Análise | Children of Morta (PC)

Para quem gosta de Action RPG e rougelike estará muito bem servido com esse jogo.

Children of Morta desenvolvido pela Dead Mage é um misto de dungeon crawler, roguelike, Action RPG e afins, traz uma história envolvente e um estilo artístico que mistura pixel art pintada à mão e animações quadro por quadro, associados à técnicas modernas de iluminação tornando o jogo muito bonito.

A história de Children of Morta se passa em uma terra distante, mas lida com temas mais próximos do nosso dia a dia do que se poderia imaginar. É uma história que trata das emoções simples, que conhecemos tão bem e damos tanto valor que às vezes ousamos admitir: amor e esperança, saudade e incerteza, perda e sacrifícios que estamos dispostos a fazer para salvar aqueles com quem nos importamos, essa é a descrição do jogo na Steam e resume bem como é o jogo, então vamos a ela.

Tudo começa como um bom RPG ou seja na cama com um personagem acordando, mas dessa vez não é com o personagem que começa jogando e sim com a Vovó Margaret que acorda e percebe que algo de muito ruim está acontecendo, um tipo de corrupção que está tomando conta da Montanha sagrada chamada Morta e a Avó Margaret faz uma reunião e anuncia que a Família Bergson são os responsáveis por cuidar e logicamente salvar o mundo da Corrupção que está avançando.
A casa dos Bergson fica em cima da passagem e onde tem os portais que leva para as cavernas da montanha Morta e consequentemente para as dungeons.

Bom mas vamos ao início do jogo, logo tu vai ter acesso ao o John que é o patriarca da família e tem como arma uma espada e para a defesa um escudo, ao ir explorando vai sendo encontrado mais itens mágicos e conforme ganha pontos de experiência, novas habilidades e melhorias vão ficando disponíveis como um bom RPG.

E como um bom roguelike você vai morrer bastante, mas mesmo assim como cada vez que entra na dungeon ela muda tudo inclusive o mapa não somente os itens, e isso faz com que tu não fique muito irritado com repetição já que tudo muda a cada vez que inicia a dungeon.
Eu achei o jogo bem difícil, mas também pode ser falta de habilidade minha, só que uma coisa muito boa é que mesmo que você fique trancado por muito tempo em alguma parte, a história vai prosseguir, pois entre uma morte e outra vem as cutscenes e vão contando a história da família.

Por sinal o jeito que é contada é muito legal, temos uma narrador com a voz em inglês mas temos legendas em Português do Brasil que vai nos contando mais sobre a Família Bergson e sobre Rhea o mundo do jogo.

Ao todo você terá 6 personagens para jogar sendo que no início somente 2 estarão disponíveis e no decorrer do jogo os outros serão desbloqueados, todos eles com diferentes estilos de jogo, armas, velocidade e defesa e tipos de magia.

No meu caso o personagem que mais me adaptei a jogar foi com o John e a que menos me acertei foi com a Linda que usa o arco e flecha.

Temos ainda o Kevin que usa umas adagas como arma, o Mark que usa os próprios punhos, o Joey que utiliza um Martelo e a filha mais nova Lucy que atira bolas de fogo pelas mãos.

Após um tempo é introduzida uma mecânica de Fadiga, que é explicada que mesmo os Bergson sendo resistentes a Corrupção se ele passarem muito tempo próximos dela eles acabam perdendo vitalidade, que te obriga a usar algum dos outros personagens e após um tempo o personagem com Fadiga volta a normalidade.

Além dos personagens que verdadeiramente vão para a batalha, temos a Avó Margaret que em seu laboratório é onde fazemos as melhorias como melhorar o acúmulo de experiência, temos a oficina de Tio Ben que é onde melhoramos os status dos personagens com agilidade, nível de vida, força, etc sendo que estas melhorias servem para todos os personagens, e todas as melhorias são adquiridas com o ouro que é recolhido durante as incursões nas dungeons.

Em termos de qualidade gráfica ela é ótima, o estilo gráfico de desenhos e pixel art são lindas e dão um charme para a jornada, as animações são muito fluidas e não presenciei nenhum problema e os personagens se movimentam de forma muito natural. A trilha sonora é muito agradável e encaixa muito bem com o jogo e a narração também é muito boa e acho que a opção de somente ter o narrador e não os personagens contando a história acaba conferindo um ar mais épico para a história.

A versão que foi lançada dia 2 de setembro é a de PC e ele não é um jogo muito exigente ele pode ser aproveitado até com computadores mais modestos e no meu PC não tive nenhum problema, é importante salientar que ele tem suporte a controles de Xbox 360 e Xbox One e foi assim que eu joguei, mas lógico é possível usar teclado e mouse.

Children of Morta é um jogo que reúne vários acertos e inspirações do gênero action RPG e roguelike, mas o grande diferencial é a sua história que é muito envolvente e que revela a história da Família Bergson que é muito interessante e mostra as relações entre eles e também a relação deles com os Deuses e a montanha Morta.

Eu tendo já quase 20 horas de jogo ainda não terminei mas quero muito terminar para poder ver o desfecho dessa história que é muito boa, a única ressalva que faço mesmo é em relação a dificuldade que é alta e que acaba fazendo com que o grinding seja necessário e constante, mas como já disse anteriormente a forma da história ser contada a cada retorno para a casa dos Bergson, poder ver o que os personagens estão pensando e as dungeons sendo feitas de forma procedural faz com essa experiência do grinding não seja maçante.

É possível jogar em co-op mas somente local, serial muito interessante se tivesse como jogar on-line além do local, mas infelizmente não é possível.

Se você já gosta do gênero vá sem medo, pois terá uma experiência ótima, mas se vocês não está habituado pode ser que ache a dificuldade um fator impeditivo, mas recomendo a dar uma chance pois a história é muito boa de acompanhar.

O jogo está localizado em Português do Brasil com legendas e menus e
já está disponível para PC na Steam, GOG e Humble Store e para Nintendo Switch, PlayStation 4 e Xbox One ele chega no dia 15 de Outubro