Halo 5: Guardians – Review

Hoje foi o lançamento de Halo 5: Guardians.

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Laçado para XBox One, o jogo é continuação da maior franquia do console e um dos expoentes em games de tiro em primeira pessoa ou FPS.

O jogo conta o decorrer da história, mostrando a trajetória dos dois grandes protagonistas da série, Master Chief e Spartan Locke, logo após os acontecimentos do final do jogo anterior.

Não irei mencionar nenhum trecho específico, para não correr o risco de dar algum “spoiler”, mas saibam que o enredo do jogo está tão envolvente quanto suas versões anteriores, cheio de reviravoltas e muita ação.

Quem já vinha jogando a franquia, não irá se desapontar com o rumo que essa lenda futurista está tomando, no entanto, aqueles que não jogaram, podem se sentir perdidos no enredo, apesar de ainda se divertirem muito com a jogabilidade em si.

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Aproveitando o gancho, então, vou falar um pouco das mecânicas de Halo 5. Eu tive meu primeiro contato com a série através dos Master Chief Collection, lançado no final de 2014, onde experimentei as mecânicas desde o primeiro Halo.

Tenho que admitir, fizeram um enorme avanço em relação aos controles e jogabilidade. Antigamente, os games não tinham nem a mira “pontual”, por assim dizer, e contava com um enorme círculo onde os tiros deveriam pegar. Já no Halo 5, além de uma mira mais precisa, adicionaram o “ironsight”, aquela mira na qual o personagem coloca a arma perto do rosto para atirar com ainda mais precisão.

Em paralelo com isso, para poder ficar mais ergonômico, redistribuíram as funções de cada botão do controle. Essa troca deixou Halo 5, mais intuitivo e mais confortável, uma vez que seguiu o padrão que temos visto em outros FPSs. Nada melhor que dar reload com o polegar, ao invés do indicador.

Entretanto, nem tudo são flores. A mecânica de veículos, que já era horrível nos primeiros, foi melhorada de leve, mas ainda está muito aquém de ser agradável e prática. Toda vez que eu ia dirigir, eu batia nas coisas, atropelava pessoas do meu time ou similar, o que me fez pensar se não seria inabilidade minha mesmo e precisava treinar mais. Pois é, decidi fazer um teste.

Ao chegar perto de um carro de combate, mandei que um cara da minha esquadra dirigisse enquanto eu ficaria na “turreta” atirando, o que é muito mais legal, mas não é que o desgraçado CAPOTOU o jipe mais de duas vezes? Ou seja, não estou tão errado assim, se nem o computador consegue pilotar direito!

Esse seria a minha maior crítica, em relação à mecânica. De resto, sinto que o jogo está extremamente fluido e divertido, permitindo uma imersão muito boa, além de que a variação das dificuldades foi muito bem montada, deixando o desafio no ponto que cada um considera excitante, mas não frustrante. Só estou decidindo ainda se gosto ou não de terem acabado com a mecânica de segurar duas armas pequenas ao mesmo tempo, algo que surgiu no Halo 2 e era muito divertido, mas pouco prático.

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Vamos em frente, queria falar um pouco do visual de Halo 5.

Como esperado dessa geração, o jogo está lindo. Efeitos de luz e sombra fantásticos, assim como o sistema de partículas. Alguns pequenos detalhes mostram todo o cuidado que foi colocado, por exemplo, quando você mata um soldier, ou qualquer forerunner acima dele, ele se desintegra. Essa desintegração não só tem um jogo de cores e iluminação muito particular e belo, quanto é possível ver pequenas faíscas escapando do corpo, como mini fragmentos se soltando e dissolvendo no ar. Cuidado esse que era raro de se ver, pois me passou uma impressão de grande aleatoriedade, dando ainda mais verossimilhança para tudo aquilo.

Outra coisa que está belíssima e que costuma ser uma boa referência de qualidade visual, são os efeitos de água, plasma ou outras estéticas fluidas. Poderia falar dos tiros de energia ou corpos d’água que estão presentes no jogo, mas prefiro chamar a atenção para os efeitos de distorção da realidade, quando forerunners são transportados para o campo de batalha. Fiz questão de correr como um maníaco para poder ver de perto o efeito, que já era impressionante ao longe, e valeu muito a pena. Ver a estrutura do cenário sendo puxada para um ponto, sem parecer que é uma imagem “estática” sendo distorcida, foi impressionante. Obviamente, morri logo em seguida em meio à tantos inimigos, mas faz parte de analisar um game.

Infelizmente, vi algo que me incomodou profundamente e até me distraiu durante algumas cutscenes. Seja lá porque, alguns personagens tremiam freneticamente durante essas cenas. Percebi isso a primeira vez numa que dá um close na mão do Master Chief e achei que poderia ser algo do personagem, de algum trecho da história que eu havia perdido ou algo assim, mas logo comecei a reparar esse tipo de “tremedeira” em diversos outros personagens e partes do cenário. Até chegar o ponto de dar um close numa delas sem capacete e eu perceber que os olhos dela estavam se aproximando e se afastando loucamente. Foi muito bizarro e quebrou bastante a imersão naquele momento. Achei que esse tipo de coisa estaria mais controlada nessa geração, a não que a identidade não revelado do Master Chief seja o Michael J. Fox.

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Por fim, queria concluir com alguns comentários sobre o multijogador.

Está MUITO divertido! Mais ainda do que já era antes. O novo sistema de WarZone, com 24 jogadores simultâneos em mapas enormes, é novidade para a franquia. Já conhecíamos esse tipo de sistema em outros jogos, mas Halo 5 uniu o “knowhow” que possuíam em multiplayer e adicionaram toda essa magnitude.

Experimentei pela primeira vez na BGS 2015, mas foi apenas uma partida. Agora pude desfrutar melhor de tudo que esse jogo tem à oferecer. Adorei reviver com rapidez, já que não sou muito bom, e também o sistema de pontos e experiência.

Como comentei, nada disso é grande novidade no mundo dos FPSs, mas é fantástico ter esse contato dentro do universo de Halo.

Existe também a opção de modos clássicos, inclusos dentro do menu Arena, onde se joga com times menores, indo desde disputas por captura, até o sistema de fuga, no qual se tem apenas uma vida.

Tudo isso com uma quantidade absurda de personalizações possíveis no seu Spartan, para deixá-lo com a sua identidade própria.

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Depois de tanto falar, de tanto comentar, acredito que só me resta fazer o óbvio. Recomendar para que joguem Halo 5: Guardians, pela sua campanha e pelo modo multijogador. Vale MUITO a pena e terão boas horas de diversão garantida.

Agora me resta treinar mais, para ver se morro menos, procurar os colecionáveis e, enquanto isso, deixar o trailer aqui para vocês, que tem uma trilha INSANA:

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