Como acontece em todos os anos, Hollywood teve, em 2013, grandes sucessos e também enormes fracassos de bilheteria. Entre os 5 maiores sucessos do ano passado estão “Homem de Ferro 3”, “Jogos Vorazes: Em Chamas”, “Meu Malvado Favorito 2”, “Frozen: Uma Aventura Congelante” e “O Homem de Aço”. A lista de fracassos é extensa: “Depois da Terra”, “Alvo Duplo”, “O Quinto Poder”, “O Ataque”, “Jack, O Caçador de Gigantes”, “Dezesseis Luas”, “A Hospedeira”, “Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos”, ” O Casamento do Ano”, “O Incrível Mágico Burt Wonderstone”… Mas o artigo de hoje será focado em duas grandes decepções: “R.I.P.D. – Agentes do Além” e “O Cavaleiro Solitário”.
“R.I.P.D. – Agentes do Além” (R.I.P.D., 2013) rendeu míseros US$ 33 milhões nos EUA e, somando a bilheteria internacional, chegou a pouco mais de US$ 78 milhões. E custou US$ 130 milhões, sem contar os custos de divulgação! Baseado em uma HQ pouco conhecida, a história mostra o policial Nick Walker (Ryan Reynolds) sendo traído e morto por outro agente da lei. Em seguida ele vai parar no tal de R.I.P.D. (Rest In Peace Department, o “Departamento Descanse em Paz”) e recebe a chance de trabalhar, capturando almas perdidas na Terra, antes de ir para o Céu. Nick vira parceiro do xerife Roy Pulsifer (Jeff Bridges) e os dois tentam impedir um plano que pode acabar com a vida no planeta. Dirigido por Robert Schwentke, do ótimo “Red – Armados e Perigosos”, o filme é uma espécie de mistura de “Os Caça-Fantasmas” com “MIB – Homens de Preto”. O título “R.I.P.D.” não atraiu o público aos cinemas nos EUA; no Brasil incluíram “Agentes do Além” para dar uma ajudinha, mas também não funcionou. Ryan Reynolds é o ator que “matou” o Lanterna Verde com sua interpretação no filme de 2011 (ok, o diretor Martin Campbell também teve culpa). Não esquecendo que ele também foi Hannibal King em “Blade: Trinity (2004)” e Deadpool em “X-Men Origens: Wolverine” (2009). Alguém diga para ele parar de fazer personagens de Quadrinhos!!
“O Cavaleiro Solitário” (The Lone Ranger, 2013) arrecadou pouco mais de US$ 89 milhões nos EUA. Somando a bilheteria internacional de US$ 171 milhões, alcançou um total de cerca de US$ 260 milhões. O problema é que custou US$ 215 milhões só na produção, com mais US$ 100 milhões gastos na divulgação!! A ideia era ótima: chamar a mesma equipe criativa dos três primeiros “Piratas do Caribe” e criar uma nova franquia de sucesso. A clássica história está lá: o “Texas Ranger” John Reid (Armie Hammer) e seus companheiros são pegos em uma emboscada; somente ele sobrevive e, com a ajuda do índio Tonto (Johnny Depp), torna-se o Cavaleiro Solitário. Infelizmente o diretor Gore Verbinski fez um filme longo (149 minutos!!) e chato. Se salva a sequência de perseguição no trem, realmente empolgante, quase no final do filme, quando o eletrizante tema musical do Cavaleiro Solitário é ouvido (esse trecho da ópera William Tell de Gioachino Rossini (1792-1868) virou marca registrada do herói desde a série radiofônica do personagem, lançada em 1933). Mas esses poucos minutos de ação não amenizam o desastre.