Alien: Romulus | CRÍTICA

No dia 13/08, participamos da cabine de imprensa de um lançamento que promete estar entre os filmes do ano, principalmente para os fãs de terror e ficção científica: “Alien – Romulus”. Para a maioria dos fãs de cinema, a franquia Alien dispensa apresentações.

Tendo seu primeiro filme lançado em 1979, a criatura alienígena mais temida da história do cinema é mundialmente conhecida: mesmo quem nunca assistiu a um dos filmes Alien, sabe do que se trata ou conhece sua aparência assustadora.

No entanto, o sucesso é proporcional a expectativa que se cria ao redor de qualquer produção que envolva Alien, e sabe-se que alguns dos longas anteriores decepcionaram grande parte do público. Então trouxe para vocês as minhas primeiras percepções sobre “Alien – Romulus”.

Em “Alien – Romulus”, somos apresentados a uma história que se desenrola entre os acontecimentos de “Alien – O Oitavo Passageiro” e “Aliens – O Resgate”. Na trama, um grupo de jovens colonizadores espaciais decidem explorar uma estação abandonada.

No entanto, o que parece ser uma oportunidade de liberdade e aventura acaba se tornando uma desesperadora luta por sobrevivência no momento em que se deparam com os temidos xenomorfos. No grupo estão Rain (Cailee Spaeny), uma jovem que sonha com sua liberdade ao lado de seu leal amigo, ao qual ela chama de irmão, o androide Andy (David Jonsson).

Apesar do receio, eles se juntam a Navarro (Aileen Wu), Tyler (Archie Renaux), Bjorn (Spike Fearn) e Kay (Isabela Merced). Honestamente, a leitura da sinopse, a princípio, não despertou em mim tanta curiosidade pelo filme.

No entanto, foi ao ver o trailer que pude elevar consideravelmente a minha expectativa: talvez porque é justamente na ação que o filme prende o espectador.

O enredo de “Alien – Romulus” pode não apresentar tanta complexidade quanto se esperava, mas o seu desenvolvimento é brilhante.

No decorrer dos acontecimentos, o espectador poderá se encontrar por diversas vezes boquiaberto e com a atenção absolutamente tomada pela apreensão que cada cena desencadeia.

Essa apreensão é reforçada aqui da maneira mais eficaz em filmes do gênero: através da iluminação oscilante e sonoridade assustadora que varia do mais absoluto e tenso silêncio aos gritos dos personagens e claro, aos urros vindos dos xenomorfos.

Durante a trama, somos diversas vezes surpreendidos com reviravoltas nos acontecimentos e com o nível brutal de terror de suas cenas, algo de que os fãs sentiam falta.

Aqui, vemos o clássico terror que deixará o público mais sensível em pânico, com o acréscimo de um elemento clássico do gênero: os mocinhos que se colocam em situações de perigo e podem fazer com que o público torça contra eles em dados momentos.

No entanto, aqui o que predomina é a imprevisibilidade: você definitivamente não sabe que personagens irão se dar mal, ou como isso irá acontecer. Tudo isso é arrematado com efeitos visuais impecáveis, que vão dos cenários trabalhados com perfeição até a exposição das mais tenebrosas criaturas de forma hiper realista.

Como em várias outras produções do cinema, “Alien – Romulus” carrega em seu ponto forte, algumas de suas poucas fraquezas.

Ao longo do filme, alguns furos de roteiro podem fazer com que o espectador se sinta confuso sobre determinados acontecimentos: há passagens em que parece haver uma contradição dentro do próprio enredo, o que compromete a lógica estabelecida dentro da própria trama e consequentemente a experiência de quem assiste.

Sobre as constantes soluções “arranjadas” entre os colonizadores ao se deparar com problemas na nave: apesar de se tratar de algo clichê, é uma marca típica entre produções do gênero.

Aspecto de destaque em “Alien – Romulus”, a escolha de elenco é definitivamente incrível, trazendo atores que dão vida a seus personagens da maneira mais realística possível, contribuindo significativamente para a sensação de imersão que o público sentirá assistindo ao longa.

Enquanto Spike Fearn nos apresenta um Bjorn odiável em quase todo o seu tempo de tela, Aileen Wu preenche a cota de personagens que são extremamente destemidas e imponentes (até que algo dê errado).

Isabela Merced representa uma personagem frágil e quase constantemente em perigo (a mencionada mocinha que poderá nos fazer revirar os olhos), e Archie Renaux, que interpreta seu irmão Tyler, reproduz seu personagem de forma a cativar o público e conquistar sua torcida.

No entanto, o destaque neste aspecto, com certeza, ficará com a dupla de protagonistas Cailee Spaeny, que parece compartilhar com o espectador cada segundo de medo sentido na estação, e David Jonsson, que aqui mostra sua versatilidade como ator ao caracterizar com perfeição o equilíbrio entre seu interior androide e sua forma humana.

Ele consegue, com maestria, representar uma forma artificial de vida sem quaisquer movimentos ou expressividade caricatos, e percorre as mudanças de seu personagem ao londo de “Alien – Romulus” sem se perder.

Por fim, não poderíamos não recomendar “Alien – Romulus” aos leitores aqui do Meia Lua. É a mais absoluta combinação de terror, ficção científica e ação, o que garante que suas duas horas de duração sejam aproveitadas ao máximo pelo público, que provavelmente não conseguirá desviar o olhar nem mesmo nos momentos mais agoniantes.

Após alguns filmes da franquia decepcionarem, a produção dirigida e roteirizada por Fede Alvarez chega como quase uma garantia de não decepcionar aos fãs, e não como mais um filme esquecível que serve apenas para prolongar uma franquia.

Esteja preparado para algumas horas de sustos, aflição e brutalidade! Se pretende assistir a “Alien – Romulus”, nos conte aqui nos comentários quais as suas expectativas para o filme.

Confira também outras críticas de filmes em nosso site:

Não esqueça de acompanhar nosso canal no youtube e de nos seguir nas redes sociais (todas elas como @meialuafsoco).