Furiosa – Uma Saga Mad Max | CRÍTICA

Na cabine de imprensa de hoje, assistimos antecipadamente ao mais novo componente da franquia Mad Max: “Furiosa – Uma Saga Mad Max”. A franquia, que conta com um significativo número de fãs ao redor do mundo, teve seu primeiro filme lançado em 1979, e desde então movimenta os mais variados públicos com suas trames envoltas pelo mais excêntrico estilo de ação. Em Mad Max: “Furiosa – Uma Saga Mad Max”, iremos conhecer a comovente história da origem de Furiosa, personagem anteriormente interpretada por Charlize Theron.

Poderemos acompanhar a emocionante saga de Furiosa, uma jovem que foi arrancada de sua vida de harmonia e abundância para sobreviver em meio ao caosde uma gangue de motoqueiros liderada por Dementus (Chris Hemsworth), que assassina brutalmente sua mãe e desperta em Furiosa um instinto de vingança que poderá representar sua ascensão ou sua ruína. Com o passar dos anos, ela irá entender que sua sede de justiça pode ser insignificante mediante a importância de sobreviver em meio a desordem de Dementus e seu rival Immortan Joe (Lachy Hulme).

Uma das preocupações do público mais afeiçoado a Mad Max consistia justamente na forte identificação estabelecida com Charlize Theron. Aqui, a escolha para interpretar Furiosa levou ao nome da já renomada Anya Taylor-Joy (O Gambito da Rainha).

Apesar de se tratar de uma atriz consistente em trabalhos anteriores, era inevitável que houvesse a preocupação de que ela entregasse ao público uma “Furiosa” tão memorável quanto a de Charlize. E, mesmo que essa seja uma consideração pessoal, considero que Anya superou as expectativas. Ela transmite a frieza triste no olhar de Furiosa e entrega uma atuação brilhante, seja nos momentos de ação ou em cenas de altíssima carga emocional.

Além disso, essa representação positiva vem em dose dupla, uma vez que Alyla Browne, a atriz responsável por interpretar a protagonista em sua infância, traz uma atuação tão surpreendente quanto a de Anya.

É possível afirmar, inclusive, que Anya Taylor-Joy muito possivelmente, será premiada em alto nível por seu trabalho em “Furiosa – Uma Saga Mad Max”. Vale destacar também o trabalho de Chris Hemsworth como Dementus: ele encarna toda a excentricidade e insanidade do personagem de forma a colocar o espectadpr em total imersão durante suas cenas: você não saberá quando admirar e quando odiar Dementus.

Como já se espera quando se Fala de Mad Max, existe um destaque glorioso para tudo o que envolve o aspecto visual. Em “Furiosa – Uma Saga Mad Max” o espectador é constantemente deslumbrado por paisagens que, apesar de desérticas e distópicas, irão impressionar pela grandiosidade e pela qualidade com que foram feitos.

Tudo orna em perfeita harmonia: a mudança de iluminação conforme o tempo passa, a oscilação da aparência dos personagens de acordo com os acontecimentos e com o passar do tempo. No entanto, a fotografia é consideravelmente enriquecida pelo trabalho de figurino e maquiagem.

Cada personagem de Mad Max é cuidadosamente criado de forma que suas características, vestes, adereços e até deformidades se tornem memoráveis. Os detalhes são a alma da parte visual em “Furiosa”, mas é possível admirar tanto isso quanto a imensidão de um cenário apocalíptico agoniante.

Em “Furiosa – Uma Saga Mad Max” veremos as já conhecidas técnicas de filmagem já vistas anteriormente na saga, em que a perspectiva da câmera poderá se aproximar ou distanciar e correr em diferentes velocidades, recurso de estilo que pode não agradar a alguns, mas faz parte do estilo descomprometido com a imperfeição de Mad Max.

O enredo do filme se dá de forma mais cuidadosa que “Estrada da Fúria”. Somos apresentados a Furiosa, sua personalidade e origem. Curiosamente, Furiosa passa a maior parte do filme como uma personagem que não está centralizada diante dos conflitos principais: ela é conduzida a dissolver seu instinto de vingança em todo o esforço que terá que fazer para sobreviver.

Diante disso, vemos Furiosa durante muito tempo imersa a batalha de Dementus e Immortan Joe, o que pode tornar seu protagonismo simplista ou até mesmo tedioso para alguns.

Além disso, o roteiro deixa pontas soltas que nos fazem esperar por uma justificativa durante toda a exibição, como o fato de o paraíso vivenciado por Furiosa deixar de ser perseguido rapidamente, ou de a protagonista passar de objeto de desejo da família de Immortan Joe a apenas uma operária.

“Furiosa – Uma Saga Mad Max” é, com toda a certeza, mais tecnicamente “simples” que o seu antecessor, “Estrada da Fúria”. No entanto, é uma trama que se conecta ao espectador, seja por sua já conhecida personagem central ou pelo estilo caótico que agrada aos fãs da franquia.

Apesar das pontas soltas ou do enredo que se perde em alguns momentos, o filme é uma decisão corajosa e bem executada em que os erros se tornam brandos diante de diversos aspectos positivos que poderão envolver o público, fazendo de “Furiosa – Uma Saga Mad Max” uma trama que vai além de uma ação injustificada e tediosa.

Trata-se de um filme chocante, que retrata mais uma vez o quão longe o ser humano poderia chegar em situações de extrema destruição e caos. Obviamente, não é adequado para o público mais sensível, mas um prato cheio para os entusiastas de ações pós apocalípticas e claro, para os fãs de Mad Max, que não irão se decepcionar. 

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One thought on “Furiosa – Uma Saga Mad Max | CRÍTICA

  • 22/05/2024 em 18:08
    Permalink

    Adoro quando a Patrícia faz a crítica. Textos ricos em detalhes eu adoro. Já vi muito filme depois de ler aqui

Fechado para comentários.