Code Vein – Análise pós-hype

Há um certo tempo que jogos de ação com gameplay similar ao de Dark Souls (apelidados souls like), tem se tornado popular. No entanto, a Bandai Namco deu um passo adiante adicionando esse estilo de gameplay a um “jogo de anime”.

Apresentação

Code Vein foi lançado há cerca de um mês (27 de setembro de 2019), e talvez merecesse mais visibilidade.

Seu visual não é desatualizado, com cenários, efeitos visuais bem bonitos e a trilha sonora também é interessante.

Em Code Vein você controla um revenant (que é como são chamados os vampiros nesse jogo) que acorda sem memória e não se lembra do próprio nome e nem da própria aparência.

O jogo usa esse recurso da falta de memória para apresentar o mundo e tudo mais (customização) para o jogador – um recurso que não é original, mas funciona bem. Quem já jogou Kingdoms of Amalur: Reckoning (KoA) certamente vai ter um certo “dejavu” com Code Vein, pois o primeiro usa esses recursos exatamente da mesma forma, mas ainda veremos mais “coincidências” no final desse review.

A história é um elemento forte em Code Vein. Caso você seja um jogador que não gosta de acompanhar o que está acontecendo e conversar com NPCs (personagens não jogáveis), esteja preparado para se perder e ficar confuso. O aproveitamento do jogo depende da sua interação com os NPCs, tanto para entender o que está acontecendo quanto para saber o que deve ser feito para prosseguir.

Gameplay

Code Vein dá bastante liberdade ao jogador para montar seu personagem, permitindo uma customização bem detalhada como já vimos em outros jogos da Bandai Namco (ex: Dragon Ball Xenoverse 2 e Jump Force). Dá para ficar um bom tempo montando personagens e salvando online para usar em outro momento (e recentemente recebeu uma atualização de halloween).

Como dito anteriormente, se o jogador não ficar atento ao que está acontecendo é bem fácil de se perder. Não há dicas no mapa (bússola) além de uma marcação de “pegadas” que mostra todos os pontos pelos quais você já andou. Se levado em consideração a linearidade do jogo o recurso das pegadas é de grande ajuda, mas não o impedirá de ficar perdido em algum momento seja realizando uma missão ou procurando a próxima [caso você não esteja acompanhando a história].

As batalhas são desafiadoras (como é esperado de um souls like), bem divertidas – principalmente conforme você vai ganhando novas habilidades – e dão uma boa liberdade para o jogador usar sua criatividade. Isso é um ponto muito importante em qualquer jogo de ação. A reclamação aqui é com a câmera, que as vezes pega um ângulo meio ruim em momentos que não queremos (ex: durante um hit kill pelas costas, há um close no protagonista que muitas vezes só deixa a ação confusa embora essa não seja a intenção)

Close ruim

Entretanto, Code Vein também traz elementos que ajudam a diminuir a tensão após a batalha e quem gosta de “música de anime” vai gostar das opções disponíveis quando estamos na base entre uma missão e outra.

Relaxando

Conclusão

Code Vein é um pouco uma colcha de retalhos. Traz um personagem que tem um potencial ilimitado para assimilar várias classes diferentes (como os protagonistas da série persona e KoA), traz a possibilidade de trocar de classes durante o gameplay (Persona e KoA) e misturar as habilidades que algumas classes tem em comum, além do recurso da memória para introduzir a customização (KoA e Dragon Age: Inquisition).

Atualmente é difícil não encontrarmos um jogo que empresta boas ideias de outros (por isso apelidos como: Souls Like, metroid-vania etc.). Code Vein possui uma história que é interessante e um gameplay com combate divertido e desafiador. É um “jogo de anime” com a temática de “vampiros”; um mosaico de elementos muito bem montado e com seus momentos de originalidade.