Dirigido por John Madden (Shakespeare Apaixonado), O Exótico Hotel Marigold 2 continua a estória de Sonny Kapoor (Dev Patel), dono de um hotel para idosos na Índia que deve conciliar as necessidades do hotel, seu desejo em expandir os negócios e os preparativos para seu casamento com Sunaina (Tina Desai).
Sonny, acompanhado de Maggie Smith (Muriel Donnelly), gerente do hotel, vai aos Estados Unidos buscar investidores para conseguir adquirir um imóvel para a expansão de seu hotel, que por proporcionar uma boa experiência para seus hóspedes está praticamente sem vagas.
Os investidores indicam que irão mandar um inspetor para avaliar o hotel e é a partir disso que o filme desenrola.
Sonny retorna para a Índia e recebe ao mesmo tempo dois hóspedes, sendo que a Srta. Beech (Tamsim Greig) chega poucos minutos antes e consegue o último quarto, mas assim que Guy Chambers chega, Sonny acha que ele deve ser o inspetor e da um quarto em reforma para a Srta. Beech e dá o último quarto a Chambers. Essa confusão dá o tom para o tratamento exagerado a ambos hóspedes.
Apesar desta premissa simples, o roteiro faz bem seu papel e amarra as tramas de forma coerente e interessante, inclusive dando valor aos diversos hóspedes do hotel e com eles engrandecendo as discussões sobre a velhice, as possibilidades da vida e, também, à morte.
Por se passar na Índia o filme usa e abusa muito bem das cores, principalmente quando lidando com os preparativos do casamento e com o trabalho de Evelyn (Judi Dench), hóspede do hotel que trabalha para uma empresa de tecidos.
A Índia puxa também outros dois temas recorrentes para filmes passados no país: a música e a dança. Apesar de em muitos momentos a inserção desses temas serem um tanto abruptas, eles estão bem explicados e são necessários para mostrar os desentendimentos entre Sonny e Sunaina, apesar de estes desentendimentos serem clichê e estarem presentes para tornar a lição final mais significativa para os personagens e para o espectador.
Ainda falando da música, assisti o filme em uma sala com sistema de som poderoso e isso atrapalhou um pouco, não sei se por conta da própria sala ou se realmente a edição de som falhou em controlar a intensidade da trilha, pois era bastante incomodo na transição de cenas de diálogos para as cenas de dança.
Achei interessante a movimentação das câmeras, pois estas quase nunca estavam fixas. O diretor usou bastante do slider para trazer movimento linear às cenas, sempre indo para a frente, como que em suporte ao roteiro que reforçava a cada momento a importância da vida e de continuar ativo, mesmo com o envelhecimento.
O Exótico Hotel Marigold 2 é um filme que não tem a pretenção de ser incrível e que consegue emocionar e divertir de maneira leve e interessante.
Trailer:
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