirasse meu carro em cima dos adversários.

Em seguida o foco no item mais importante para o carro: o arpão! Será impossível cumprir as missões se seu arpão não estiver bem evoluído, pois o jogo fará questão disso. Você usará o arpão para derrubar torres de vigília, puxar portões, arrancar blindagens de veículos adversários e, o mais divertido, puxar inimigos. Basicamente o arpão é sua arma mágica neste jogo, então, cuide bem dele.

Controlar o carro é bem tranquilo e bem arcade, ou seja, garante a diversão nas grandes travessias e nas batalhas contra os comboios. E o conserto deste quando necessário é feito pelo Chumbucket enquanto você não está dirigindo e pode ser acelerado gastando um pouco de sucata.

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Como já é estabelecido na série, Max é um personagem direto e de poucas palavras, o que exige que os NPCs tenham muitas falas expositivas para explicar o que está acontecendo no jogo e fazer a estória andar. O que não chega a incomodar mas as vezes fica um pouco engraçado.

Como no início do jogo Max é roubado, não temos itens e temos que nos virar no braço nas primeiras brigas e é importante aprender o tempo entre ataques para conseguir executar as defesas e os contra-ataques, pois a munição é escassa e muito necessária para resolver embates com muitos adversários.

Como todo jogo de mundo aberto, é necessário evoluir o personagem. Para tal você precisa acumular pontos de skill, chamados de Griffa Tokens, e ir ao encontro do andarilho Griffa, uma espécie de mercador de Resident Evil 4 que vende skills ao invés de itens e armas. Essas habilidades ativadas por tokens incluem a melhora na obtenção de munição e água, recuperação de vida e causar mais danos. Recomendo focar nas habilidades de encontrar água e munição.

Outra forma de melhorar Max é utilizando sucata para comprar habilidades, assessórios e armas.

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Costumo não gostar de jogos de mundo aberto, pois boa parte deles foca tanto no mundo e nas diversas side quests que esquece de colocar uma estória guia cativante e minimamente densa.

Neste Mad Max esse problema se repete por pouco mais de metade do jogo, pois sua missão é fazer os upgrades e diminuir a ameaça de Scrotus nos territórios. Muito simples para convencer alguém a jogar um jogo que tem previstas mais de 50 horas de duração.

Será necessário jogar umas 20 ou 25 horas para chegar a uma corrida na qual o prêmio é o cobiçado motor V8 pra que algo realmente relevante aconteça na estória e a partir daí que ela engata a quinta marcha e acelera até seu final, um bom final.

Há uma sequência de viradas no roteiro que empolgam e são completadas por referências aos filmes e com certeza farão os fãs da franquia comemorarem.

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Para quem gosta de fechar jogos com 100%, Mad Max é um prato cheio.

Para completar o jogo, precisará: encontrar e levar todos os veículos inimigos para sua base e acrescentá-los a sua coleção, ir a todas as regiões do mapa, eliminar todos os comboios, encontrar todos os personagens e muitas outras missões que farão o jogo chegar a 100 horas de duração.

E não poderia terminar esse texto sem mencionar que a Terra Desolada é viva, ou seja, não é possível passar muito tempo sem encontrar inimigos ou locais de exploração, o que é muito bom para que o jogo não fique monótono.

E é tão viva que ela pode resolver repreender as ações crueis e violentas de seus habitantes com uma terrível tempestade de areia. E esse castigo é algo impressionante, um tanto assustador, mas muito divertido.

Ventos fortes empurram escombros, seu veículo e você, caso esteja em local aberto, então ficar parado e desprotegido é com certeza uma péssima escolha que se torna pior ao receber um raio na cabeça ao tentar correr para cobertura.

Mas em um esquema de “morde-assopra” a tempestade pode deixar boas recompensas em forma de caixotes de sucata, que ajudarão bastante a evoluir carro e skills.

Mad Max não é um jogo perfeito e provavelmente não disputará prêmios ou muito espaço no coração dos gamers, mas com certeza merece sua atenção.

O jogo está disponível para os consoles PlayStation 4 e Xbox One e também para PC.

Trailer:
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MEIA-LIVE:
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