Análise | Pokémon Sword & Shield: The Isle of Armor

No começo do ano, durante uma Pokémon Direct, foi anunciado o Expansion Pass para Pokémo Sword e Shield. Esse passe de expansão conteria duas DLC’s que seriam lançadas em datas diferentes. Eles foram chamadas de The Isle of Armor e The Crown Tundra.

A expansão The Isle of Armor estava marcada para ser liberada no meio do ano. Então dezessete de junho ela foi liberada para os jogadores mundialmente através da Nintendo eShop. Nela podemos conferir diversas novidades, incluindo uma nova área inédita para o game e o retorno de diversos pokémon de gerações passadas ainda não presentes em Galar.

Chegada a Ilha da Armadura

Ao entrar no jogo o player é presenteado com um passe para chegar até a nova ilha. Através da estação de Wedgehurst então é possível acessar a nova ilha. Ao sair da estação da nova área encontramos a personagem que está encarregada de te escoltar até o Master Dojo.

De acordo com a versão teremos uma pessoa diferente nos acompanhando. Os jogadores da versão Sword encontrarão Klara, especialista no tipo veneno. Já os donos da versão Shield terão que encarar Avery, especialista do tipo psíquico.

Klara e Avery, respectivamente, são os novos antagonistas da história e The Isle of Armor
Klara e Avery

As novAs personagens farão o papel de antagonista disputando a posição de destaque do Dojo da ilha com você. Assim eles batalharão com você algumas vezes. E a cada batalha será possível observer a evolução de seu time. Tanto Klara quanto Avery, tem como seu pokémon principal um Slowpoke de Galar. E como ele é do tipo Psíquico/Veneno encaixa perfeitamente na especialidade de ambos treinadores.

Slowpoke e Slowbro em suas versões Galarianas
Slowpoke e Slowbro de Galar

Novo Ambiente

Dentro da nova área poderemos observar uma variedade de ambientes enormes. Pequenas ilhas, floresta, cavernas, montanhas e desertos compõe o ambiente. Em cada uma dessas partes poderemos encontrar monstrinhos específicos. Ainda existe o clima dinâmico que varia diariamente e que também faz com que determinados pokémon surjam apenas enquanto eles estiverem presentes.

Imagem da floresta da nova ilha

Alguns desses lugares, à primeira vista, são bem confusos e fogem do padrão da Wild Area da região principal. Porém, o visual destoante da Ilha serve, não só para reforçar a diferença entre Ilha maior e ilha da DLC, como também para dar uma nova sensação de ar fresco àqueles que já tem dezenas de horas de jogo.

As cavernas, tão comuns em jogos anteriores e que em Galar estavam minimizadas, voltam com um grande papel principal. Não só ajuda a separar os biomas diferentes da ilha, mas também constrói ambientes para pokémon que se sentem melhor nesses lugares. Além disso é possível notar uma forma de construir mais obstáculo que cria a sensação da ilha ser ainda maior do que é de fato. Um velho truque de level design muito bem aplicado.

História

A missão principal aqui é realizar o “árduo” treino para o Master Dojo e se tornar um aluno de destaque. Quase toda a história dessa saga serve para apresentar e obter Kubfu, pokémon mítico lutador, e evoluí-lo para Urshifu e ativar suas formas Gigantamax.

Logo após realizar as primeiras missões, será recompensado com Kubfu e a missão seguinte será levá-lo para passear pela ilha. Como ele sempre viveu recluso e com medo dentro do Dojo você precisa fazer com que ele observe pontos específicos e se conecte com o local. Dessa forma seu vínculo com o pequeno urso se fortalecerá ao máximo. E como um caso raro, ele é um pokémon mítico que evolui, porém de uma forma diferente do comum.

Kubfu, as variações de Urshifu e suas Gigantamax
Kubfu, as variações de Urshifu e suas Gigantamax

Para conseguir tal feito é necessário aceder a uma das duas torres da ilha. A Tower of Darkness libera a evolução para Urshifu tipo Lutador/Noturno enquanto a Tower os Waters libera a evolução para o tipo Lutador/Água. Nelas encontramos um desafio que você deverá cumprir utilizando apenas seu Kubfu.

Um bom desafio te ajuda a evoluir

Como Kubfu é um pokémon lutador, tipo que tem vantagem sobre o tipo noturno, e como a Tower of Darkness possui treinadores com monstros desse tipo, esse é um desafio fácil de se cumprir. Basta estar com o nível do seu pokémon de acordo com os dos oponentes (entre 60 e 70) que não terá problemas. Já na Tower of Waters essa vantagem não existe, porém no nível adequado não existirá muita dificuldade. A parte mais complicada fica para o último estágio que é o Kubfu do Mustard, mestre do Dojo da ilha. Então, ao cumprir a missão, você poderá evoluir Kubfu para o Urshifu relativo a torre na qual cumpriu o desafio e obterá seu golpe assinatura.

Kubfu conhecendo a região da Ilha da Armadura
Kubfu conhecendo a região da The Isle of Armor

A última etapa será encontrar Max Mushrooms para habilitar a forma Gigantamax de seu mais novo pokémon. Novamente não temos um desafio muito complicado, bastando chegar preparado para a luta contra a Vespiqueen Dynamax e o resto será passear pelo mapa e caçar itens específicos. Após concluir essa parte terá que derrotar o mestre do Dojo em uma batalha. E aqui sim entra a parte “difícil” da DLC.

Caso você utilize pokémon fortes e já treinados não terá muitos problemas. Porém, caso decida utilizar os novos pokémon da ilha, talvez você possa sofrer um pouco, já que a inteligencia artificial de Mustard é relativamente boa e consegue sempre mirar golpes super efetivos em seus pokémon. Então o ideal é ter sua equipe com níveis acima de 70, bem treinada, com variedade de golpes e itens equipados.

Conclusão

A nova DLC não tem muito tempo de gameplay dedicado a história, porém o tempo de exploração da nova região tem um grande potencial de aumentar esse tempo. E isso pode ampliar ainda mais caso queira farmar cogumelos de Gigantamax, completar a nova pokédex disponível, caçar os 151 Digglet de Alola ou só mesmo para conhecer e decorar cada pedacinho da The Isle of Armor.

Os novos personagens principais são apresentados de forma consistente e, em poucas linhas de diálogo, conseguimos compreender suas personalidades. Todos eles tem algum papel importante no desempenho da narrativa, seja com enredo ou como NPC que te fornece novas funcionalidades interessantes.

A adição de mais de 140 pokémon de gerações anteriores também ajuda a variar mais ainda as opções de monstrinhos que podemos usar em nossa jornada, já que ao iniciar um novo save com a DLC instalada, o jogador terá acesso cedo a ilha. Assim ela funciona como pós-game apenas para quem já havia zerado a parte principal e se mescla na jornada de novos jogadores.

Visual

A nova área é mais bonita e mais detalhada que o geral das áreas do jogo padrão. Os detalhes empregados, não só nela, mas nas animações dos ataques de Urshifu e dos personagens também é um ponto positivo. Assim como os designs dos novos pokémon, que se destacam por sua excentricidade e beleza.

A ilha e seus arredores são bem projetadas e, como ressaltado anteriormente, ganha uma impressão de ser ainda maior devido a forma que ela é desenhada. Os caminhos nada uniformas da floresta e cavernas e seu uso para separação de ambientes são interessantes o suficiente para não desestimular a exploração e manter o ar de “coisa nova”.

Infelizmente ainda pesa muito o baixo nível gráfico de texturas do jogo e o fato de todos os pokémon não estarem presentes. Porém podemos considerar um avanço e uma breve, para não dizer quase inexistente, chama de esperança de que a franquia possa melhorar nos futuros jogos.

Então podemos concluir que apesar do bom trabalho realizado na DLC, ainda existe muito espaço para melhorar. Isso pois o jogo base já veio em um nível abaixo do ideal.

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