Zombi, lançado em agosto do ano passado é a versão adaptada para PlayStation 4, Xbox One e PC de “ZombiU”, um dos jogos de lançamento do Wii U (em novembro de 2012) e que de modo geral foi bem aceito pelos jogadores. Não há, contudo, muitas diferenças desta nova versão em relação à original. Distribuída apenas em formato digital, esta adaptação não trouxe consigo a modalidade multiplayer de “ZombiU”, uma vez que o modo dependia do uso do GamePad. Por conta desta mesma limitação, o mapa do game passou a ser exibido na própria tela, enquanto no Wii U, era mostrado na “telinha” do controle. Foram feitos ainda pequenos ajustes técnicos para reduzir o tempo de carregamento, além de implantar melhorias nos controles e polimento geral do game.
Mas se você ainda não conhece Zombi, aqui vai um resumo: Trata-se de um FPS ambientado em um apocalipse zumbi em Londres, no qual o jogador deve sobreviver e completar missões de resgate, recuperação de mantimentos e etc. Sim, o jogo possui um enredo bastante raso e utiliza-se de muitos clichês. Isso, contudo, não se configura necessariamente um problema. Não é objetivo deste jogo apresentar uma história emocionante e complexa ao jogador. Pelo contrário, desde o início você já começa como um sobrevivente que precisa completar sua primeira missão: encher de porrada um zumbi com um taco de críquete.
Mas então Zombi é apenas um FPS para esmagar cérebro de zumbis? Não exatamente. O grande atrativo do game, na minha opinião, é seu desafio com um toque de originalidade. Trata-se na verdade de sobreviver o máximo possível (e de alguma forma o jogo me fez lembrar dos antigos jogos de survival horror – com pouquíssimos recursos e um desafio elevado). Se seu personagem for mordido, ele morre. Definitivamente morre, uma vez que não existem checkpoints. Na verdade ele se transforma em um zumbi (afinal ele foi mordido) e você deve agora começar novamente com outro personagem do seu acampamento e tentar dar continuidade à sua árdua tarefa. E isso inclui encontrar seu antigo personagem – agora um zumbi – e recuperar a mochila com todos os mantimentos que estão com ele. Existe ainda um modo bastante hardcore no qual você tem apenas uma vida, sem direito a “encarnar” um novo personagem.
Apesar destas ideias bastante interessantes, há basicamente um ponto que pode frustrar alguns jogadores: o combate. Veja bem, eu citei anteriormente que o jogo é um survival com poucos recursos. Isso significa que há poucas armas de fogo e munições para você usar, comparadas com a quantidade efetiva de zumbis no jogo. Será necessário portanto distrair zumbis e/ou fugir deles e, quando não for possível fazer isso, executar o combate corpo a corpo com o taco de críquete. Você fará isso inúmeras vezes durante o jogo, e para matar um zumbi, será necessário de 5 a 7 pancadas. Este combate pouco inspirado e repetitivo pode se tornar um peso conforme o avançar do jogo.
Ainda assim, Zombi possui um visual bastante interessante (porém mais simples do que jogos “triple A”), consegue transmitir um clima sombrio e desolado, além de provocar alguns bons sustos durante a jogatina.
Com estas informações em mente, eu diria que Zombi é um jogo bastante interessante, porém mediano devido à sua mecânica de combate. Contudo, se adicionarmos à balança o fato de que este é um jogo que, nos consoles, custa por volta de R$ 40,00 em seu preço cheio (valor bem diferente de outros jogos mainstream), torna-se um game realmente atrativo, principalmente para os amantes do gênero survival horror.
E você, quanto tempo conseguirá sobreviver?