Um filme de Homero Olivetto, “Reza a Lenda” apresenta a seca do sertão e a fé dos homens sobre a lenda de uma possível chuva no nordeste. Somos apresentados ao forte homem e de poucas palavras, Ara (Cauã Reymond), na qual, quando criança enterrou seus próprios pais. Criado pelo Pai Nosso (Nanego Lira), juntamente a outras crianças órfãs no cruel e intenso calor do sertão brasileiro. Já crescido, torna-se o líder de uma gangue de motoqueiros que habitam uma região do nordeste e fazem o possível para sobreviver ao caloroso clima.
Fiquei bem surpreso com esse filme. Eu tinha visto o trailer e esperava ver um tipo de “Mad Max” do Sertão. E de certa forma, foi o que eu vi. Apresenta algumas perguntas sem respostas, como o que as duas garotas do começo da história estariam fazendo naquele carro e para onde iam, mas nada que ofusque a narrativa. O filme tem belíssimos cenários, tanto de dia quanto de noite. Uma cena que posso exemplificar é o entardecer sob o registro de uma câmera fixa. Por um breve momento no filme, acompanhamos a trajetória das estrelas no hemisfério, a luz do final de tarde dando espaço para a escuridão da noite, revelando um “tapete de estrelas” num take acelerado, bem sutil, mas maravilhoso. Ou seja, a cenografia é incrível, seria um elemento a mais para apreciar o filme.
Achei interessante a história, parece uma crônica de homens sem lei, onde quem pode mais seria o “rei do pedaço”. Ara rouba uma estatueta santa, que segundo as crenças ditas por um bruxo, se posicionada no lugar certo, traria chuva ao sertão. O dono da estatueta, Tenório (Humberto Martins), nada feliz com o roubo, manda vários recados pela cabeça de Ara e de sua gangue. O já citado bruxo, Galego (Júlio Andrade) oferece informações em troca de mulheres (um escambo bem primitivo). Sua tribo é cheia de mulheres e crianças e presenciamos uma pequena festa, alimentada pelo som de um aparelho de música.
Podemos destacar Severina (Sophie Charlotte) como parte da gangue, uma importante e forte personagem a ser observada durante o filme, suas ações e preocupação pelo seu companheiro, Ara, a fazem tomar importantes decisões. Laura (Luisa Arraes), uma das garotas do acidente do começo do filme, esbanja seu inocente charme neste cenário quente do sertão e a sua procura pelo entendimento do que estaria acontecendo.
Temos cenas super bem feitas, nível internacional, como as intensas perseguições de moto, o uso de armas de fogo, os acidentes de estrada e as lutas de espada! Sim!! Tem um personagem que luta com uma dupla de espadas, tilintando no ar, na penumbra da noite, que cena maravilhosa!. Já citando cenas maravilhosas, ressalvo a atuação de Pica-Pau (Jesuíta Barbosa), sob o poder de uma metralhadora automática, simplesmente insano / empolgante / demais! Quase aplaudi no final desta cena hahahaha
Não quero estragar e falar o que rola com a estatueta santa e nem como se resolve a história, mas como bom fã de filmes de ação e explosões de Hollywood, esta é uma bela história a ser vista. Gostaria de mais filmes nacionais com este porte, fiquei bem surpreso.
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achei bom,pela ideia e o nome.agora vamos ver o filme